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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

1 Foto, 1 Texto #37

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Por vezes...

naqueles momentos mais delicados,

mais difíceis,

mais tristes,

mais desesperados,

não são precisas palavras...

 

Basta, muitas vezes, a simples presença!

 

Sentir que não estamos sozinhos.

Sentir que alguém está disposto a compartilhar connosco esses momentos.

Sentir o apoio, em forma de gestos.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

 

(Nota: fotos tiradas num dia de muito frio em que, de certa forma, apesar de serem gatos de rua, partilhando o mesmo destino e vida, tentaram confortar-se e aquecer-se um ao outro)

O mistério das caixas desaparecidas

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Volta e meia, aparece por lá um ou outro gato à minha porta.

Não tanto como antigamente, é certo.

Mas gosto sempre de ter uma caixinha com água, e outra com ração, para os visitantes.

 

Só que, de há umas semanas para cá, ando a ser roubada!

Coloco uma caixa com ração de manhã. Está lá até à noite.

No dia seguinte, nem sinal dela.

Volto a pôr uma nova caixa com comida, e torna a desaparecer.

 

A caixa fica no degrau, junto à porta, por causa da chuva.

Não me parece que o vento (que há noites que nem se manifesta) fosse capaz de a fazer voar.

E também não estou a ver os gatos a levarem a caixa na boca, para algum outro esconderijo, com comida lá dentro e tudo.

 

Mas que elas desaparecem, nocturnamente, lá isso desaparecem.

Alguém deve andar muito necessitado, ou a fazer colecção de caixas.

E eu, que já tinha deixado de guardar as ditas, porque tinha de sobra, estou a ver que vou ter que começar a fazer uma nova reserva.

 

 

"Café de Gatos", de Charlie Jonas

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Digamos que, em primeiro lugar, adorei a capa!

Depois, gostei do título, simples e desprendido, sem desvendar muito. Meramente, "Café de Gatos".

Já visitei dois cafés do género, aqui em Portugal.

Agora, "viajei" até este, em Colónia, na Alemanha, através da leitura.

 

Voltando ao livro, e assim numa espécie de pregão, o que esperar dele?

Não uma, não duas, mas três histórias de amor. Pelo preço de uma!

Não um, não dois, mas 6 gatos, como elo comum entre as personagens principais - a Mimi e os seus filhotes! Portanto, muita fofura junta, numa única história.

Livros, como não poderia deixar de ser, num café de gatos que se preze.

Um pouco de história, e muitos passeios pela ilha de Ísquia, em Itália, onde se encontra, por exemplo, o Monte Epomeo.

E comida caseira, tradicional, herança de família, nomeadamente, os maravilhosos bolos da proprietária do café, feitos com receitas da sua tia Paula.

O que poderíamos querer mais?!

 

Tudo começa quando Susann decide fazer a sua última viagem, antes de uma cirurgia à anca.

Susann é viúva e tem, por única companhia, a gata Mimi.

E não a quer deixar com qualquer pessoa. Por isso, será a Leonie, uma professora francesa e sua vizinha, que Susann pedirá o grande favor de ficar com a sua bichana, por apenas alguns dias.

Só que Leonie não percebe nada de gatos, não tem jeito nenhum para lidar com Mimi, e Mimi também não aprecia muito dividir os seus dias com Leonie, fechada naquele apartamento.

Em desespero, Leonie pede à sua amiga Maxie, que adora gatos, que fique com Mimi, para bem da sua sanidade mental. Afinal, serão apenas alguns dias, e em breve tudo voltará ao normal.

Só que não...

 

Susann apaixona-se em Ísquia, e vai prolongando as suas férias, semana após semana, acreditando que Mimi está em boas mãos, e que Leonie não se importará de passar mais uns dias com ela. Aliás, mais à frente, Susann pondera mesmo deixar definitivamente Mimi com a sua vizinha, para poder viver a sua história de amor.

Já Leonie, que tem vindo a mentir descaradamente a Susann acerca de Mimi, tem cada vez mais dificuldade em desfazer a farsa, já que não quer estragar as férias da vizinha e, de qualquer forma, Mimi está nas suas "sete quintas", no café de Maxie!

Um café que era suposto ser normal mas que, com a chegada de Mimi, e com os filhotes que esta, entretanto, deu à luz, se transformou num café de gatos, com livros à mistura, que poderá ser, de certa forma, um porto de abrigo para alguns dos seus clientes.

Maxie ama Mimi, um amor que parece ser recíproco, e ela nem quer imaginar que terá que devolvê-la brevemente. Ainda mais, quando Mimi adora o espaço, e se sente a rainha do café.

E por falar em amor, tanto Leonie, que não tem sorte nenhuma nesse campo, dadas as suas relações anteriores, e Maxie, que se envolve com um impostor, vão encontrar o amor da forma mais inesperada que imaginariam.

 

Ou seja, este é um livro leve, e sem grandes enredos ou reviravoltas, com histórias de amor e finais felizes, como manda a tradição.

E com um miminho no final do livro, que é mesmo a cereja no topo do bolo, de um café de gatos que passou a trama toda a abrir-nos o apetite: algumas das receitas dos bolos feitos por Maxie, incluindo os tão famosos caracóis de canela!

 

É caso para dizer que este livro é como um bombom, e que a sua leitura nos adoça e nos deixa com água na boca, para além de reforçar, aos apaixonados por gatos, que temos muito a aprender com eles!

 

 

 

 

 

Sinopse:
 

"Susann está prestes a partir para Itália numas férias que poderão ser as últimas. Quando regressar, vai submeter-se a uma cirurgia que a impedirá de viajar durante muito tempo. É agora ou (provavelmente) nunca. Mas a ideia de deixar a sua querida gata Mimi com estranhos deixa-a desconsolada. É então que se lembra de Leonie, a vizinha com quem se dá tão bem. Estará a jovem professora disposta a aceitar o seu pedido? Com certeza que sim, afinal, a Mimi é um amor…

Leonie está familiarizada com as excentricidades das outras pessoas (principalmente se forem homens franceses), não com as de pequenos animais de estimação. Mas quando Susann lhe expõe o seu plano, ela não consegue recusar, pois tem a sensação de que a felicidade da vizinha depende demasiado daquela viagem.

Mas Leonie rapidamente percebe que ela e Mimi não fazem uma boa dupla: a gata parece fazer de propósito para tornar a sua vida num inferno, desde personalizar o sofá a destruir os frascos de verniz Chanel. E quando Susann decide prolongar as férias, Leonie entra em pânico e recorre a Maxie, a sua melhor amiga, que acaba de abrir um café. Pois Maxie também não consegue recusar um pedido de ajuda e aceita ficar com a gata. E é assim que Mimi e os seus bebés (sim, Susann vai ter uma surpresa…) tomam o café de assalto.

A vida destas três mulheres (e do café) não voltará a ser a mesma.

Porque a Mimi sabe o que nós humanos apenas intuímos: um gato muda tudo - para melhor, obviamente."

"Se Os Gatos Desaparecessem do Mundo", de Genki Kawamura

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Depois de ler este livro, devo confessar que um outro, que tinha na minha lista de desejos para comprar, sobre gatos, foi de lá retirado a alta velocidade.

Chega de decepções!

 

O anterior, "Memórias de Um Gato Viajante", já não me tinha enchido as medidas mas, supostamente, este era melhor, e mais emotivo.

Não foi!

Foi uma seca.

Uma história básica que pouco tem a ver com gatos. Que pouco tem a ver com o sentido da vida. 

É uma reflexão fraquinha sobre aquilo de que realmente precisamos, e o que não nos faz falta. Sobre o que os outros precisam, ou não. Sobre a nossa importância neste imenso mundo, e as consequências dos nossos actos.

 

É dito ao longo da história que, para alguém ganhar, outro alguém tem que perder. E que, para nós ganharmos algo, temos que perder algo.

Pois eu diria que, para ganhar este livro, alguém perdeu dinheiro.

E, para o ler, perdi o meu tempo.

Mas ganhei a noção de que não me posso voltar a deixar enganar por este tipo de histórias!

 

A sério?!

Um gato que, às tantas, fala linguagem humana de há séculos atrás?!

Um Diabo que não sei se veste Prada, mas usa roupas extravagantes, tem sentido de humor e faz acordos com Deus?!

Uma ex-namorada que ainda guarda uma carta da falecida mãe do ex-namorado, para um dia lhe entregar, quando, e se, ele a procurasse?!

Enfim...

Só posso dizer: não percam o vosso tempo!

 

 

SINOPSE
 

"Tão belo quanto comovente, este é um romance sobre a perda e sobre o quão importante é estarmos próximos e presentes na vida de quem amamos. Em pleno século XXI, o que importa realmente na vida?
Os dias do jovem carteiro estão contados. Afastado da família, vive sozinho e tem por companhia o seu gato Repolho. Nada o preparou para a notícia que acaba de receber: o médico diz-lhe que tem apenas alguns meses de vida. Mesmo antes de começar a escrever a lista de coisas que tem de fazer antes de morrer, o Diabo aparece para lhe propor um trato: se ele fizer desaparecer apenas uma coisa do mundo, ganha um dia de vida. Assim começa uma estranhíssima semana…
Pensemos: como podemos escolher o que conta realmente na nossa vida?
Como separamos as coisas sem as quais viveríamos daquelas de que mais gostamos?
Perante a oferta do Diabo, o protagonista desta história e o seu adorado gato são levados até aos limites da escolha, da aceitação e da reconciliação.
Um romance-fábula sobre um homem e a sua luta para descobrir o que realmente importa na vida."

Cenas estranhas e sinistras que nos acontecem

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Ontem fui com a minha filha ao chinês, para ver se arranjava umas botas.

À vinda, passámos pela colónia dos gatos e, como estavam juntinhos a comer, ia aproveitar para tirar umas fotos.

De repente, do nada, aparece ali um rapaz a meter-se na cconversa:

 

"Isso não é a garagem. Isso era a entrada para o lar. Já foram muitas coisas deitadas abaixo. Já não está nada como era." E fica ali um bocado parado a olhar para nós, até se resolver a seguir caminho!

 

What?!

Nós nem sequer estávamos a falar disso. Estávamos a falar sobre se um gato seria gato ou gata!

 

Antes dessa conversa, estava eu a dizer à minha filha que, de certeza, haveria alguém que entrava ali dentro, porque a comida que lá estava ao meio não tinha ar de ter sido atirada do lado de fora, mas sim colocada ali.

E a minha filha "então, devem entrar da mesma maneira que a outra mulher entra".

Quando damos por isso, vemos a mulher dos gatos lá dentro, no telheiro, como uma assombração! 

Esteve ali o tempo todo. Ouviu a conversa toda.

 

Está resolvido o mistério de quem entra lá, quem tira de lá as caixas de plástico que eu ponho, ou despeja a comida numa caixa maior e as põe umas dentro das outras, para eu encher de novo.

E ela, ou atravessa paredes, qual fantasma, ou deve ter um truque para abrir aquela porta porque, das vezes que tentei, nunca consegui.

Verdade seja dita, também não quero ser apanhada a invadir propriedade privada, e ser detida pela GNR!