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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A felicidade é como um raio de sol

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A felicidade é como um raio de sol por entre as nuvens: sente-se no momento!
 
 
Não dá para guardar num frasquinho.
Como quem guarda algo precioso, que poderá vir a usar, quando precisar.
 
Não dá para deixar para depois porque, depois, já as nuvens o ocultaram, e é tarde demais.
 
Da mesma forma que nunca sabemos quando o sol vai aparecer e brilhar, ou quando o céu estará carregado de nuvens, também não sabemos quando a felicidade nos baterá à porta.
 
Mas, em ambos os casos, há que aproveitar o que nos é oferecido, e nos faz sentir bem, no exacto momento em que temos essa oportunidade.
 
Antes que ela passe, e nos arrependamos de não a ter vivido.

Desafio de Escrita do Triptofano #8

A mala de uma mulher: cabe sempre tudo, e nunca se encontra nada!

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Deofrásia vai com a família ao cinema.

Para poupar, coloca dentro da mala uma garrafa de água, umas bolachas e um pacote de leite, caso  tenham fome.

 

À chegada ao estacionamento, depois de tirar o ticket

Bitóles (para a mulher): Toma, mulher. É melhor ficares tu com o bilhete, que eu não tenho bolsos. Olha, e já agora, guarda-me aí a carteira e o telemóvel.

Ninufas (para a mãe): Oh mãe, posso pôr os meus fones na tua mala, para eu não perder?

 

E Deofrásia lá vai pondo tudo dentro da mala, que agora já nem fecha.

Quando acabam de ver o filme, Deofrásia já colocou na mala os bilhetes do cinema, e uns folhetos que lhe deram com a programação da semana seguinte.

 

Entretanto, o telemóvel toca

Deofrásia (tentando encontrá-lo): Raios, não vejo o telemóvel no meio disto tudo. 

E tanto tempo levou que, quando o encontrou, já não foi a tempo de atender a chamada.

 

À saída do shopping

Bitóles: Oh mulher, passa-me aí a carteira, para eu pagar o estacionamento.

Deofrásia (não vendo a carteira onde a tinha posto): Ai, Bitóles, queres ver que a carteira caiu lá no cinema? 

Bitóles: Tu não digas isso, mulher. Tu procura bem.

Deofrásia: É o que estou a fazer. Ah, está aqui. Ufa.

Bitóles: Só falta mesmo o ticket.

Deofrásia (tirando um molho de cartões da bolsa): O ticket, pois... Ora bem... churrasqueira, cabeleireiro, electrista, calendário... Ticket!

 

A caminho de casa, com o sol a bater de frente

Deofrásia (procurando na mala): Ia jurar que tinha aqui os meus óculos de sol.

Bitóles: Então, se os puseste, estão aí!

Deofrásia: Pois, só não sei onde!

Ninufas: Oh mãe, já que estás com a mão na massa, passa-me os fones.

Deofrásia (vasculhando): Mau... carregador... cabo... fones! Olha, e como é que a caixa de óculos veio parar aqui?!

 

Ao aproximar da portagem

Bitóles: Oh mulher, tens aí moedas para a portagem?

Deofrásia: Hum... deixa ver. Aqui nesta carteira não. Mas espera, tenho aqui um porta moedas. Pode ser que tenhas sorte. Afinal não, são só uns botões que guardei aqui. E aqui nesta bolsinha, será que pus algumas? Nada feito. São só umas moedas de escudo, que andava a coleccionar!

Bitóles: Santo Deus. Do que esta mulher se lembra!

 

À chegada a casa

Deofrásia: Olha, vou só ali a casa do meu pai.

Bitóles: E tens a chave?

Deofrásia: Claro. Tenho sempre aqui na mala!

 

À porta de casa do pai, já noite, com pouca luz, procurando a chave

Deofrásia: Mas que raio?! Onde está a chave? Carteira... lenços de papel... outra carteira... agenda... estojo... chaves do trabalho... Querem ver que perdi a chave?

 

Sem conseguir encontrá-la, Deofrásia corre até casa, e já desesperada, depeja todo o conteúdo da mala em cima da mesa.

Deofrásia: Ora vamos lá ver. Um saco... bolsa das pen's... travessão de cabelo... bloco de notas... Olha, a caneta que andava à procura no outro dia! E cá está ela, a maldita chave! 

Ninufas: Credo, mãe! Que confusão que aí vai! Porque é que guardas tanta coisa dentro da mala?

Deofrásia: Filha, a mala de uma mulher é como um armazém - cabe sempre tudo!

Ninufas: Pois, pois... Cá para mim está mais para poço sem fundo! Nunca se encontra nada!

 

 

Texto escrito para o Desafio de Escrita do Triptofano

 

Também participam:

Ana D.

Maria Araújo

Bii Yue

Triptofano

Maria

Bruno

 

 

 

 

 

 

Quantas pedras temos no sapato?

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Desta vez, depois do teste do balão, veio um outro, também muito importante em diversos aspectos da nossa vida, seja nas relações amorosas, familiares, laborais ou amizades.

A ideia era mostrar que tudo aquilo que nos incomoda, e que teimamos em guardar para nós, não desaparece com o tempo. Pelo contrário, vai acumulando, incomodando cada vez mais, até causar ferida. E, depois, será mais difícil sarar. 

 

Se, por cada coisa, assunto ou atitude, que nos incomoda, magoa, entristece ou com o qual não estamos satisfeitos ou agradados, e sobre o qual nunca falámos com quem o fez, colocássemos uma pedra no sapato, quantas pedras teríamos hoje, dentro do nosso sapato? 

Muitas? Poucas? Nenhumas?

 

 

No entanto, ainda antes de fazermos contas às pedras que fomos juntando ao longo do tempo, é importante perceber porque é que elas não foram deitadas fora mas, em vez disso, acumuladas.

 

 

Porque é que temos tendência a não falar daquilo que nos incomoda? Daquilo que não gostamos? 

Porque é que deixamos tanta coisa por dizer, quando a nossa vontade é pôr tudo cá para fora?

Será porque temos receio da reacção da outra pessoa? De como ela irá interpretar o que dissermos? E de acumularmos ainda mais pedras, além das que já tínhamos?

Ou por medo daquilo que, a menção de uma determinada situação, possa despoletar, à semelhança de um castelo de cartas, no qual temos medo de tocar, ou de tirar uma carta que está mal posta, não vá o castelo todo desmoronar-se?

Será por receio pelos outros, ou por nós mesmos?

 

 

Se acontece algo que não gostamos mas, de certa forma, é tão mínimo ou insignificante que pomos para trás das costas e não voltamos a pensar no assunto, então essa é uma pedra atirada fora.

Mas, se apenas fingimos que deixamos passar mas, à mínima oportunidade, essas situações vêm à superfície, então são pedras no nosso sapato, que nos irão acompanhar eternamente, se não nos livrarmos delas.

E a melhor forma de o fazer, é falar sobre elas com as pessoas que lhes deram origem.

Muitas vezes, uma conversa franca evita desconforto desnecessário, que pode levar ao rebentar do balão de forma explosiva, enquanto poderíamos estar a mantê-lo cheio e leve, com sopros de ar fresco, que o fizessem continuar a flutuar, sem medos. 

Quando procuramos algo que guardámos demasiado bem!

Imagem relacionada

 

 

De uns anos para os outros, vão sobrando vários materiais escolares que, no ano seguinte, não são precisos e, por isso, acabo por guardá-los, para não andarem por ali a ocupar espaço desnecessário.

O problema, é que esses materiais estão tão bem guardados, que não faço a mínima ideia onde possam estar!

 

 

A minha filha precisava de godés e guaches para hoje à tarde.

Por sorte, encontrei uma caixa de guaches mesmo à mão de semear, no quarto dela, depois de ter virado o corredor de pernas para o ar.

Já os godés, tive que comprar, apesar de saber que tenho uns lá em casa. E que, quando estes já não forem precisos, vou arrumá-los para nunca mais os voltar a encontrar, como fiz aos outros!