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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Maratona de Freida McFadden

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A vantagem de gostar de um determinado autor, e dos seus livros, é estarmos sempre à espera do próximo.

A desvantagem é que, ao lançar livro atrás de livro, e ao lermos um após um outro, o autor corre o risco de desiludir, de já não surpreender os leitores.

 

Já tinha lido vários livros da Freida McFadden, mas intercalados com outros.

No entanto, há umas semanas, pensei em ler os que ainda me faltavam dela. Uma espécie de maratona.

Não aconselho.

 

Para além de, lá está, apesar de serem histórias diferentes, começarem a ser previsíveis, parecendo mais do mesmo, só mudando os locais e as personagens, corremos o risco de ganhar uma certa paranoia de que não podemos confiar em ninguém. De que todos os que nos rodeiam podem ser potenciais assassinos, ter segundas e más intenções, serem mentirosos compulsivos e psicopatas!

 

Decididamente, é melhor ler algo diferente pelo meio, que corte esse efeito. 

Que seja mais leve. Que nos traga pensamentos positivos. Esperança.

 

Depois, não posso deixar de mostrar a minha desilusão com esta autora, especificamente, com o livro "A Mulher no Andar de Cima", uma cópia barata do livro "Verity", da autora Colleen Hoover, com uns toques do seu próprio livro "A Criada".

Como se a Freida, naquele momento, estivesse sem inspiração para algo novo, e tivesse que optar por uma imitação.

Talvez, em vez de lançar tantos livros seguidos, a autora devesse fazer uma pausa, e reinventar-se.

 

 

"O Recluso", de Freida McFadden

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Se há poder que esta história tem sobre o leitor, é o de o fazer duvidar de tudo aquilo em que acredita, e desconfiar de todos aqueles em que, à partida, deveria confiar. 

A autora consegue levar-nos, com muito jeitinho, exactamente para onde ela quer e nós, leitores, que já deveríamos saber disso, continuamos a cair que nem patinhos na sua "manipulação".

E se, estando o leitor a assistir a tudo de fora, já não sabe em quem confiar ou acreditar, nem tão pouco quem diz a verdade, e quem mente, como poderá a personagem principal, a viver a história lá dentro, sabê-lo?

 

Brooke tinha a certeza de que o seu namorado a tinha tentado matar e, por isso, depôs contra ele, acabando este condenado.

Agora, ela trabalha na prisão onde o mesmo se encontra. E terá de lidar com ele. Mas Brooke é, acima de tudo, profissional. Quando é obrigada a tratar Shane, ela esquece o assassino, e apenas o vê como um recluso que precisa de cuidados.

É Shane quem a avisa, repetidas vezes, para se afastar de Tim.

 

Tim era o melhor amigo de Brooke, na altura dos crimes, e também testemunhou contra Shane.

Agora que ela vive na mesma localidade que ele, ele tenta conquistá-la. Afinal, desde aquela altura que é apaixonado por ela. 

Também Tim a avisou, vezes sem conta, de que Shane era má pessoa, perigoso.

Mas, agora, parece que, se calhar, as coisas não eram bem assim.

Às tantas, Brooke começa a achar que algo lhe escapou na noite dos assassinatos fazendo-a, depois de todos aqueles anos, duvidar de si própria, e do seu testemunho da época.

E de Tim.

 

Brooke tem um filho de Shane, algo que ele não sabe, e ela não tem intenções de lhe contar.

Tim trabalha na escola onde Josh estuda, e acaba por descobrir a verdade.

Os dois criam uma ligação especial. Como se Tim fosse o pai que Josh não teve, ainda que saiba que não o é.

Uma ligação que se estreita quando Tim e Brooke começam a namorar.

Quem também a incentiva é Margie, a senhora que toma conta de Josh quando Brooke está a trabalhar, e que é quase uma "avó" para o rapaz.

 

Mas Tim acaba por ser preso, acusado da morte de uma mulher, cujo corpo é encontrado na sua cave.

Então, todos os outros crimes recaem, também, sobre ele, ilibando Shane. 

Terá Brooke cometido um erro quando acusou Shane? Ou estará a cometê-lo agora, ao não acreditar na inocência de Tim?

 E se os dois forem inocentes? E se os dois forem culpados?

Pois...

 

Só no final se saberá a verdade!

 

Sinopse

"Há três regras capitais que Brooke deve seguir quando é contratada como técnica de enfermagem de um estabelecimento prisional masculino de segurança máxima:

1.ª Tratar todos os prisioneiros com respeito.
2.ª Não partilhar quaisquer informações pessoais.
3.ª Nunca desenvolver intimidade com nenhum dos reclusos.

O que ninguém na prisão sabe é que Brooke já quebrou as regras. Um dos reclusos mais perigosos é um ex-namorado seu: Shane Nelson, a estrela de futebol americano do tempo da escola e o autor de uma série de assassínios horríveis. Ele foi condenado a passar a vida atrás das grades. Ela foi quem testemunhou para que isso acontecesse. Shane sabe disso. E nunca se irá esquecer."

"A Porta Trancada", de Freida McFadden

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Posso dizer que a minha aposta para presumível assassino falhou.

Não que tivesse ido pelo óbvio. Essa parte já aprendi. Normalmente, os mais óbvios são os primeiros a descartar.

Ainda assim, deveria ter pensado um pouco mais ao lado. Foi, realmente, uma surpresa!

 

Este é um livro que dá destaque ao pai da personagem principal, responsável pelos crimes cometidos há décadas. Crimes que, agora, voltaram a acontecer.

Que influência teve Aaron na personalidade e carácter da filha?

É certo que têm parecenças. Mais, até, do que Nora gostaria.

Mas serão, as suas formas de pensar, semelhantes?

Os seus intintos, os mesmos?

 

A polícia parece acreditar que sim.

Que, quem sai aos seus, não degenera.

E porque não? Afinal, Nora também tem uma cave. Trancada.

Além disso, é cirurgiã. 

E as vítimas, suas pacientes.

A mesma marca dos anteriores assassinatos, as mesmas características das vítimas dos crimes do pai.

 

Será possível Nora estar a perpetuar o legado do pai?

Ou não passará, tudo, de uma armação para a incriminar?

E se assim for, porquê?

Ela mudou de nome. Supostamente, ninguém conhece o seu passado.

Quem, então, saberá a verdade sobre si? 

 

Sinopse: 

"Nora tinha onze anos. Não fazia a mínima ideia de que, enquanto fazia os trabalhos de casa no quarto, o seu pai passava o tempo a matar mulheres na cave... Até ao dia em que a polícia lhes bateu à porta.

Décadas depois, o pai está a cumprir pena de prisão num estabelecimento de segurança máxima e Nora é uma cirurgiã de sucesso com uma existência tranquila e solitária. Ninguém sabe que o pai é um conhecido assassino em série e Nora deseja que assim continue.

Um dia, uma das pacientes de Nora é assassinada da mesma maneira única e cruel usada pelo pai para matar as suas vítimas.
Alguém conhece o passado de Nora e quer imputar-lhe a culpa deste crime. No entanto, Nora não é uma assassina como o pai. A polícia não a pode acusar. A não ser que procurem na sua cave…"

"A Criada Está a Ver", de Freida McFadden

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Como não poderia deixar de ser, tinha de ler o terceiro livro da colecção "A Criada".

No entanto, confesso, foi o menos bom dos três.

 

Gostei de acompanhar as personagens principais, uma década depois dos acontecimentos anteriores, já com filhos, com outra vida, a dar início a uma nova etapa.

E de rever personagens antigas, ainda que não nas melhores circunstâncias.

 

Quanto à história, também começa bem, mas quando percebemos os motivos que levaram ao crime, e a forma como este ocorreu, soa tudo um pouco exagerado, despropositado, sem sentido.

De resto, as premissas dos antecessores mantêm-se: as personagens aparentemente boas, e as aparentemente suspeitas; o suspense e mistério; uma boa dose de desconfiança e ciúmes; um aparente suspeito que não terá cometido o crime.

Ou será que, desta vez, fê-lo mesmo?

E não, desta vez a suspeita não será a Millie! 

 

 

Sinopse:

"A Sra. Lowell transborda simpatia ao acenar-me através da cerca que separa as nossas casas. «Devem ser os nossos novos vizinhos!» Agarro na mão da minha filha e sorrio de volta. No entanto, assim que vê o meu marido, uma expressão estranha atravessa-lhe o rosto.
Eu costumava limpar a casa de outras pessoas. Nem posso acreditar que esta casa é realmente minha... Apesar de ter ficado de pé atrás com a Suzette Lowell, quando ela nos convida para jantar em sua casa, decido que é uma boa oportunidade para fazer amizade. Mas o olhar frio da empregada, quando nos abre a porta… dá-me calafrios.
E a empregada dos Lowell não é a coisa mais estranha desta rua. Sinto uma figura sombria a observar-nos frequentemente, e o meu marido começa a sair de casa tarde, a meio da noite. Além disso, a mulher que vive do outro lado da rua cruza-se comigo, e as suas palavras arrepiam-me até aos ossos:
«Tenham cuidado com os vossos vizinhos.»
Eu e o meu marido poupámos durante anos para dar aos nossos filhos a vida que merecem. Pensei que o passado tinha ficado para trás… será que cometemos um erro ao mudarmo-nos para aqui?"

"O Segredo da Criada", de Freida McFadden

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Depois de ler “A Criada” confesso que fiquei com algum receio de começar a ler o segundo livro da colecção, e encontrar mais do mesmo.

Mas a autora não me desiludiu e, em “O Segredo da Criada”, troca as voltas aos leitores, fazendo a leitura valer a pena.

 

Desta vez, e após alguns “trabalhinhos”, Millie agradece a oportunidade de poder trabalhar para Wendy e Douglas Garrick, de forma a conseguir pagar os seus estudos, e a renda do seu apartamento.

Namora com Brock, mas não quer tornar-se dependente dele, embora ele seja aquilo que se pode apelidar de “um bom partido”, além de boa pessoa.

No entanto, Millie não o ama.

E tenta esquivar-se a qualquer tentativa do namorado para avançar na relação.

 

Nesta nova etapa da sua vida, Millie continua como empregada doméstica, a formar-se para assistente social.

Vive numa zona relativamente perigosa, e isso é provado quando o seu próprio vizinho a tenta violar, no prédio onde vivem.

Mas o perigo não vem só dali.

Na verdade, Millie tem a constante sensação de que anda a ser seguida. Só não sabe por quem: se pelo dito vizinho, se pelo seu patrão, ou outra pessoa qualquer.

Por outro lado, na casa onde trabalha, algo de estranho se passa.

É como se estivesse a reviver uma história do seu passado - o mesmo enredo, mas com outras personagens envolvidas.

E sabe que, se se confirmarem as suas suspeitas, ela não vai conseguir ficar parada.

 

Mas será que, mais uma vez, ao tentar ajudar os outros, se vai prejudicar a si própria?

Ela bem queria ter uma vida normal.

No entanto, parece que ainda não é desta que o vai conseguir.

A sua "fama" persegue-a.

As situações complicadas vêm ao seu encontro, como se esperassem dela, que as resolvesse.

Como se fosse esse o seu destino e missão.

 

O problema é que, desta vez, Millie pode estar a ver tudo da forma errada.

E, quando perceber, pode ser tarde demais...

 

 

 
Sinopse:

"Cinco anos após os acontecimentos de A Criada, Millie pensa que pode construir uma vida «normal», formando-se como assistente social e trabalhando para outra família rica... mas está muito enganada!
«Millie, nunca entre no quarto de hóspedes...» Uma sombra abate-se sobre o rosto de Douglas Garrick ao tocar na porta do quarto com a ponta dos dedos. «É que... a minha mulher... está muito doente». Enquanto me continua a mostrar o seu incrível apartamento penthouse num dos prédios mais vistosos da cidade, tenho um pressentimento terrível sobre a mulher fechada naquele quarto.
Mas não posso arriscar-me a perder este emprego - pelo menos se quiser continuar a manter o meu segredo. É difícil encontrar empregadores que não façam muitas perguntas, especialmente sobre o passado. Nesse aspeto, agradeço a sorte de os Garrick me terem contratado.
Posso trabalhar aqui durante algum tempo, ficar sossegada até conseguir o que quero. Arrumar e limpar a sua deslumbrante penthouse de vista panorâmica sobre a cidade e preparar-lhes refeições sofisticadas na sua cozinha reluzente. O emprego quase perfeito.
Só ainda não conheci a Sra. Garrick, nem espreitei o quarto de hóspedes.
Tenho a certeza que a ouço chorar às vezes. Também já reparei em manchas de sangue na gola das suas camisas de dormir quando estou a lavar a roupa. Um dia, não consigo evitar bater à porta. E, quando se abre suavemente, o que vejo lá dentro muda tudo..."