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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O verão que já não o é...

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A cada ano que passa, dou menos por ele.

Parece que já não é o mesmo.

Que já não vem com a mesma alegria, com a mesma garra, com a mesma força.

Que cada vez é mais curto, ainda que tenha a mesma duração.

 

Os dias parecem mais pequenos que antes.

Se calhar, sempre foram, já que começam a encolher com a sua chegada. 

Mas não parecia.

Não antes.

Quando, às oito da noite, ainda estávamos a sair, com pena da praia.

Quando, quase às dez da noite, ainda era dia.

Ainda dava vontade de sair à rua.

Ainda não apetecia dormir.

 

O verão, que parece já não o ser, cheira a um outono antecipado.

Em que uma pessoa chega ao final do dia encasacada.

Com vontade de se enroscar nas mantas.

A evitar sair, e ter que vestir camisolas quentes que já não deveria usar, nesta altura.

 

Sinto que o verão ainda agora chegou, e já se está a despedir, quando ainda falta mais de metade dos dias para se ir embora.

Será que ficou retido algures, e enviaram um farsante no seu lugar?

Será que o verão está, realmente, diferente de outros tempos?

Ou será que fui eu que mudei, e não o vejo com os mesmos olhos?

 

A verdade é que não foi por este verão que eu me apaixonei...

Mas é este verão, que vem ao de leve, que só um dia ou outro parece ganhar fôlego para se fazer sentir, e logo se vai, que tem marcado presença nos últimos anos.

Um verão cansado, desnorteado, sem rumo.

Um verão que já não traz magia, nem romance, nem aventura.

Um verão murcho, e sem sal.

Um verão que se limita a cumprir o calendário, mas não convence.

Típico Agosto na zona oeste

Imagens de clipart Clip-art do tempo nublado

 

E depois de uns dias de calor anormal (seria assim tão anormal?) no mês de Julho, eis que chega o típico Agosto da zona oeste, a que já estamos mais que habituados:

- manhãs encobertas, com nevoeiro e chuviscos

- perto da hora de almoço as nuvens dissipam-se, e abrem espaço para o sol

- meio da tarde, as nuvens terminam o seu período de tréguas, e voltam a tapar o sol

- noites frias que convidam a ficar mesmo por casa

 

As temperaturas, essas não passam dos 24 graus, à hora de maior calor. Fora isso, contentamo-nos com uns míseros 18 graus.

E é isto, um pouco por toda a costa oeste.

 

Há quem goste. Há quem prefira assim.

Mas não me venham dizer que isto é verão!

Meus ricos dias quentinhos, por onde andam?

Bloqueada...

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O frio bloqueia-me!

Literalmente.

E quando estou minimamente confortável, basta mexer-me um bocadinho, para voltar a sentir frio novamente.

Por isso, é como se o frio me "prendesse" e obrigasse a permanecer o mais quieta possível. 

Evito levantar-me o mais possível. E, muitas vezes, isso é mau para mim e para a minha saúde.

 

Mas não é só o frio.

Por vezes, sei o que tenho a fazer. Sei o que quero escrever. Sei por onde devo começar.

Mas se, por um lado, o pensamento quer começar, o corpo e um outro lado da mente continuam ali, parados, à espera de um empurrão.

Como se se recusassem a fazer o que deveriam. Como um protesto. Ou simples preguiça e falta de vontade.

 

No entanto, porque a melhor forma de combater o frio é manter-me em acção, em movimento, em actividade, sempre que não preciso de estar sentada, faço por tornar o tempo útil.

E porque há coisas que não podem mesmo ser adiadas, seja porque há prazos, seja porque depois se desvanecem as ideias, lá acabo por fazer e escrever o que há para ser feito, e escrito.

Até ao próximo bloqueio temporário! 

Já posso arrumar definitivamente a roupa de verão?!

guarda-roupa-arrumado-1180245.jpg

 

Aqui na minha zona, o tempo muda a cada dia: ora está calor, ora arrefece, ora volta a subir a temperatura, para logo em seguida descer outra vez.

Sábado estava calor. Ontem, ao sol, ainda se andava bem de manga curta. 

Mas, na sexta, por exemplo, já vesti umas camisolas mais quentes, de lã.

Ainda durante a semana andei de sandálias nuns dias, e de botas, noutros.

E hoje?

Bem... Hoje vesti novamente uma camisola de lã, e trouxe um casaco de outono/ inverno, porque estava cheia de frio!

Será que já posso arrumar, definitivamente, a roupa de verão?!