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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Catorze anos (e nove meses) depois...

27 mc carol se separa e diz q eh impossivel ser fe

 

... o fim.

Não foi a primeira vez que essa decisão foi tomada.

Mas será, certamente, a definitiva.

 

Foram muitas as tentativas, as oportunidades, a esperança, de as coisas ainda darem certo.

De tudo melhorar. 

Apenas para chegar à mesma conclusão de sempre: a de que a nossa, cada vez maior, incompatibilidade, em termos de feitios, personalidades, objectivos, forma de estar na vida e de encarar uma relação, impossibilita qualquer relação entre nós.

Não nos entendemos, e acabamos por entrar num estado de saturação, de acumulação de coisas que, de um momento para o outro, saem em catadupa, em tom, e de forma, nada simpáticos. 

A rotina levou-nos a melhor.

Éramos conhecidos a partilhar uma casa.

 

Depois de alguns desentendimentos camuflados tivemos, este domingo,  "a tal conversa". 

A constatação.

O pôr em palavras aquilo que ambos pensávamos.

O dizer em voz alta aquilo que andávamos a silenciar.

E, se é para terminar, que seja a bem.

 

Claro que, e quem já passou por isso pode confirmar, não é fácil.

É uma mistura de alívio, porque estava a ser desgastante para ambos, com frustração, por mais uma relação que não resultou.

É aquela sensação de paz e sossego, por estar sozinha, misturada com o receio de não gostar de, a longo prazo (e é o mais certo de acontecer), ficar sozinha.

É saber que não vale a pena estar juntos, se não somos felizes assim, e tristeza, por não termos conseguido dar a volta.

É o achar que, talvez, quem sabe, não morando juntos, as coisas venham a ser de outra forma e, logo a seguir, a certeza de que nunca será possível e que, enquanto relação amorosa, é o fim.

É o pensar que, apesar disso, ficamos amigos e, no instante seguinte, até isso parecer difícil. Até porque acredito que o afastamento vá sendo cada vez maior, até para não trazer lembranças, ou porque há que distanciar para seguir em frente.

É olhar lá para a frente, e pensar que aquele sonho de viver juntinho com alguém até ao fim dos dias, alguém com quem partilhar alegrias, tristezas, momentos, parvoices, pode não se vir a concretizar.

 

Ainda assim, é acreditar que o que tiver que ser, será. Que o que estiver guardado para mim, será meu.

Sem stress, sem pressas, sem sofrer por antecipação.

O que é difícil, porque não sou propriamente uma pessoa optimista.

 

Mas, agora, há que fazer o luto.

Há que pôr ordem estes sentimentos todos que por aqui andam, o nó na garganta, o estômago embrulhado, o adaptar-me à nova realidade.

E viver um dia de cada vez.

Porque, queiramos ou não, a vida segue...

 

 

The Good Doctor - o fim

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Soube a pouco.

E sinto que não fez jus ao que cada uma daquelas personagens mereciam.

 

Quando se vê uma série, com várias temporadas, de forma seguida, e a mesma chega ao fim, fica um vazio. Mas passa mais rapidamente.

Assim, é mais difícil porque, afinal, foram anos a acompanhar aquelas pessoas, as suas histórias, o seu crescimento, as suas mudanças.

Quase que, a cada ano, vinha uma nova temporada para nos fazer companhia e, agora, acabou de vez.

 

De todas as temporadas, esta foi a que menos me cativou.

Não sei se por ser a última, se por ser mais pequena, se por não haver muito mais o que abordar.

Depois, porque parece que, quanto mais temporadas vêm, mais algumas personagens sofrem, e se afastam daquilo que as faz felizes.

O que nos faz pensar que mais valia termos ficado pela temporada anterior.

Mas a vida é mesmo assim, segue, e nós seguimos a vida destas personagens, independentemente do desfecho.

 

Entre o início do último episódio, e as cenas finais, passam-se 10 anos!

Como podem ver pela imagem, Shaun Murphy e Lia Dilallo continuam juntos, e com dois filhos.

Mas duas personagens, uma, inesperadamente, e a outra, quase como que predestinada, morrem. Porque assim teve que ser...

Outras duas personagens, da primeira temporada, reencontram-se, e acreditam que o destino lhes está a dar uma nova oportunidade. Aquela que desperdiçaram antes. Talvez porque não era o momento. Talvez porque tinham que viver outras coisas antes. Mas essa oportunidade pode não chegar a acontecer, se uma delas não sobreviver.

 

Morgan e Alex, depois de tanto jogo do "gato e rato", sem grandes surpresas, ficam juntos e conseguem a adopção oficial de Eden.

 

Audrey Lim - esta é uma daquelas personagens a quem se pode aplicar, adaptado, o provérbio "sorte no trabalho, azar no amor".

Passou por tanto e, quando ela olha para si mesma, quase não se reconhece. Quase não reconhece a pessoa que um dia foi, e da qual gostava. Agora, vê-se, e sente-se uma estranha. Mas está sempre a tempo de mudar. De se reencontrar.

 

Não sei se todos conseguiram, no final, encontrar o seu equilíbrio, a sua felicidade, aquilo que pretendiam da vida. Ao vê-los, assim parece.

Mas talvez seja, apenas, porque não virá nenhuma outra temporada.

 

Alguém acompanha a série?

Já viram a temporada final?

O que acharam?

 

 

Acabou. Finalmente!

Ilustração de logotipo de máscara de cirurgia | Vetor Premium | Logo  illustration, Mask drawing, Gas mask art

É caso para dizer que já posso, literalmente, respirar de alívio!

Nunca escondi a minha aversão ao uso das máscaras, reduzindo-o ao obrigatório, e pelo menor tempo possível.

O que já era muito. 

 

Agora, é um voltar à liberdade.

Sabe bem não ter que andar sempre a pensar se tenho máscara, porque aqui ou ali ainda é preciso.

Sabe bem entrar numa clínica, ou num hospital, e não ter que a usar.

Ontem, na incerteza, ainda a levei posta mas, assim que vi que a médica não a tinha, tirei a minha.

E soube tão bem.

 

Foi oficialmente decretado o fim das máscaras!

E, de repente, a minha filha tem 18 anos!

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Entre o aniversário da Amora e o da Becas, eis que temos o aniversário da minha filha.

E, de repente, a minha filha faz 18 anos!

Como assim, já 18 anos?!

 

Ah, pois.

Agora, acaba-se a companhia da mãe nas consultas médicas e afins. Já é crescidinha para ir sozinha.

Agora, acaba-se o ter que autorizá-la, em documentos oficiais, para o que quer que seja. Já pode decidir por si.

Agora, acabam-se muitas coisas.

Mas terão início outras tantas.

E, imaginem, no próximo dia 30, já poderá, pela primeira vez, exercer o seu direito de voto!

 

Este é o momento em que a lagarta se transforma em borboleta, pronta a abrir as asas, e voar.

No entanto, para nós, continua a ser a mesma menina-mulher de sempre. Para quem estaremos sempre cá.

 

Um Feliz Aniversário!

E bem vinda ao mundo louco dos adultos!

 

Quando não há nada a perder, nada há a temer

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Por vezes, é bom. Outras, nem tanto.

Por vezes, é coragem. Outras, loucura.

Por vezes, é luta. Outras, resignação.

Por vezes, é desafio. Outras, desespero.

Por vezes, é vitória. Outras, derrota.

Por vezes, é ilusão. Outras, a verdade nua e crua.

Por vezes, é o início. Outras, o fim da linha.