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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Os "pica miolos" e as provocações gratuitas

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Não gosto!

Provavelmente, ninguém gostará.

Quem está a ver de fora, até pode achar piada.

Eventualmente, algumas picadinhas ou provocações a terão. Se forem inofensivas. Se não ofenderem ninguém. 

Mas tudo o que é demais cansa. 

E, quando é feito com o propósito de desestabilizar o outro, é feio. É jogo sujo.

 

Há pessoas que são pica miolos", e sabem que o são.  

Que não percebem os limites até onde podem ir. Ou fazem questão de ultrapassá-los.

Sempre me disseram que a melhor forma de os parar, é ignorar, é mostrar indiferença, é não responder, nem dar troco.

Se bem que isso, muitas vezes, só os faz insistir ainda mais. Picar mais. Provocar mais.

Mas também podem perceber que dali não conseguem nada, e desistir.

 

Na prática, pode ser possível manter essa indiferença por algum tempo.

Mas, ou a pessoa se afasta desses pica miolos, ou tem um gigante poder de ouvir e calar, ou chega a um ponto em que acaba por lhe sair uma resposta torta, tal o nível de saturação e desgaste.

Esse é o ponto de partida.

Depois, ou a coisa acalma, ou escala de tal forma que nada de bom daí sairá. 

E, no fim, para quê? 

O que se ganhou com isso?

 

Todos nós lidamos com pica miolos na nossa vida.

E como o Big Brother é o jogo da vida real, também tinha que lá haver um. Ou mais.

Mas há um que se destaca, e não disfarça.

É o seu jogo. É válido. Desde que não ultrapasse os limites.

 

Ontem, assistimos a uma cena muito triste.

Empolada por questões que já vinham de fora. Por provocações mútuas que aconteceram lá dentro. E pela própria produção, que quer ver o circo pegar fogo, e ainda atira achas para a fogueira, para depois fingir que tenta apagar o fogo desencadeado e fora do controlo, quando o podia ter evitado se, em lugar de atirar achas, tivesse usado o extintor quando ainda tinha o controlo.

 

Na minha opinião, estiveram todos mal.

O Nuno pode ser um excelente jogador, estratega, pica miolos e provocador, mas tem que haver limites. E quando se parte para a provocação gratuita assente em ofensas, é só jogo sujo e feio, e deixa de entreter e ter piada. E ele que não me venha dizer que muito do que apelida aos outros, é apenas ao jogador, e não à pessoa.

O Gonçalo não sabe ignorar, que era o melhor que podia ter feito. Reage precisamente como o Nuno espera, e ainda consegue superar as expectativas, porque se passa, e age e diz o que não deve. Perde a razão.

 

Neste momento, o BB Desafio Final é um programa de tensão, que nem dá vontade de ver, e acho que a maioria, público e concorrentes, só querem mesmo que acabe depressa, porque não deixa saudades.

A Cristina, em directo, assim em modo de querer disfarçar, e levar o programa adiante, perante o ambiente que se fez sentir e ficou na casa, vem com aquele discurso de filosofia barata que, naquele momento, ninguém precisa e quer ouvir, com frases como "estão num jogo e cada um pode dizer e fazer o que quiser, e vocês têm que saber gerir", só então acrescentando "dentro dos limites, claro".

Mas eu pergunto-me: em nome das audiências, quais serão esses limites?

 

E o Big não esteve melhor neste quadro.

Ah e tal, na minha casa não vou permitir qualquer tipo de violência, e todos têm obrigação, vendo uma situação destas, de intervir e separar.

Desculpe?

Tanta preocupação com as "conversas impróprias" quando diz respeito à produção e aos segredos da mesma, mas depois deixa toda a gente falar tudo, e tudo é válido, mesmo que isso gera este tipo de situações, o circo a pegar fogo, e ainda são os colegas os responsáveis por gerir os conflitos?!

Que tal o Big intervir na hora?

 

Para mim, teriam sido os dois expulsos, e vinham ajustar contas fora da casa. Só que, depois, perdiam dois concorrentes, deixava de haver polémica, perdiam-se audiências, e lá o programa tinha que acabar mais cedo.

Quando a ideia até é, segundo parece,  prolongar.

Dadas as grandes audiências que está a ter.

À custa do quê. E de quem...

Reflexão do dia

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Nem sempre se consegue fazer fogo friccionando duas pedras.
Por vezes, a única coisa que se consegue é, apenas, desgastá-las.
 
 
 
Há pessoas que passam a vida a friccionar pedra com pedra, na esperança de que, um dia, quem sabe, possam conseguir gerar o fogo pelo qual tanto anseiam, e que está difícil de atear.
E, ainda que, a cada fricção, umas vezes mais suave e paciente, outras mais forte e agressiva, a única coisa que consigam, à primeira vista, seja o desgaste de cada uma delas, continuam a insistir.
Porque já o conseguiram uma vez, e resultou. 
Então, mais cedo ou mais tarde, há-de resultar de novo.
Ou talvez não...
 
 
Há pessoas que não conseguem ver que, se querem tanto atear o fogo, há muitas outras formas de o conseguir.
Mais práticas.
Mais eficazes.
Mais rápidas.
Menos abrasivas.
 
 
E há pessoas que, simplesmente, não percebem que, na verdade, nem sequer precisam desse fogo. 
Nem para aquecer.
Nem para iluminar.
Nem para se sentirem vivas.
Porque elas próprias têm tudo isso em si.
 
 

Sobre as festas do fim-de-semana

Foto de Banda Nova Onda.

 

Este fim-de-semana houve festa aqui perto de casa e, apesar de não termos lá ficado muito tempo, deu para perceber várias coisas.

 

Relativamente à banda de sexta-feira:

-  para "lavar as vistas" a muito boa gente, eis que surgem as bailarinas, basicamente em lingerie, numa abertura a remeter para os piratas, seguido de malabarismo com fogo - tudo muito bonito, sim senhor, mas pensei que fosse ouvir um conjunto a cantar, e não ao circo

 

- deveria ser proibido mostrar o corpo daquela maneira, mas mais ainda quando não se tem corpo para isso e, em vez de chamar a atenção, se cai no ridículo; por outro lado, em muitas músicas não passaram mesmo de meras figurantes

 

- percebi agora que as luzes intensas e som alto em demasia foram usados para disfarçar a falta de voz da vocalista

 

- quando não se sabe cantar em inglês, mais vale estar calado - para além da terrível pronúncia, em algumas partes a voz da vocalista falhou, e a tentativa de imitar uma Shania Twain sexy, saiu furada

 

* Safou-se o vocalista masculino, que tinha boa voz, e garra em palco

 

 

Relativamente à banda de sábado:

- provou que não é preciso virem quase nuas para o palco para cantarem bem

 

- provou que não é preciso um grande show de luzes, som e fogo, para entreter o público e que, muitas vezes, menos é mais

 

 

A festa:

Este arraial destina-se a angariar fundos para ajudar os Bombeiros Voluntários de Mafra. Até aí, tudo bem.

Também gostei muito das iluminações, que me parecem novas, ou diferentes das anteriores. Temos tenda de bebidas, carrinha de farturas e quermesse muito pobrezita, mas que ainda chama alguns para as rifas.

Mas tenho pena que, mais uma vez, por conta das festas, tenham cortado mais umas árvores no recinto, para poderem dispôr todos os apetrechos. Mais vale arrancarem-nas de vez!

Outra coisa que não faz sentido é o palco que montaram em sentido contrário ao existente. Sempre utilizaram aquele palco, que foi criado propositadamente, e que tem logo abaixo o terreno cimentado e liso, para que as pessoas possam dançar. Os membros das bandas costumavam jantar nas tendas do jantar, juntamente com as restantes pessoas.

Desta vez, utilizaram aquele palco para pôr o staff e convidados a jantar (foi o que me pareceu), para depois cantarem no palco montado em frente, e fazer as pessoas dançarem no meio da terra, em terreno torto. Enfim...

 

 

O barulho:

O cansaço do fim-de-semana e as dores de cabeça fizeram com que, apesar de a festa ser perto de casa, pouco mais ouvisse, uns minutos depois de aterrar na cama!

 

Agora temos pausa para descanso até quarta-feira. Quinta-feira recomeça a festa, com o Fernando Rocha, que se irá prolongar por mais um fim-de-semana.

 

 

Imagem (Banda Nova Onda)

 

 

Se não querem atear o fogo, não acendam o fósforo!

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Já não é a primeira vez que me deparo com uma situação destas, e é algo que me irrita profundamente.

Uma associação de protecção de animais partilhou, na sua página do facebook, uma publicação acerca de um gatinho que foi devolvido, pela família que o tinha adoptado há uns meses, apelando a que se tentasse encontrar um novo lar para o bichano.

Até aí, tudo bem. Tinha até começado a escrever um comentário, quando li melhor a publicação, e deparei-me com esta solicitação:

 

"Pedimos que em vez de comentários sobre a devolução nos ajudem de forma construtiva a encontrar a família 5 estrelas que este patudo precisa."

 

E, assim, apaguei o comentário que estava a escrever.

Mas houve quem se quisesse manifestar:

 

"...concordo que devemos tentar arranjar um lar para este menino o quanto antes, mas mesmo assim devem colocar o nome destes adotantes na lista de maus, ou melhor, péssimos adotantes para que este tipo de situações não se repita."

 

E que resposta é que recebeu?

Esta:

 

"Mas agora vamos começar a colocar cruzes vermelhas na testa de quem faz algo errado??? É isso que quer que lhe façam a si quando fizer algum erro na sua vida? Nem sabe o que se passou e nem temos que saber!! Temos sim, se pudermos, ajudar e mais nada!"

 

Ora, se não querem atear o fogo, não acendam o fósforo!

Se não querem que as pessoas se insurjam contra estas situações, que comentem, que critiquem, que condenem este tipo de actos, não os exponham.

Se o mais importante, como dizem, é encontrar um novo lar para o animal em questão, ajudando como pudermos, evitem falar do que gerou essa necessidade.

Porque raio têm que anunciar, com tanta indignação, o que os adoptantes fizeram com o animal, criticando, condenando e mostrando a sua própria revolta se isso, perante a situação do amimal em causa, é assim tão irrelevante? 

 

A publicação da associação:

"Devolvido…
Devolvido como uma peça que se leva para experimentar e depois afinal já não se quer..
Adotado em outubro, então um bebe com 3 meses, o Pokemon foi devolvido ontem com 7 meses.
Porquê? Não interessa, nestas situações a razão nunca tem razão.
O seu nome revelou-se uma verdadeira maldição - o jogo passou de moda e o interesse arrefeceu. Mas este tigrado não é virtual, é um ser vivo com emoções, com sentimentos, não é algo que desaparece por se desligar o botão…
Com mais de metade da sua pequena existência vivida numa casa imaginam a revolta deste menino? Não tivemos coragem de o colocar numa situação em que também ele pode entrar em depressão, por isso encontra-se muito provisoriamente em casa de uma voluntária.
É um gato meigo e brincalhão que precisa de encontrar a sua verdadeira família, que precisa com urgência de um lar.
Procuramos adotantes responsáveis, alguém que ame o Pokemon para o resto da vida e não apenas uns meses, alguém que entenda que estes animais têm sentimentos, que sofrem a sério com o abandono…
O Pokemon não está castrado nem testado mas assumiremos esses custos.
Só queremos que este menino encontre a felicidade que lhe foi prometida e depois roubada."

 

Compreendo que estarmos a deixar a nossa opinião não resolve o problema principal, que é o de se encontrar uma nova família para este gatinho. Mas, se a própria associação o faz, não teremos também nós, o direito de o fazer? E os outros o dever de a respeitar?

Portugal em chamas

 

Incêndios, incêndios e mais incêndios...

Terminou o mês de Agosto, iniciou o Setembro, mas o cenário mantém-se.

Todos os anos acontece, mas este ano, não foram só as árvores que morreram. Também 5 bombeiros, até agora, perderam a vida.

Para que muitos cá fiquem, alguns tiveram que partir...

E por culpa de quem? Do governo? De quem não segue à risca os planos de prevenção? De quem desencadeia o incêndio? Da natureza? De todos nós?

Alguém tem que ser responsabilizado, é verdade. E, parece-me, nunca foram detidas tantas pessoas suspeitas de fogo posto como este ano.

Mas, sejam quais forem os motivos para o fazerem, psicológicos ou financeiros, é algo que, por mais que aperfeiçoem as medidas de prevenção e vigilância, ou que endureçam as penas para os culpados, estará sempre presente e nunca se conseguirá extinguir.

E, assim, assistimos impotentes, a cada ano que passa, a um Portugal em chamas. O que é pena é que sejam chamas exteriores, quando o verdadeiro "incêndio" deveria acontecer no coração do país, para queimar tudo o que é inflamável e prejudicial aos portugueses, e haver uma total renovação, uma nova esperança de um país melhor do que aquele em que, actualmente, vivemos.

 

 

* No entanto, continuo a afirmar que temos muita sorte em morar em Portugal - pelo clima, pela beleza do país, pela nossa cultura, pela nossa comida, por não estarmos (ainda) no meio de guerras, catástrofes e afins, como muitos outros países que conhecemos.