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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A difícil escolha de um filme

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Está cada vez mais difícil escolher um filme que agrade aos dois, quando no mesmo momento, temos vontades tão diferentes.

O meu marido queria ver um filme. Disse que ia escolher. Uns minutos depois diz-me:

"Tenho aqui 5 filmes para escolhermos. São todos de terror."

 

Já eu, num final de tarde de domingo, não estava para aí virada. 

"Escolhe outra coisa, tipo comédia romântica. Mas com mais romance que comédia." - disse eu.

 

Pôs um enquanto eu me despachava. Perguntei-lhe o nome. 

"Noiva em Fuga" - disse.

"Esse filme já vi!" - respondo-lhe.

 

Nova busca.

Os que ele gosta, não me dizem nada. Os que eu gosto, não lhe estava a apetecer a ele. E para dizer a verdade, em tantos canais de cinema, não havia um único filme de jeito. Para ver o mesmo de sempre, não valia a pena. Começámos a ver um. Era francês. Tirámos logo. Passámos a outro. Era chinês. Tirámos logo!

 

Pôs um que ele já tinha visto várias vezes. Não me dizia nada.Tirámos. Nisto, já mais de meia hora tinha passado entre ver trailers, ler sinopses, experimentar filmes e desistir logo em seguida.

 

Finalmente, encontrámos um: Amo-te Como És!

Já em tempos tínhamos visto a apresentação deste. Mas na altura não o vimos, porque devíamos andar à procura de outra coisa. Calhou no domingo, quando já estávamos a perder a esperança!

 

 

A nossa relação já não é o que era

Durante muitos anos estivemos sempre lá um para o outro.

Tínhamos aquele nosso pequeno momento diário, só nosso, e mantivemo-nos fiéis um ao outro, sem nunca vacilar.

De há uns tempos para cá, tudo mudou. A nossa relação já não é o que era. Já não há aquela enorme vontade de nos encontrarmos à hora de sempre, de partilharmos aquele momento. 

Gosto de rotinas. Mas há rotinas que, com o passar do tempo, desgastam as relações. E foi isso que nos aconteceu. 

Fica, eventualmente, uma relação de amizade. De vez em quando ainda nos encontramos pela manhã. Mas já não existe um compromisso.

E é assim que dou por terminada uma bonita relação, que tinha vindo a permanecer desde a minha adolescência, até há uns meses atrás, com o Nestum!

 

 

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Sim, o Nestum! 

Durante anos, era o meu pequeno-almoço obrigatório - duas tigelas de Nestum. Eventualmente, uma, nos dias em que tinha menos tempo, ou ficava bem só com uma. Esporadicamente, traía-o com outro pequeno-almoço qualquer, mas o Nestum nunca me abandonou, nem eu a ele.

De há uns tempos para cá, tenho vindo a comer cada vez menos. A minha refeição matinal tem passado por chás, iogurtes, pães de leite, croissants integrais, cereais integrais e por aí fora, mas Nestum, só uma tigela, uma vez ou outra, e já não é a mesma coisa.

Penso que, à semelhança de outros alimentos, de tanto comer, o meu organismo começa a rejeitar e a pedir algo diferente.

Para ver quando não há mais nada para ver!

 

Foi esta a frase que mais disse um dia destes ao meu marido, quando estávamos a ver trailers de filmes que nos pudessem interessar!

O meu marido punha um, perguntava-me o que eu achava e eu respondia "é bom para ver naqueles dias em que não há mais nada de jeito para ver!".

A seguir, outro, e a mesma resposta. Mais um, e resposta igual!

Diz-me ele então: "Dizes o mesmo para todos! Mas afinal o que é isso de ser bom para ver quando não há mais nada para ver?".

Pois bem, é difícil explicar, mas vamos lá ver se me faço entender: eu gosto de um determinado tipo de filmes - com muita acção, suspense, um bom romance, entre outros. Nem sempre dão bons filmes, ou bons filmes para o meu gosto, na televisão.

Nessa altura, se me está mesmo a apetecer ver um filme, existem alguns que se enquadram nessa expressão, ou seja, apesar de não serem bem o meu género, nem nada de espectacular ou emocionante, até se vêem quando não há mais nada para ver ou fazer.

E depois, há aqueles que nem pensar em vê-los! Ainda no outro dia me pus a ver o Locke, e ao fim de 10 minutos desisti! Mais de uma hora de filme com um homem ao volante e a falar ao telemóvel (sei disso porque andei o filme todo para a frente)? Tenho mais que fazer! 

 

 

 

O que é que nos faz gostar (ou não) de um determinado autor?

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Acho que, em primeiro lugar, é preciso ter interesse nos temos abordados pelos autores dos livros, e gostar da forma como esses autores escrevem e nos transmitem a mensagem.

Mas nem sempre isto é suficiente. Muitas vezes estamos a ler um livro e pensamos que é apenas "mais do mesmo", o que nos leva a não ter vontade de ler mais nenhum livro desse autor, porque já sabemos do que vai falar. Isso já me aconteceu.

Com Augusto Cury, por exemplo, em que fixei os conceitos e ensinamentos focados em 2 ou 3 livros, e bastou. Ou, por exemplo, com Casey Watson, sobre as famílias de acolhimento de jovens em risco. Li "O Menino que Ninguém Amava" e gostei muito. Mais tarde, vi outros livros da mesma autora à venda, mas não tive vontade de os comprar.

No entanto, noutros casos, esse é um factor determinante para eu querer "devorar" os livros de outros autores como, por exemplo, Julia Quinn, Lesley Pearse, Jeff Abbott, Nicholas Sparks, Sandra Brown ou, mais recentemente, Nora Roberts.

Já sei, à partida, com o que conto quando compro um livro de um destes autores. Já sei que, embora as personagens e a história central mudem, a base é a mesma. É por isso que os quero ler! É isso que me faz gostar deles.

E se, por algum acaso, um autor sai do seu registo habitual e se aventura em terreno desconhecido, podemos não gostar muito da mudança. Também pode acontecer o contrário, mas é sempre um risco.

Há ainda aqueles autores que se destacam por um determinado livro, e ficamos por aí. 

É difícil encontrar um motivo específico para justificar as nossas escolhas, mas penso que um dos segredos para mantermo-nos fiéis a determinados autores é o facto que, a cada novo livro, mesmo que seja mais do mesmo, acrescentar algo de novo, e não decepcionar os leitores. 

 

 

 

 

O que os outros dizem é-me indiferente

 

Nem sempre assim é, mas temos que começar, de alguma maneira, a fazer com que assim seja.

Quando fomos buscar os livros da minha filha à papelaria, ela, disse que queria para este ano uma mochila da Violetta e outras coisas também.

A senhora que nos atendeu, disse-lhe para não fazer isso, porque isso era para as crianças mais pequenas. No 2º ciclo, ela devia escolher outro tipo de tema, ou corria o risco de gozarem com ela.

Quando fui comprar vi, de facto, algumas mochilas giras e melhores que a da Violetta. E lembrei-me daquilo que a senhora da papelaria tinha dito.

Mas depois pensei: por que raio, se é da Violetta que ela gosta, não há-de ela levar para a escola aquilo que gosta? Por medo do que os outros possam dizer?

Isso significa termos que andar escondidos, fingirmos aquilo que não somos, ignorar aquilo que faz de nós quem somos.

Não vou fazer isso à minha filha. Se ela gosta da Violetta, compro-lhe as coisas que gosta, independentemente do que os outros possam dizer. Ela depois decidirá se quer continuar a usar ou não. E até gosto do saco de desporto, mais caro que a mochila, mas bem melhor. Além disso, comprei-lhe uma outra diferente, e barata, se ela quiser ir variando. 

 

P.S.: O problema deste tipo de material é que, por norma, é bem mais caro, não dura nada, e para quem não tem muito dinheiro é mais difícil satisfazer os desejos dos filhos. Duas mochilas, então, é luxo! Concordo. O ano passado comprei uma mochila muito gira, sem nenhum tema conhecido, de rodinhas, a preço de saldo - 5 euros! Durou o ano todo, embora já para o fim com alguns buraquitos, os pneus carecas e um fecho avariado! Por outro lado, já lhe comprei em outros anos mochilas da Barbie ou das Winx, que me custaram à volta dos 20 euros, e no fim do primeiro período foram para o lixo.