Como perder totalmente o interesse num programa
Fui uma fiel seguidora, nos últimos anos, do programa The Voice Portugal.
Conseguiu manter-me ligada a ele a cada domingo à noite, mesmo quando no dia seguinte acordava cheia de sono para ir trabalhar.
Nenhum outro programa me tinha feito mudar de canal e trocar. Até este ano...
Sim, este ano, ainda comecei a vê-lo, apenas para constatar que o programa (tal como provavelmente a maioria deles) está viciado, esgotado, sem nada de novo: as mesmas injustiças, os mesmos discursos, as mesmas desculpas esfarradas, os mesmos interesses, e um objectivo que é tudo menos aquele que apregoa.
Aos poucos, comecei a optar por assistir ao Casados à Primeira Vista, e gravar o The Voice para ver mais tarde. Mas nem me dou a esse trabalho. O pouco que vou vendo e lendo, permite-se ficar por dentro do que se passa, e acentuar mais a pouca vontade em perder tempo a segui-lo.
Mudem os apresentadores, mudem os mentores, mudem a dinâmica, sejam genuínos e espontâneos, e talvez voltem a conquistar audiências.
Aliás, acho que qualquer programa do género (incluindo o Casados à Primeira Vista, que já soa mais a encenação) teriam a receita de sucesso na novidade, aliada à espontaneidade. Porque é isso que mais agrada ao público.
Até lá, será sempre a diminuir, até acabarem de vez com o programa.