Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"O Sonho", de Nicholas Sparks

500x.jpg

 

Quando pensava que Nicholas Sparks não me poderia mais surpreender, eis que ele me mostra que sim, consegue!

"O Sonho" é a prova disso.

Em alguns momentos, agradeci as pausas que foram feitas na narrativa, e aquelas que fui forçada a fazer (porque a vida não é só leitura), para que as lágrimas não começassem a cair.

E não, não é um livro sobre lamichices e os típicos romances a que já nos habituou.

 

É muito mais.

É sobre uma mulher que está no auge da sua carreira como fotógrafa, mas tem os dias contados, por conta de um cancro de pele, que descobriu quase por acaso.

Uma mulher que já viajou muito pelo mundo, mas dava tudo para voltar a um único sítio, onde foi feliz.

Uma mulher que nunca teve uma relação fácil com os pais e irmã, mas conseguiu amar, e ser amada, por uma tia que não conhecia, e de quem menos esperava amor.

 

É sobre uma adolescente que engravida, e cujos pais a mandam para longe, para ter a criança sem que ninguém saiba, dá-la para adopção, e voltar para junto deles, à sua vida normal, como se nada tivesse acontecido.

Uma adolescente que está perdida, mas se volta a encontrar onde menos esperava. 

Uma adolescente que vive o seu primeiro e único amor durante alguns meses, até que tudo muda.

 

É sobre abdicar, por uma causa maior.

Ainda que nos faça sofrer.

 

É sobre dar importância a pequenos gestos, a pequenos momentos, às coisas simples e bonitas da vida.

É sobre sonhos, e paixões.

Sobre o amor verdadeiro, e as escolhas que se fazem por ele.

É sobre o destino, o que ele nos reserva, e como nos troca as voltas.

 

"O Sonho" é sobre perseverança.

Uma última oportunidade, depois daquelas que não voltam mais.

Numa corrida contra o tempo.

Até que tudo acaba, onde tudo começou...

 

Maggie, uma fotógrafa de renome, tem poucos meses de vida.

Vai vivendo os seus dias à base de medicação para as dores, emagrecendo a olhos vistos.

Com a galeria numa época de maior movimento e trabalho, é necessário contratar alguém que ajude, e Mark, que em tempos tinha mostrado interesse e deixado lá o seu currículo, parece ser a pessoa certa.

Com o passar do tempo, Mark e Maggie começam a tornar-se mais íntimos, e Mark desafia a sua chefe a contar-lhe a sua história.

Assim, o livro vai alternando entre o presente, e o passado, com Maggie a explicar como surgiu a sua paixão por fotografia, e como conheceu o seu grande amor - Bryce.  

 

Nem sempre Maggie tem forças e disposição para seguir com a história mas nós, tal como Mark, ansiamos pelo que ainda está por vir, pelo que ainda falta saber, e como é que tudo aconteceu.

No fundo, à medida que Maggie vai avançando, a sua vida vai-se perdendo e, no entanto, os últimos dias da sua vida pareceram um reviver dos melhores momentos que viveu, como que para compensá-la, do que lhe estava a ser tirado.

 

Não é, como percebemos logo no início, uma história com final feliz.

Ainda assim, há uma surpresa guardada para os leitores, nas últimas páginas, que será também uma surpresa para a Maggie.

No fim, tudo valeu a pena!

Apesar de ter ficado tanto por viver, tanto por aproveitar, tanto por amar...

 

 

SINOPSE

 

"Em 1996, Maggie Dawes tem 16 anos e muito pouca vontade de ir viver com uma tia que mal conhece numa vila costeira remota e ventosa. Mas a ilha de Ocracoke, na Carolina do Norte, vai mesmo ser a sua nova casa.
Contrariada, Maggie encontra refúgio nas recordações da família e dos amigos que deixou para trás. Até ao dia em que a tia lhe apresenta Bryce Trickett, um dos poucos adolescentes da zona. Bonito e genuíno, o rapaz vai mostrar-lhe a beleza da ilha e despertar nela uma paixão pela fotografia que influenciará toda a sua vida daí para a frente.
Em 2019, Maggie é já uma fotógrafa de renome e divide o seu tempo entre viagens a locais remotos e uma galeria em Nova Iorque. Mas uma notícia inesperada obriga-a a permanecer na cidade durante o Natal. Com um fiel assistente por companhia, Maggie passa os últimos dias da quadra a recordar um Natal de outrora e a avassaladora paixão que mudou o rumo da sua vida.
Nesta história de descoberta, perda e redenção, Nicholas Sparks recorda-nos que o tempo que dedicamos às pessoas que amamos é uma dádiva preciosa."

 

A sentir-me omicronada!

Vetores de Menina Bonita Doente Com Termômetro E Saco De Gelo e mais  imagens de Adolescente - iStock 

 

Algum dia haveria de chegar a minha vez!

Encarei isso com normalidade. Sem stress.

Mesmo não estando vacinada.

 

Não sei se foi o Omicron, ou a nova subvariante, que me apanhou.

Sei que experimentei todos os sintomas possíveis e imaginários, à excepção (felizmente) da dificuldade em respirar.

Vejamos:

- febre, muito ligeira

- um dia de dor de barriga

- dores musculares, mais nas pernas, mas suportáveis

- um pouco de tosse, bem mais ligeira que em muitas constipações que tive

- garganta irritada, mais pela impressão e de tossir, do que dor

- herpes 

- borbulhas na cara

- dormência nas mãos

- dor de cabeça ligeira

- dor de ouvidos ligeira

 

Nada disto me derrubou. 

Repeti o mantra "Não me vais derrubar, porque eu não vou permitir.", e estava a funcionar!

Dizia mesmo que já estava na fase de recuperação, até porque a maior parte destes sintomas experimentei-os quando os testes ainda davam negativo.

Mas depois...

Depois, fiquei na dúvida se tinha mesmo feito o teste Covid, ou um teste de gravidez!

 

O meu organismo é tramado, e decidiu presentear-me com um sintoma extra - enjoos.

Nem é não ter paladar. É tudo me saber mal e agoniar. 

É ter fome, mas só de pensar em comida...

 

E pronto, com a falta de comida no estômago, a fraqueza, e passar o dia na cama, por não me aguentar de pé mais do que 5 minutos. (E pensar que aguentei-me assim 9 meses quando estive grávida da minha filha.)

Os nervos pela situação do meu pai, que entretanto foi internado em estado grave, também não devem ter ajudado.

Mas parece que o pior já passou. Há que mostrar que o vírus pode ter vencido uma batalha, mas a guerra venço-a eu!

 

Já a minha filha, também infectada, e não vacinada, tem os sintomas normais de uma constipação - tosse, nariz e garganta.

 

Posto isto, podemos dizer que vivemos na sua plenitude a experiência toda da pandemia.

Adiante!

 

A fotografia que levantou suspeitas

106923656_326005178560503_8005953483613044809_o.jp

 

No fim de semana tirámos esta foto, e o meu marido publicou no facebook.

Dali a pouco, uma colega dele fez o seguinte comentário "Vais ser pai?".

Fartei-me de rir com a pergunta porque, de facto, na fotografia parece mesmo que estou com barriga de grávida e, ainda por cima, estamos os dois com a mão na barriga.

 

Mas não!

Nem ele vai ser pai, nem eu vou ser mãe.

E a prova está aqui:

 

21854160_wWCcz.jpeg

 

 

 

Há uma grande diferença entre não querer ter filhos e não poder ter filhos

Resultado de imagem para gravidez"

 

Não querer ter filhos, implica uma escolha. Uma escolha feita livremente, que naquele momento é válida mas que, a qualquer momento, pode ser revertida.

Quantas mulheres não dizem, durante anos, que não querem ter filhos. Que ser mãe não faz parte dos planos. Que não estão reunidas condições para tal. Ou não sentem esse apelo da maternidade. Ou acham que não serão boas mães.

Ainda assim, de um momento para o outro, tudo pode mudar, e dar lugar ao desejo de ter um filho.

 

 

Não poder ter filhos, significa que essa liberdade e poder de escolha nos foi vetado. Que algo decidiu por nós, e só nos resta aceitar uma decisão que não temos qualquer forma de reverter.

 

 

Quando era mais nova, meti na cabeça que nunca iria ter filhos. Não era nada muito pensado. Era apenas aquela ideia de que não teria paciência para aturar bebés e crianças birrentas.

Depois, tive a minha filha, e jurei que nunca mais voltaria a ter filhos.

Primeiro, porque não queria passar novamente pela experiência do parto. Depois, porque à medida que a minha filha ia crescendo, achei que não queria passar por todos os receios, angústias e preocupações outra vez. Nem mudar fraldas, nem passar noites sem dormir e todas essas coisas que um bebé implica. Sobretudo agora, que a minha filha já vai para os 16 anos.

E, porque até hoje, não têm existido condições para voltar a ser mãe, tanto a nível financeiro, como psicológico.

Um filho implica disponibilidade, tempo, atenção, que estejamos lá para eles, e isso é, cada vez mais, algo difícil hoje em dia.

 

 

Por isso, não ter mais filhos tem sido, até à data, uma decisão minha.

Mas a idade vai avançando, os anos vão passando e sinto que, a qualquer momento, essa deixará de ser uma decisão minha, que posso mudar, se assim o desejar, e passará a ser uma realidade irreversível, de quem está a entrar na menopausa e, como tal, não poderá mais ter filhos, nem opção de escolha quanto a esse assunto.

Por muito que queiramos, ou não, ter filhos, é sempre difícil aceitar que estamos condenadas a um prazo de validade, que nunca sabemos quando chegará - para umas chega mais cedo que para outras - e que nos vai limitar em algo que deveria sempre ser uma hipótese a não descartar, até assim o entendermos.