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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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Katla, na Netflix

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"Katla" poderia ser uma série sobre o vulcão subglaciar da Islândia.

Ou poderia ser uma série de suspense, e ficção científica, sobre o mistério que se esconde por detrás do surgimento de pessoas cobertas de cinza que, numa situação normal, não sobreviveriam. De pessoas iguais, como se de clones se tratassem. Ou das mesmas pessoas, em épocas diferentes.

Até poderíamos ir para o campo do sobrenatural, em que os mortos, de certa forma, ressuscitam.

Onde há lugar a lendas, mitos e segredos que, por vezes, é melhor não serem descobertos.

Ou sobre religião. Anjos? Demónios? Haverá, em tudo aquilo que está a acontecer, a mão de Deus? Ou nem por isso?

 

Mas "Katla" não é apenas sobre isso.

Aliás, é muito pouco sobre isso.

 

"Katla" é, sobretudo, sobre um reconciliar com o passado.

E, com ele, uma nova oportunidade no presente.

É sobre poder emendar o que não está bem. Sobre poder esclarecer o que ficou por dizer.

Sobre tomar consciência dos erros. Daquilo em que a vida se transformou. Ou foi transformada.

 

"Katla" é sobre aceitação. Constatação. Perdão.

Sobre ultrapassar os traumas. E seguir em frente.

Tudo o que aconteceu ao longo da série teve um propósito. 

E esse propósito foi, quase na sua totalidade, cumprido.

 

Um ano depois da erupção do Katla, e do desaparecimento de Ása, irmã de Gríma, esta vive uma crise no casamento, para além de estar a recuperar de um esgotamento que teve na altura em que procurava a irmã.

Um ano depois, aparece uma mulher coberta de cinza, em hipotermia, afirmando ser uma mulher que, na realidade, trabalhou ali há 20 anos atrás mas, para ela, é como se fosse no tempo presente.

No entanto, a "verdadeira" Gunhild está mais velha, como é óbvio, e vive na Suécia com o filho. Então, quem é esta mulher?

Mais tarde, outra mulher coberta de cinza aparece. Desta vez, é Ása, que todos julgavam morta, apesar de o corpo nunca ter aparecido.

O que é mais difícil de acreditar é que Mikael, o filho de Darri e Rakel, falecido há três anos, esteja vivo, e tenha aparecido naquele lugar.

Surge também uma versão mais nova de Magnea, a mulher de Gísli, que está acamada e em estado terminal.

E, por último, uma segunda Gríma, igual à original, mas muito melhor psicologicamente, e com muita vontade de viver a vida e o amor por Kartjan que, a legítima, parece ter esquecido.

Com o surgimento de cada uma destas misteriosas criaturas, descobrem-se segredos há muito guardados, e muitas vidas irão mudar. Umas para melhor. Outras nem tanto.

Ainda assim, eram mudanças necessárias.

 

No fim, tudo parece ter seguido o seu rumo.

Mas novas figuras, nascidas no vulcão que, segundo Darri, esconde um meteorito capaz de gerar criaturas humanas, estão a caminho de Vík, o que deixa em aberto uma segunda temporada.

 

Uma série que vale a pena ver!

 

 

"AWAY", na Netflix

Away' now streaming on Netflix | Francine Brokaw | heraldextra.com

 

"Away" é uma série que conta a história de 5 astronautas, enviados numa missão a Marte, para descobrir se é possível habitar o planeta vermelho.

Se tudo correr como programado, a missão terá a duração de 3 anos, durante os quais cada um dos tripulantes estará longe da sua família, que deixou na Terra.

 

Emma Green é a comandante da missão, algo para o qual ela se preparou a vida toda, chegando mesmo a ponderar abortar, quando soube que estava grávida, com receio que um filho lhe estragasse o sonho de uma vida.

No entanto, a sua filha é agora uma adolescente, e Emma está a concretizar o sonho, ao contrário da sua amiga e colega, que abdicou da carreira para se dedicar à maternidade.

 

Em termos de missão, dificuldades técnicas relativas à mesma, e acção desenvolvida à volta desse tema, a série não cativa muito. Não há grande acção, nem tão pouco adrenalina.

Também Emma, enquanto comandante, deixa muito a desejar, sem conseguir manter a autoridade, o respeito e, ao mesmo tempo, o consenso e a empatia, relativamente aos companheiros, ao longo da viagem.

Tal como enquanto mulher, e mãe. Se, por um lado, quer ir em missão, por outro, muito cedo mostra o desejo de querer voltar para casa.

Acho até que, das várias personagens de Hilary Swank, esta terá sido a menos bem conseguida.

 

Assim, no que respeita às personagens presentes na nave Atlas, talvez Misha seja a mais interessante. Um homem que, após prometer à filha que não voltaria ao espaço, acabou por se refugiar nesse mundo, após a morte da mulher, deixando a filha a cargo de uma tia, que a criou. 

No entanto, Misha quer a todo o custo obter o perdão da filha, que o rejeita e, agora que esta pode ser, efectivamente, a sua última missão, dado o risco e a perda de visão que está a sofrer, é por esse objectivo que luta.

Começa a série como um russo arrogante e com a mania que é melhor que os outros, mas acaba por mostrar o seu verdadeiro eu: um companheiro leal, um avô babado, um professor bondoso, um ser humano sensível.

 

Lu, a chinesa escolhida para ser a primeira a pisar Marte e tirar a foto da praxe, parece a antítese de Emma, no que se refere a questões familiares. Lu está focada na missão, que quer levar até ao fim, nem que para isso tenha que se sacrificar, e mentalizou-se de que, durante aquela missão, o filho só terá o pai, e ela não se deve desviar ou deixar-se levar pelas emoções, que podem comprometer todo o trabalho.

No entanto, o que não falta dentro de Lu são sentimentos oprimidos que, com o tempo, acabarão por extravasar, e mostrar uma outra faceta da mesma pessoa.

 

Kwesi destaca-se porque, a partir de determinado momento ele, que era o estreante nestas viagens espaciais, parece ser o que mais sensatez, espírito de equipa e de liderança apresenta, e sempre com as palavras certas, no momento certo.

 

Já em Terra, o destaque vai para Alexis, filha de Emma que, como seria de esperar, vive em permamente ansiedade pelo tempo que vai estar longe da mãe, e pela possibilidade de ela morrer.

Como se isso não bastasse, o pai sofre um AVC, terá que fazer fisioterapia e pode não voltar a andar. Em último caso, devido à sua doença, pode ter a vida em risco.

E ela própria vive na dúvida se não terá herdado o gene da doença do pai.

Assim, na ausência dos pais, ela acaba por encontrar o seu refúgio junto de Melissa, a filha desta e Isaac, que virá a ser o seu primeiro amor.

Só que, entre tantas incertezas e sem os pais presentes para a guiarem, ela acaba por ter algumas atitudes irreflectidas sem, contudo, deixar de ser a menina que sempre foi. Mas já sabemos que, quanto mais se proibe, mais se incentiva a fazer e as palavras têm, muitas vezes, o efeito contrário daquele que se pretendia.

 

Ou seja, a série vale pelas relações pessoais entre as personagens, e não tanto pelo tema principal - a viagem a Marte.

E confesso que, para mim, seria imensamente claustrofóbico passar tanto tempo numa nave, em pleno espaço. Acho que daria em louca, e me acabaria por atirar, num acesso de loucura, para o buraco negro do universo!

 

Miragem - o filme

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E se vivêssemos, ao mesmo tempo, em mundos paralelos que, a um determinado ponto da nossa vida, colidissem, e nos obrigassem a escolher uma das vidas, abdicando da outra?

E se a realidade que sempre conhecemos, não é a realidade? E se aquela vida que não é a nossa for, afinal, a nossa realidade?

 

 

Confusos?

 

 

Foi assim que Vera Roy se sentiu quando, de um momento para o outro, acorda numa vida que desconhece, como se estivesse no meio de um pesadelo.

De mulher casada com David, mãe de Gloria, enfermeira, e acabada de se mudar para aquela localidade, ela passa a ser médica, sem filhos, e quase ninguém da sua anterior vida a parece conhecer.

O seu marido está casado com outra mulher e não faz a mínima ideia de quem Vera é, a não ser que foi a pessoa que o operou. A sua filha também não existe. E a casa onde morava, afinal, não é a sua.

Sim, já todos vimos este “filme” antes.

 

 

Mas, para perceber melhor, há que recuar um pouco no tempo.

Há cerca de 25 anos, numa noite de tempestade, Nico, um miúdo, saiu de casa ao ouvir gritos na casa dos vizinhos, e foi ver o que se passava. Ao deparar-se com a vizinha morta no chão, e o assassino à sua frente, Nico foge. Na rua, é atropelado e morre.

Na actualidade, Vera e o marido mudam-se para a antiga casa de Nico. Lá, descobrem uma televisão antiga, uma câmara de vídeo, e cassetes com gravações do rapaz. Durante um jantar com amigos, ficam a saber da história de Nico.

Tudo isso poderia ser facilmente esquecido, não fosse o facto de aquela televisão parecer ter vida própria, e levar Vera, no tempo actual, a contactar com Nico, que permanece em 1989, tendo a hipótese de impedir que ele seja atropelado, avisando-o do perigo. Num noite de tempestade, igual à de anos atrás. Até que se ouve um raio, e depois, nada mais.

 

 

 

 

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Quando Vera acorda, não tem mais a sua vida de antes. Será um pesadelo? Terá sido atingida por algo durante a tempestade?

Desesperada, ao tentar entender o que se passou, porque ninguém a conhece, e porque não consegue recuperar a sua filha, que nunca existiu, Vera vai falar com a polícia, e submete-se a vários exames, que não acusam nada.

 

A única pessoa que parece disposta a ajudá-la a esclarecer o mistério, embora a situação seja extremamente mirabolante, é o inspector. Mas as buscas apenas a levam a crer que Nico não passará de uma personagem de um livro de ficção, e que estará completamente louca.

No entanto, poderá haver uma outra explicação, e uma leve esperança de recuperar a sua filha, numa luta contra o relógio, antes que a tempestade termine.

Só que, para isso, ela terá que fazer uma das escolhas mais difíceis da sua vida: de um lado, a vida que sempre conheceu, mas agora com a descoberta de muitas verdades que a mudarão para sempre; do outro, a vida da qual se começa a recordar de ter vivido, que lhe trará o amor, mas ficando a faltar uma peça fundamental, para ser completa.

E quando a única pessoa que a pode ajudar se recusa a fazê-lo a bem, Vera terá que arriscar tudo, e confiar no amor dessa pessoa, para lhe devolver o que lhe tirou, ainda que isso signifique perdê-la para sempre.

 

 

 

Opinião:

Confesso que, no lugar de Vera, teria, certamente, tomado a mesma decisão quanto à escolha possível a fazer.

No entanto, compreendo perfeitamente que a outra pessoa não queira abdicar do que levou uma vida inteira a conquistar.

De qualquer forma, toda esta situação tinha que ocorrer, para Vera conhecer a verdade sobre quem foi, quem é, e quem poderá vir a ser no futuro, para que os fantasmas do passado sejam libertados.

Apesar de alguma ficção científica à mistura, e de ter ficado um pouco escaldada com o último filme espanhol que vi, este surpreendeu-me bastante pela positiva.

E há uma descoberta que, logo no início, é-nos fácil de deduzir, embora todo o mistério só se revele no final. 

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