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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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The Voice Portugal - a final

Fernando Daniel é o vencedor do The Voice Portugal

 

Pergunta pertinente do meu marido, relativamente a esta final do The Voice Portugal:

"Se já sabes quem vai ganhar, porque é que vais ver?"

 

"Porque quero ouvi-los cantar e, lá bem no fundo, tenho esperança de que a votação me surpreenda!" - respondi eu.

 

 

Mas não. Tudo correu como previsto, sem grandes surpresas, provando que este tipo de programas passa muito por manipulação disfarçada, e interesses que vão muito além de escolher a melhor voz. E não digo que o vencedor não tenha merecido o seu lugar ou lutado por ele. Muito pelo contrário. O sucesso que o Fernando Daniel tem, deve-o a si próprio. À produção bastou aproveitar-se disso, e apanhar boleia - "vamos dar ao público o que ele quer, mas disfarçadamente, para não dar muito nas vistas".

 

E não tenho quaisquer dúvidas que o Fernando Daniel vai vender muitos mais álbuns e fazer muito mais sucesso que a vencedora do ano passado - a Deolinda. Basta olhar para a legião de fãs, visualizações no Youtube e, até, o apoio de um artista internacional -James Arthur.

Se o Fernando Daniel é, de facto, a voz? Na minha opinião, não é a voz. É, sim, uma voz que vende, mais virada para o lado comercial. Como dizia o José Carlos Pereira, num programa da concorrência, e com razão, há muitos grandes talentos desconhecidos em Portugal, e sem qualquer sucesso, que dificilmente chegam á superfície. E outros que, rodeados das pessoas certas, mesmo não tendo um grande talento, conseguem destacar-se e saltar para a ribalta.

 

 

Mas vamos lá à avaliação das atuações da gala final:

 

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Francisco Murta, com o tema Yesterday - não me convenceu. Mas teve mérito ao levar uma música nova.

Com a mentora Aurea mostrou o que vale, bem como no tema que já tinha interpretado anteriomente no programa, mas sem nada de novo.

 

 

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Fernando Daniel - com o tema Chandelier fez, na minha opinião, uma das suas piores atuações no The Voice. Nas restantes, esteve muito bem, mas soou a mais do mesmo. A única atuação em que me surprrendeu pela positiva foi aquela em que esteve ao lado do seu mentor.

 

 

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Marta Carvalho - fez uma boa atuação com o mentor, e no tema repetido, mas superou todos com a aposta num estilo diferente daquele a que nos habituou, mostrando um outro lado da Marta, em Dangerous Woman.

 

 

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Miguel Carmona - não gostei muito de o ouvir no primeiro tema, e gostei ainda menos de o ouvir com a Marisa, não tendo em nada ajudado a escolha musical. Ficou mais uma vez provado que o tema que levou os mentores a virarem as 4 cadeiras é o que lhe assenta que nem uma luva, e onde mais gostei de o ouvir.

 

 

 

Foto de The Voice Portugal.

 

Como já tinha referido anteriormente, a Aurea tinha um dos melhores trunfos do programa, e poderia mesmo ter sido a vencedora deste ano, se não tivesse apanhado um Fernando Daniel pela frente, na equipa do Mickael. Ainda assim, conseguiu um honroso 2º lugar.

 

A Marisa, mesmo que tivesse optado pela Andrea, não iria além do 3º lugar. Com sorte, poderia até ficar em 4º. Conseguiu repetir a façanha do ano passado e ficar-se pelo 3º.

 

O Anselmo cedeu o seu 2º posto à Aurea, depois de uma vitória, e ficou-se pelo 4º lugar, que já se sabia que iria para a Marta, a única mulher da competição.

 

O Mickael vence assim, pela 2ª vez consecutiva, uma edição do The Voice Portugal! Pode não ter grande voz para cantar, mas tem olho para os potenciais vencedores, e uma sorte imensa de estes o escolherem como mentor!

 

 

Quanto às votações, que foram mostrando ao longo do programa, começámos com o Fernando Daniel em primeiro, e o Francisco em segundo. Pouco tempo depois, e num claro apelo ao voto para o Fernando, colocam-no em 2º lugar. E o mesmo em relação à Marta e ao Miguel que, sabe-se lá como, mudaram ao fim de pouco tempo de posições.

 

Por último, e relativamente aos apresentadores, devo confessar que aquela elegância que sempre caracterizou a Catarina se perdeu algures pelo caminho. Péssima escolha de vestido, e péssima presença, a puxar para o "pindérico".

 

 

Imagens The Voice Portugal

 

 

Nada contra mas...

 

...entre tanto talento, tinham logo que escolher uma cantora?

Que falta de originalidade.

 

Vi, uma vez, uma parte de uma final de um programa idêntico noutro país, e lembro-me de ver os mais variados talentos, alguns até bizarros, confesso, mas nada de música.

Na final desta edição do Got Talent, temos muitas pessoas a cantar, muitas pessoas a dançar, e pouca variadade de talentos, já que muitos foram sendo excluídos ao longo das galas. 

Entre as actuações de ontem, destaco a dos The ArtGym Company, que venceram a edição anterior. Não conhecia mas, pelo que vi, foi uma vitória mais que justa. Há ali muito talento, muito trabalho, muita dedicação, para se conseguir uma coreografia daquelas de poucos minutos.

Quanto aos concorrentes, os meus favoritos à vitória eram a Mariana e o Alfredo, e talvez o António Ledo. Os primeiros, por terem aliado ginástica e dança, por toda a coreografia, música, intensidade.

Numa outra área de talentos, e entre os dois acordeonistas em competição, apesar de apreciar muito a naturalidade e à vontade da Luísa, penso que o António toca melhor. Talvez seja apenas uma questão de, por ser mais velho, já ter mais treino.

Relativamente à vencedora, Micaela, convenceu-me na audição. Daí em diante, não tenho gostado muito das suas actuações, embora tenha estado, a meu ver, melhor na final que na gala que garantiu o lugar para esta noite.

Sangre Ibérico - não nego que tenham talento, mas não aprecio aquilo que fazem. 

Contraponto - o mesmo que a Micaela - excelentes na audição, menos bem na gala, e um pouco melhor hoje, embora não ao nível da primeira actuação.

Pedro e Inês, Adilani e Ermelindo e Kayser Ballet - três estilos de dança diferentes. Os primeiros estiveram melhor que nas actuações anteriores. Os segundos e os terceiros mantiveram-se dentro do mesmo nível. Mas, ainda assim, a Mariana e o Alfredo, conquistaram-me, ao contrário destes.

As We Dance estiveram bem, mas penso que não deveriam estar nesta final.

O Daniel Seabra também não esteve na sua melhor noite. 

E o que dizer dos ilusionistas. O João esteve melhor que o Francisco, mas nenhum dos dois me convenceu.

Seja como for, e independentemente de as votações terem sido ou não manipuladas e de, possivelmente, já se saber que a Micaela iria ganhar, como se diz por aí, a verdade é que, entre tanta gente, e com tantos talentos que passaram pelo programa, acabou por vencer alguém ligado à música. Que também é um talento, é verdade.

Mas talento por talento, e havendo tantos programas onde mostrar este específico, poderiam ter apostado noutro género.

 

E, já agora, só uma aparte - não desvalorizando a forma como a Micaela canta (pessoalmente, não gosto), em termos musicais considero a Deolinda, vencedora do The Voice Portugal, um talento muito maior.

 

 

 

O Ídolo de Portugal 2015

 

Foi o João o mais votado da noite, e eleito Ídolo de Portugal 2015.

Se foi um justo vencedor? Tendo em conta todo o trabalho desde o início do programa, sim.

Se foi o que mais brilhou nesta gala final? Nem por isso. A Sara foi a que mais sobressaiu, a que mais se destacou e, se fosse só por esta gala, deveria ter sido ela a vencedora.

O que eu noto é que o João é pouco versátil - cantou praticamente todas as músicas parado, agarrado à sua guitarra. Já a Sara, cantou, dançou, lutou pela vitória.

Por outro lado, a mim parece-me que, se ouvir a voz do João a cantar algo, sem saber quem está a cantar, não o reconhecerei. Já a voz da Sara, é mais marcante, e mais fácil de distinguir entre várias.

Uma coisa que me fez alguma confusão foi já terem uma música preparada para o vencedor. Será que, a ser a Sara ou o Paulo o vencedor, a dita música seria para um deles? Ou teriam outra música qualquer preparada para cada um deles? Também não gostei muito de ser uma música do Diogo Piçarra. Deveria ser algo do João, com a identidade dele.

Por último, destaque para a Conchita Wurst. Independentemente do que aquela figura seja, a música que cantou é espectacular! 

 

PS.: Já agora, da próxima vez que convidarem alguém que não fala português e conversarem com essa pessoa, traduzam o que foi dito, ou então ponham legendas. Achei muito mal o João Manzarra a falar com a Conchita em inglês, e nem uma palavra para o público. Quem percebeu, percebeu. Quem não percebeu, azar.