Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

De onde surgiu o gosto pela fotografia?

af577610d75274dbde5b4932f8f5d1af.jpg

 

Não sei.

Tal como a escrita, e alguns outros, penso que são gostos que vão surgindo discretamente, e se vão instalando sem eu me dar conta. 

Ou, então, sempre lá estiveram, mas vão-se manifestando em tempos, e de formas diferentes, à medida que os anos vão passando.

 

Sempre gostei de tirar fotografias.

Fotografias são memórias. São recordações. São registos de momentos, ou pessoas, que queremos guardar para sempre.

Quando era adolescente, gostava de tirar fotografias a paisagens e monumentos.

Quando fui mãe, passei a fotografar a minha filha, nas suas diferentes fases.

Desde que adoptámos as bichanas, elas passaram a fazer parte do leque de "modelos". Elas, e os gatos que ia encontrando na rua.

Com a minha filha em plena fase da adolescência, é ela quem me pede, muitas vezes, para lhe tirar fotografias, numa espécie de produções amadoras.

 

No entanto, mais recentemente, talvez porque a maturidade é outra, ou porque estou mais atenta e consigo apreciar melhor (ou de outra forma) aquilo que me rodeia, ou porque a minha mente está mais aberta a coisas que, antes, não me diziam nada, tem-me dado para fotografar a natureza, as plantas e flores, as árvores, o céu, os pôr do sol que vislumbro, os animais, e tantas outras coisas.

Não da forma habitual, mas tentando captar os pormenores.

 

Como é óbvio, na maioria dessas vezes, não escolho previamente o que quero fotografar.

Vou fotografando aquilo que me aparece, o que surge na hora, sem qualquer preparação.

Escolho o que quero, da forma como quero, com vista ao resultado que imagino.

Por vezes sai bem. Muitas mais, não fica nada que se aproveite, e vai fora.

Paciência.

 

Afinal, não sou profissional.

Nem quero ser.

Porque o que eu quero mesmo é deslumbrar-me e captar o momento ao natural, sem estar a pensar que tenho que usar a lente "x", esperar pela hora "tal" e outras tantas recomendações que são fundamentais para tirar "a foto perfeita".

Da mesma forma que escrevo quando me surge a inspiração, sem qualquer regra definida.

Até porque, muitas vezes, se não fotografamos na hora, esses momentos passam, escapam, fogem-nos, e não há volta a dar.

 

E no que toca a ser fotografada?

Bem, normalmente, sou eu que estou atrás da máquina/ telemóvel. Mas também gosto de ser fotografada.

O problema, é gostar de me ver nas fotografias!

A fotografia que levantou suspeitas

106923656_326005178560503_8005953483613044809_o.jp

 

No fim de semana tirámos esta foto, e o meu marido publicou no facebook.

Dali a pouco, uma colega dele fez o seguinte comentário "Vais ser pai?".

Fartei-me de rir com a pergunta porque, de facto, na fotografia parece mesmo que estou com barriga de grávida e, ainda por cima, estamos os dois com a mão na barriga.

 

Mas não!

Nem ele vai ser pai, nem eu vou ser mãe.

E a prova está aqui:

 

21854160_wWCcz.jpeg

 

 

 

À Conversa com Alexandra Consolado

Alexandra Consolado.jpg

 

Porque existem cada vez mais pessoas interessadas em fotografar, seja momentos, paisagens, pessoas, lugares, animais ou qualquer outra imagem, deixo-vos aqui uma entrevista especial, alusiva ao tema, com a Alexandra Consolado, a quem desde já agradeço pela disponibilidade! 

 

 

 

 

 

 

Quem é a Alexandra Consolado?

Sou uma apaixonada por arte.

Durante cerca de 10 anos trabalhei em televisão, na área de audiovisuais, nomeadamente legendagem, maquilhagem, assistente de produção e realização, entre outros.

Mais tarde comecei a dedicar-me à fotografia de forma mais séria e fiz vários workshops que me deram as bases para desenvolver o meu trabalho.

Ao ser apaixonada por fotografia, tenho uma enorme satisfação em imortalizar momentos únicos e transmitir às pessoas, emoções que me fazem sentir feliz, ao proporcionarem-me instantes de verdadeiro contacto com a natureza, história, cultura, gentes…

Neste momento estou também envolvida num projecto no facebook, num grupo de discussão, chamado CANON CLUBE PORTUGAL (tudo, em maiúsculas), que criei em outubro de 2015. É uma espécie de fórum com partilha de dúvidas, aconselhamento na compra de equipamentos, bem como no manuseamento dos mesmos. Sendo a marca que uso, tinha vários amigos que também usavam Canon. Existiam por vezes, certas dúvidas que surgiam, ora a nível de funcionalidades do equipamento propriamente dito, ora em situações de avarias, etc. E o grupo, inicialmente, começou com esses amigos. Entretanto, o grupo cresceu imenso, e tem neste momento mais de 6 mil membros. Ao fim do segundo ano de existência, achei que poderia dar algo mais ao grupo, e realizei o 1º passeio fotográfico, em parceria com a PhotograPhylia, uma marca de serviços de formação em fotografia, e com o apoio da Canon Portugal. No terceiro ano, realizei um workshop e passeio fotográfico, também em parceria com a PhotograPhylia e, de novo, com o apoio da Canon Portugal. Nesse passeio, tivemos equipamento fotográfico cedido pela Canon, que os inscritos podiam usar, bem como alguns brindes oferecidos por aquela marca.

 

 

 

Como é que surgiu a sua paixão pela fotografia?

A paixão por fotografia surgiu já há muitos anos.

Na década de oitenta, começaram a aparecer as primeiras câmaras instantâneas Polaroid, e isso despertou-me a curiosidade. A dada altura o meu pai ofereceu-me uma câmara fotográfica de rolo, tinha eu cerca de 12 anos. Os filmes na altura eram de 12, 24 e 36 exposições, no geral.

Era preciso ter algum cuidado a fotografar porque acabavam num instante. Ao início foi-me oferecido filme de 12, mais tarde 24 e isso já me deixava super feliz. Apesar de estar sempre ansiosa pela revelação do filme, para ver os resultados, também não é menos verdade, que escolhia criteriosamente o que fotografar para não desperdiçar fotos.

Actualmente não se dá valor a este tipo de coisas, pela memória exagerada dos cartões de memória das câmaras, que consoante o tamanho/qualidade escolhida, podem fazer desde umas centenas até uns quantos milhares de fotografias.

 

 

 

A fotografia é algo a que se dedica a nível profissional, ou como hobbie?

A fotografia esteve sempre presente na minha vida. Inicialmente como registo de momentos únicos e importantes, mais tarde como registo de viagens, depois como passatempo, e mais recentemente a nível profissional.

 

 

 

O que mais gosta de fotografar? Tem preferência por algo específico, ou deixa-se levar pelo que vai observando ao seu redor?

Adoro fotografar paisagem e natureza, nomeadamente à noite.

Considero-me uma pessoa introvertida, não me sinto à vontade a registar momentos de fotografia de rua, por exemplo, porque penso sempre que estou a invadir a privacidade dessas pessoas, de certa forma.

Mas adoro fazer fotos a pessoas minhas conhecidas, não só pela interactividade que existe, mas também por poder transmitir através da fotografia, sentimentos e até a personalidade dessas pessoas. Gosto muito de fotografar crianças pela capacidade que têm de ser espontâneas.

 

 

 

A fotografia tem evoluído muito ao longo dos anos. Consegue destacar alguma técnica ou método já ultrapassado que a tenha marcado em especial, e que lhe deixe saudades?

O método Polaroid da fotografia instantânea, foi o que me despertou a curiosidade e o interesse pela fotografia, se bem que hoje em dia, o instantâneo se faz com o telemóvel nas redes sociais, bem como certas câmaras, através de WIFI-NFC e Bluetooth, principalmente, pela via digital e não impressa. Essas câmaras instantâneas continuam a existir, apesar de toda a evolução.

 

 

 

Pessoalmente, a Alexandra prefere as tradicionais fotografias em papel, ou está rendida ao formato digital?

Gosto de toda a fotografia desde que me provoque alguma sensação de surpresa ou de prazer. Que deixe o meu olhar preso! Que conte uma história! Ainda que a história que conte, possa ser interpretada de forma diferente, consoante a vivência de cada um.

Pois, como dizia Ansel Adams, “Não fazemos uma foto apenas com uma câmara; ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos”.

 

 

 

 

 

dslr-22215-2.jpg

 

A Alexandra afirma que a sua fotografia favorita é aquela que fizer amanhã. Cada imagem, ou momento, ainda por captar traz sempre algo de novo e especial, que faz essa fotografia ser a favorita?

Sim!

Porque cada fotografia que penso fazer é um novo desafio e é sempre um momento único e também uma imagem única, como todas as imagens registadas. À medida que vou fotografando, e no processo de evolução normal de cada fotógrafo, é natural que prefira as fotografias mais recentes. E também como sou muito crítica com o meu trabalho, quero sempre fazer melhor e melhor; daí dizer que a minha fotografia favorita é a que vou fazer amanhã. Estamos em constante evolução.

 

 

 

 

Na sua opinião, qualquer pessoa pode captar boas fotografias, desde que tenha o material adequado, ou há conceitos básicos que é necessário aprender ou ter em conta?

Uma câmara, por si só, não faz uma boa fotografia, mas ajuda muito na qualidade da imagem, a nível de resolução e funções. Uma pessoa que não perceba os conceitos básicos e as técnicas para fotografar, não faz uma boa fotografia só porque tem uma câmara de topo nas mãos.

 

Assim sendo, como nos dizia o grande mestre da fotografia Michael Langford: “a aprendizagem da fotografia é semelhante à da escrita. Em primeiro lugar há que desenhar as letras que formam as palavras, depois é preciso escrevê-las, compondo os períodos e os parágrafos. Mas é óbvio que aquele que faz tudo isto não será considerado um escritor, enquanto não tiver ideias para expor através de palavras.

Do mesmo modo a teoria técnica é para o fotógrafo um meio para alcançar um fim visual, algo que proporciona maior controlo e auto-confiança para se realizar aquilo que se quer expressar.”

 

 

 

As melhores fotografias refletem, de alguma forma, a sensibilidade, pensamento e o sentimento de quem as tira?

Absolutamente!

 

 

 

Para além da fotografia, está também ligada a outras artes, sobretudo, que envolvam criatividade. Há alguma que queira destacar?

Gosto muito de escrever os meus poemas. Por vezes, quando publico uma fotografia, associo-lhe um poema da minha autoria.

 

 

 

Para quem estiver interessado, que tipo de trabalhos costuma fazer a nível fotográfico?

O trabalho que tenho feito é muito diversificado. Faço essencialmente fotografia de paisagem para quem queira decorar as suas casas. Faço também fotografia de crianças. Faço fotografia de eventos com alguma frequência. Fiz também já alguns trabalhos para empreendimentos turísticos para divulgação nos seus sites, bem como para páginas do facebook e booking.

 

 

 

Gostaria de deixar alguma mensagem para todos aqueles que gostam de fotografia, e estão agora a dar os primeiros passos?

Aconselho a não comprarem equipamento fotográfico muito dispendioso, sem saberem que utilização lhe vão dar, caso não entendam nada de conceitos e técnicas fotográficas. Isto porquê? Porque correm o risco de comprar equipamento muito avançado sem conseguirem desfrutar dele, ou equipamento muito básico que se fizerem um workshop de Iniciação à fotografia e continuarem a evoluir, chegam á conclusão que estão muito limitados, na fotografia que pensam vir a fazer no futuro, seja no âmbito amador ou profissional.

Fazer um workshop de Iniciação à Fotografia Digital, para ter as bases para entender como se fotografa. Depois de entender alguma coisa sobre fotografia, é fundamental conhecer-se bem o equipamento que se possui. E recomendo a leitura do manual da câmara, bem como de outros equipamentos. Os passeios fotográficos entre amigos ou conhecidos, são excelentes para partilha de amizade, mas onde regra geral se aprende muito pouco.

Por último, e não menos importante, pratiquem muito!

 

 

Muito obrigada, Alexandra!

 

Reflexão do dia

Imagem relacionada

 

As melhores frases ou textos que escrevemos, são aqueles em que o fazemos com as emoções à flor da pele, no calor do momento!

 

Da mesma forma que o surfista tem apenas uma oportunidade para apanhar a onda perfeita, e sabe quando chega o momento, ou da mesma forma que um fotógrafo tem uma oportunidade única para captar determinadas imagens, que não se voltarão a repetir, nem esperam que ele esteja pronto para elas, também um escritor consegue as melhores frases, textos ou escritos, quando tem as emoções à flor da pele e as ideias surgem.

Se deixarem passar o momento, as palavras já não terão a mesma força, o mesmo poder, o mesmo impacto. As ideias esmorecem e, muitas vezes, chegam à conclusão que, passado o momento sem que tenham escrito o que quer que fosse, mais tarde não valerá mais a pena, porque toda a intenção se perdeu na espera, pelo caminho...

Em Abril, a Inominável vale por mil!

 

 

(clicar na imagem)

 

É apenas uma, a número 7, curiosamente lançada a 7 de Abril, mas quase nos atrevemos a dizer que vale por mil!

Pelos conteúdos, pelo trabalho de todos os colaboradores e, claro, das Inomináveis Mor que tornam tudo isto possível!

Então e o que é que se pode descobrir nesta INOMINÁVEL de Abril?

 

Tudo isto:

Corações Inomináveis - rubrica dedicada aos animais e associações que os protegem

Agenda Inominável - com sugestões para os meses de Abril e Maio

Musicalizando - com entrevista a Paulo Sousa

Tendências de A a Z - a rubrica de moda a cargo da Sofia Silva

Receitas irresistíveis com chocolate

Viagens em tons de verde

 

E muito mais!

Vão lá espreitar!