Folhas de Outono
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Percorremos, frequentemente, os mesmos caminhos. E pensamos que já nada de novo têm para nos surpreender.
No entanto, a natureza está sempre a surpreender-nos!
No passeio onde passo quase diariamente, seja para ir para a paragem do autocarro, seja a caminho das compras, deparei-me no fim de semana com esta imagem, a fazer jus à expressão "crescer como cogumelos".
Já no "caminho encantado", que liga a zona onde moro à estrada que dá para o cemitério, encontrei estas folhas verdes num muro.
No sentido oposto, e em direcção ao ecoponto onde diariamente coloco o lixo, as folhas das árvores já nos lembram que é Outono.
Os últimos dias convidam a passear e a admirar a natureza no seu melhor!
Depois do frio das últimas semanas, a temperatura está mais amena.
Num céu pintado de azul vivo, o sol brilha e ilumina ainda mais a paisagem.
As árvores formam uma fila de cor em tons de castanho, amarelo, vermelho e laranja.
Claro que, muitas das árvores, já se encontram totalmente despidas. Aí, temos então os mantos de cor em plena rua, formando belos tapetes!
E na praça, os pombos vão picando o que encontram.
Que bom seria ter tempo para apreciar tudo isto com calma, em vez da correria que caracteriza os dias de trabalho. Mas, ainda assim, sabe bem estas pequenas saídas e caminhadas (necessárias), para observar e sentir o poder e a energia que nos transmite a natureza!
Está a chegar...
Eu sinto...todos nós sentimos...
Não sabemos quando mas está, sem dúvida, a caminho.
No chão, as folhas secas dançam em alegre rodopio! Levantam-se no ar, voltam a pousar, e correm em círculos, impulsionadas pelo vento.
Esse vento que sopra enraivecido, contra tudo, e contra todos.
No céu cinzento, nuvens escuras correm depressa, como se não houvesse tempo a perder. E, atrás destas, outras, e outras. Algumas, trazem a leve promessa de tréguas. Outras, mostram-nos que não nos devemos deixar enganar. Afinal, é só uma questão de tempo.
Talvez agora, talvez mais logo, talvez amanhã...As primeiras gotas caem, e param. Ainda não chegou o momento...
Mas, por fim, pela noite fora, veio! E fez estragos.
Hoje, parece que a natureza acalmou. E a sua sombria e assustadora revolta deu lugar a um magnífico céu azul!