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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Descobri uma nova fobia minha: dívidas!

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Felizmente, nunca precisei de fazer gastos descomunais, nem nunca tive grandes despesas extra orçamento, que me levassem a contrair dívidas, que depois não pudesse pagar.

Mas, confesso, já tenho feito vários créditos ao longo da vida.

E, para esses, tenho uma regra que tento nunca quebrar: apenas comprar aquilo que sei que poderei mesmo pagar! Por norma, aquilo que sei que, caso aconteça alguma coisa, terei dinheiro para pagar.

Por exemplo, a minha filha queria comprar um telemóvel novo, que custava quase 200 euros. Acedi a deixá-la comprar, porque sei que, nas suas poupanças, tem esse valor. No entanto, para não lhe custar tanto, optámos pela modalidade de 30 euros por mês, sem juros.

Ou seja, os meus créditos, salvo uma ou duas situações em que não dispunha do montante no momento para pagar a pronto, são de valores que até tenho disponíveis, mas que opto por repartir por vários meses e, assim custar menos, ou permitir uma maior margem de manobra.

 

 

Claro que não posso dizer que "desta água não beberei", porque não sei o dia de amanhã mas, neste momento, há várias coisas que eu precisava de comprar mas, como não tenho dinheiro, e não sei se consigo cumprir um eventual crédito, nem sequer arrisco.

E é esta fobia a dívidas que me atinge, que me impede de fazer aquilo que, muitas vezes, esperariam de mim. Chamem-lhe cobardia, se quiserem. Coração de pedra. Ou outra coisa qualquer. Dificilmente vou mudar esta postura. Mas há momentos em que custa!

 

 

No outro dia, publiquei no facebook uma foto de um gato que aparentava estar doente e ferido, muito apático e a não augurar um bom futuro. 

Ora, a lógica seria pegar nele, e levá-lo ao veterinário. Mas não tinha dinheiro para isso, e ficar a dever não é comigo.

Isto, por vezes, não entra na cabeça das pessoas, que logo comentaram que eu devia ter levado o gato à clínica, que depois o dinheiro se via como arranjar.

Por acaso, a publicação era apenas a manifestação do meu estado de espírito ao ver o gato, e não o poder ajudar. Não era um apelo à angariação de dinheiro. Mas houve quem tivesse a lata de pedir para apresentar a conta do veterinário, porque ninguém ia dar dinheiro só por ver uma foto!

 

 

Fico feliz por ver que há tanta gente amiga dos animais, e disposta a ajudar monetariamente um animal que não conhecem. Mas, e se eu até tivesse feito isso, e o valor angariado não chegasse para pagar a conta? Ficava a dever à clínica? Porque falar é fácil mas, se isso acontecesse, era o meu nome que ficava marcado. Era a mim que viriam, com processos, exigir o pagamento da dívida.

 

Gabo a coragem das associações e de todos aqueles que colocam os animais acima de tudo, e que ficam com contas astronómicas em standby nas clínicas e hospitais, dependentes da boa vontade dos outros, e das próprias clínicas/ hospitais para ir, por um lado, atenuando a conta enquanto, por outro lado, vão aumentando com mais um animal. 

Fazem-no pelos animais, a pensar no bem estar e saúde deles e, por vezes, gostava de ter essa coragem, com os gatos que vou encontrando na vida. Mas a fobia a dívidas impede-me de o fazer, porque sei que não teria condições para tal. Por muito que me custe...

 

 

Se uma clínica ou hospital tem o dever de tratar um animal sem dono, estando a sua saúde e bem estar  ameaçados? Talvez...

A "obrigação" tanto seria de quem se depara com estes animais, como de quem decidiu dedicar a sua vida a tratá-los. Mas ninguém trabalha de graça e, se até se poderia abrir uma excepção, uma vez, essa excepção viraria regra se a cena se começasse a repetir constantemente. Ainda mais sendo particulares a levar esses animais até eles.

 

Por isso, enquanto a minha fobia não passar, não haverá saltos maiores que as minhas pernas!

 

Mais uma aventura hilariante!

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Acabámos de colocar as compras no carro, entrámos, e o meu marido começa a andar, ao mesmo tempo que abre os dois vidros. 

Íamos na boa mas, quando nos aproximamos da saída do parque, com mais claridade, olho para a janela, e deparo-me com "ela", a caminhar lentamente em direcção a mim.

 

Nos segundos seguintes, só me lembro de gritar e dizer ao meu marido, que ia a conduzir "mata-me isto", completamente histérica!

No início, o meu marido ainda pensou que era algum animal ferido ou outra coisa qualquer, só depois de eu falar é que ele percebeu tudo. Ao subir o vidro, "ela" recuou, permanecendo do lado de fora.

Fiquei a olhar para "ela" o tempo todo, até chegarmos a casa, e só dizia ao meu marido "não abras o vidro".

 

Quando, finalmente, estacionámos à porta de casa, o meu marido saiu primeiro, foi até ao meu lado e deu-lhe uma cacetada. Não morreu à primeira, nem à segunda, nem à terceira. Só à quarta é que ficou despedaçada, e foi nessa altura que me atrevi a sair do carro!

 

Alguém adivinha quem era "ela"?!

Coisas que só me acontecem a mim II

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Isto podia ser uma comédia, mas foi mesmo verdade!

Por mais que tente, não consigo perder esta fobia das aranhas.

Fui à sala levar qualquer coisa à minha filha, que estava sentada no sofá e, mesmo ao lado dela, vejo uma aranha. Castanha, gorda, com umas patas estranhas. 

Automaticamente, mando um grito e a minha filha salta do sofá, mais pelo susto que o meu grito lhe pregou do que pela aranha.

Para a matar, fui buscar um mata moscas, mas mudei de ideias. Era fraquinho e não iria conseguir matá-la em condições. Fui buscar uma pantufa. Mas a pantufa não era grande e isso significava ficar com a mão muito perto da bicha.

A minha filha pergunta-me: "queres que eu a mate?", ao que lhe respondo, armada em valente, que não.

Ficamos as duas a olhar para a aranha, a minha filha à espera que eu faça o serviço, e eu a ganhar coragem para o fazer.

Lá dou então uma pantufada na aranha, o que a faz rebolar pelas costas do sofá até ao assento. E eu, assustada, mandei mais um grito e um salto, que fez a minha filha fazer o mesmo!

Como vejo que a aranha não se mexe, vou empurrando com a pantufa do assento para o chão. E aí, finalmente, dei-lhe uma valente tareia, e com tanta força que a parti ao meio! 

Como é que aquela bandida terá ido ali parar, ou porque é que a nossa gata não a caçou, não sei. Mas ainda temo só de pensar que posso estar ali sentada, ou outra pessoa qualquer e, sem saber, com uma aranha por companhia!