Alerta: fofura!
Por vezes parece que tenho duas bebés em casa, e não duas bichanas.
Fazem umas poses tão fofinhas, ficam com um ar tão meiguinho e engraçado, que é impossível resistir aos seus encantos!
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Por vezes parece que tenho duas bebés em casa, e não duas bichanas.
Fazem umas poses tão fofinhas, ficam com um ar tão meiguinho e engraçado, que é impossível resistir aos seus encantos!
Este ano, as férias estão a ser passadas por entre latas de tinta, rolos, trinchas e limpezas.
Todos os anos, a prioridade vai para o descanso, os banhos de sol, a praia.
Foi preciso vir um ano atípico, com um tempo estranho, e uma coragem vinda não sei de onde, para tratar de pintar a casa, que bem precisava.
Não é fácil.
Não sou pintora, nem tenho muito jeito para pinturas.
Não me ajeito muito com tabuleiros, nem com rolos metidos em cabos para pintar tectos.
Sou mais de subir de descer o escadote, com tabuleiro na mão, para ir lá ao pormenor.
E os pormenores, por vezes, dão mau resultado: quando vejo, já está a tinta a escorrer do tabuleiro para o chão!
Pelo lado positivo, tenho feito exercício às pernas, de tanto que subo e desço o escadote. E aos braços, de esfregar paredes e dar ao rolo.
Pelo lado negativo, fazer estas coisas com duas gatas em casa, é para esquecer.
Se as fecho, elas começam a esgravatar a porta para a abrir. Quando abro, andam por cima dos jornais pintados, param mesmo nos sítios onde estou a pintar, metem-se onde não devem, e arriscam-se a sair dali de pelo pintado.
Como disse acima, não é fácil, nem sai nenhuma obra de arte.
Mas dá gosto ver a transformação.
Não fica perfeito, mas fica, definitivamente, bem melhor do que estava.
E é a prova de que, quando se quer, quando há esforço e empenho, consegue-se.
Chega D. Becas ao quarto, por volta das 5 da manhã.
Sobe para cima da cómoda, e começa a atirar com os brinquedos da Amora para o chão.
Sabe que, provavelmente, a Amora, que ainda dorme comigo, vai acordar e levantar-se, obrigando-me a levantar também.
Mas, se a técnica não funciona, pode sempre empurrar a porta do quarto, puxar-me os cabelos ou, como é costume, começar a morder a Amora.
Portanto, todas as manhãs, fim de semana incluído, levanto-me às 5 horas, ainda meio a dormir, para colocar ração nos comedouros, e volto para a cama, para aproveitar aquela hora e pouco que falta para me levantar de vez.
Com sorte, não me chateiam mais. Com azar, ainda me levanto mais uma ou duas vezes para as separar.
Esta madrugada, por exemplo, tive que ia acudir à Becas, que estava com a unha presa no robe da minha filha, atrás da porta do quarto dela!
O despertador toca a primeira vez, para me avisar que tenho cerca de meia hora para ficar na ronha. Quando toca a segunda vez, é mesmo para me levantar.
As luzes ainda estão ligadas mas, pouco depois, desligam-se.
Está mais noite do que dia (venha a mudança da hora para ver se nos levantamos com claridade).
Nem sequer dá para perceber bem se vai estar bom tempo ou se vai chover.
Enquanto puxo as persianas para cima, ainda cheia de sono, apercebo-me que mais pessoas se levantam à mesma hora, pelas luzes acesas dentro das casas, que vejo pela janela, ou por um ou outro carro que sai do estacionamento. Ou pela vizinha do lado, que já anda por lá a fritar com as filhas, e a empurrar os móveis contra a parede.
Chamo a minha filha. Sei que ela vai ficar a "marinar" na cama durante alguns minutos mas, volta e meia, volto lá, só para confirmar que, entretanto, não voltou a adormecer!
Depois, é a rotina habitual e, quando dou por isso, já é dia. O sono já se conformou e deu umas tréguas temporárias.
Não gosto de acordar cedo.
Não que seja pessoa de dormir manhãs inteiras. Na verdade, acordando por volta das 8 ou 9 horas já me chega.
Mas não gosto de ser obrigada a acordar antes das 7 da manhã!
E, quando chega ao final da semana, o sono está muito acumulado e falta energia. Ainda mais, sabendo que no fim de semana, não será diferente!
Sim, porque ao fim de semana, as duas bichanas acordam-me várias vezes, até me fazerem levantar definitivamente por volta das 8 da manhã.
Primeira cena:
Logo pela manhã, na hora de tomar o pequeno-almoço, vão as duas para junto dos comedouros. Coloco ração num, e a Becas começa logo a comer. A Amora espera que eu coloque no outro. Mal acabo de o fazer e a Amora se aproxima, a Becas sai do seu e começa a comer do da Amora. A Amora, coitada, lá se vira para o outro, e eu coloco-lhe mais 3 ou 4 croquetes, para compensar. A Becas volta a deixar o comedouro onde estava, e vem para este.
Resultado: a Amora desiste, e vai-se embora, à espera que a Becas saia de lá, para ir ela comer!
Segunda cena:
Comprei um armário de plástico com gavetas, alto, e coloquei-lhe uma almofada em cima, para a Becas poder estar à janela da entrada. Ela não achou muita piada, até porque, como é leve, abana muito, e raramente lá ficava.
A Amora, que entretanto descobriu para o que é que aquilo servia, agora até pede para a pormos lá em cima, e ficar a ver os passarinhos. Ora, como a Becas vê lá a Amora, também quer ir. E, assim, ficam lá muitas vezes as duas ao lado uma da outra.
Hoje, a Amora saiu e a Becas deitou-se a ocupar o espaço todo. Como não podia voltar a pôr lá a Amora, levei-a para a janela da sala. Quando estava a voltar para trás, já a Becas vinha a caminho!
Resultado: desta vez, ganhou a Amora, que acabei por colocar onde ela queria, e a Becas ficou de castigo!
Terceira cena:
Quando comprámos o microondas novo, colocámos a caixa na sala para elas brincarem.
Muitas vezes, a caixa estava vazia, e não queriam saber dela. Mas bastava uma delas ir lá para dentro, para a outra também querer, e andarem à vez a expulsarem-se uma à outra, normalmente à dentada e à chapada, para ver quem ficava lá dentro.
Resultado: acabou-se a caixa!
A sério que tem momentos em que mais parece que tenho duas filhas pequenas a embirrarem uma com a outra, do que duas gatas!
Ontem à noite, estávamos já deitados, quando ouvimos as gatas a assanharem-se, a rosnarem e bufarem. Acendemos a luz, mas não as vimos. Devem ter ido à sua vida. Achámos que se tinham enfiado debaixo da cama.
Ainda deitada, espreito para debaixo da cama, mas não vejo nenhuma delas. No entanto, ouvimos um barulho que parecia que estavam ali a roer qualquer coisa.
Levanto-me, pego na lanterna e espreito para debaixo da cama, do meu lado. Não vejo nada. Vou pelo lado do meu marido, e nada de gatas. O barulho, umas vezes ouvia-se, outras não. Pensei que estivessem a morder algum plástico ou algo do género.
A Becas não era, porque apareceu ao pé de mim. E, surpresa, a Amora também não, porque veio da cozinha!
Será que andava por ali algum rato debaixo da cama, e era por isso que as gatas estavam assanhadas?
Ainda andei ali uns minutos a inspeccionar, quando digo ao meu marido "mexe-te lá na cama". Ele mexeu-se, e o barulho voltou. Quando parava, não havia barulho. Fizemos isto várias vezes.
Vou ao meu lado e mexo também. A mesma coisa.
Conclusão: o suposto rato escondido debaixo da cama mais não era que o barulho provocado pela cama a roçar na mesa de cabeceira, sempre que nos movimentávamos na cama. Isto porque eu, para a Amora não cair, me lembrei de encostar a mesinha à cama!