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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Da falta de civismo - parte 2

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Estou a procurar, no hipermercado, uma caixa que tenha menos gente.

Dirijo-me a uma que tem uma pessoa com artigos no tapete, e fico nessa.

Tenho apenas um produto na mão.

 

Uns minutos depois, chega uma senhora que, como se eu lhe estivesse a roubar o lugar descaradamente, empurra o carrinho, que nem sequer estava na fila (e ainda que estivesse, não marca lugar nem guarda a vez), e passa-me à frente, como que a dizer que ela já lá estava antes.

 

Podia ter reclamado, explicado que carrinhos não são pessoas na fila e por aí fora mas, para evitar discussões, simplesmente perguntei-lhe se me deixava passar à frente, uma vez que só tinha uma coisa (e ela um carrinho cheio).

Deixou-me passar.

Então, não podia tê-lo feito logo? Tinha que se armar primeiro?

Erro a erro enche o hipermercado os bolsos

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Ou não.

Se os conseguirmos detectar, e evitar!

 

E eu até nem sou muito de conferir os talões. 

Saio muitas vezes prejudicada por isso mas, no meio da correria das compras e coisas ainda por fazer, não tenho paciência para estar ali a conferir item por item, de uma lista enorme.

 

Ontem fui às compras.

Tinha dois packs de garrafas de água. 

Um passou normalmente.

O outro, não estava a dar. Tinha passado só como 1 garrafa de água.

A funcionária pediu-me novamente um dos packs para voltar a passar.

Paguei. E ia já a sair quando me deu para olhar para o talão.

 

O que a funcionária fez foi registar um pack como tal, ao preço do pack e o outro, como não deu, registou como garrafas individuais, ao preço de cada uma, mais caro.

Ou seja, paguei valores diferentes, por dois packs exactamente iguais.

Voltei atrás, e fui falar com a funcionária.

Ela confirmou que tinha registado assim porque o pack não estava a passar e, se eu quisesse reclamar, teria que falar com a colega na caixa central.

 

Assim fiz.

E a funcionária acabou a levar na cabeça da chefe, algo que se poderia ter evitado.

Bastava ter chamado alguém no momento do atendimento, para a ajudar. Anular a garrafa individual e registar o pack que passou 2 vezes.

Não o fez.

 

Devolveram-me a diferença, e pediram desculpa pelo erro.

Não era nada de especial.

Diria até que nem justificaria reclamar pelo valor em causa.

 

Mas cada erro que perdoamos, cada valor que não reclamamos, é dinheiro que o hipermercado encaixa. 

Por isso, e porque não gostei da falta de atitude da funcionária em resolver o problema, como se aquela fosse a única solução, e desse no mesmo, levaram comigo.

Uma Aventura... No Hipermercado!

Nunca mais olharei para uma ida às compras da mesma forma

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Tendo em conta a hipótese de este poder ser o nosso último dia de "liberdade", achei melhor precaver-me e ir ao hipermercado comprar algumas coisas que já tinha na lista.

Sei que, mesmo em estado de emergência, podemos ir às compras mas, na prática, não faço ideia se haverá algumas limitações de tempo ou outras, por isso...

 

E digo-vos: foi uma aventura!

Nunca mais olharei para uma simples ida às compras da mesma forma.

 

No Lidl, consegui entrar logo, peguei no puré de batata, que era apenas o que ia buscar e fui para a caixa, onde tinha duas pessoas à frente.

Um senhor, armado em esperto, estava a tentar chegar-se à frente na fila, para o deixarem passar, porque só tinha uma garrafa, e não queria ir para a fila que já chegava quase ao fundo do corredor.

Não teve sorte. Acabou por ir embora sem a garrafa.

 

Com confiança, dirijo-me ao Intermarché, que é logo abaixo, onde queria comprar o resto que precisava.

Tirei a senha. Tinha cerca de 50 pessoas à minha frente.

A entrada parece um acampamento!

Algumas cadeiras espalhadas pelo parque, para as pessoas se sentarem enquanto esperam, pacientemente, a sua vez.

E, apesar de tudo, ainda não se perdeu o sentido de convivência. As pessoas vão conversando umas com as outras, para passar o tempo.

Outras, aproveitam a temperatura amena e o sol para trabalhar para o bronze!

Algumas vão de máscara e luvas. Outras, com lenços a tapar a cara até ao nariz - só lhes faltava o chapéu para parecerem cowboys. Outras, sem nada.

 

Esperei, para ver como andava a fila, e se daria tempo ou não. Até estavam a chamar relativamente rápido. Fiquei.

Vi a maior parte das pessoas a levarem carrinho mas, como não ia comprar muita coisa, achei que um dos cestos lá dentro chegava.

Quando chegou a minha vez, chamada pelo número, por um segurança, através de um microfone, entrei. A senha é colocada no caixote do lixo mais à frente.

Consegui colocar as coisas no cacifo, enquanto estava lá dentro. Não havia cestos!

 

Fui comprar, pelo sim, pelo não, papel higiénico. Ainda havia algumas embalagens. Trouxe uma. E outra de guardanapos, que tinham em maior quantidade.

O amaciador da roupa que costumo usar, estava esgotado. Peguei noutro para desenrascar.   

Reparei, quando fui buscar atum, que a polpa de tomate estava a acabar. 

Peguei numas cebolas.

Vi que havia bastantes ovos, mas ficará para o fim de semana. Agarrei num gel de banho e fui para a caixa, porque havia mais gente lá fora para entrar.

 

A zona da padaria (balcão) e pesagem da fruta já tem fitas para manter o distanciamento. Parece que andamos num labirinto. Na primeira caixa, o operador tinha uma protecção em acrílico. Nas restantes, não.

Não sei bem como funcionará em caso de fila, porque não apanhei. Só tinha duas pessoas à frente, mas temos que esperar que o operador chame, para nos dirigirmos à caixa.

Enquanto colocamos as compras no tapete, a operadora afasta-se. Comigo, foi um funcionário que pôs, e tive que dar a volta pelo lado de fora e ir lá ter, mantendo-me afastada, de acordo com as marcas no chão.

Colocamos o dinheiro ou cartão no balcão, enquanto a funcionária se afasta. Afastamo-nos, e ela trata do pagamento. E isto repete-se, até podermos pegar nos sacos, e ir embora. 

 

Isto foi num dia de semana, em hora de almoço. Agora imaginem no fim de semana!

 

A propósito dos excessos de compras: Isto de as pessoas andarem a açabarcar à parva, só levou a que os produtos escasseassem. Dizem os entendidos que não faltarão bens, porque serão diariamente repostos. Não é isso que se vê, na prática. Na verdade, à medida que os dias vão passando, mais produtos vão faltando. E quanto mais nos apercebemos que estão a escassear, sem voltar a ser repostos, mais temos tendência a comprar, antes que esgote de vez. 

 

O segurança do hipermercado (de perseguido a perseguidor)!

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Ir a um hipermercado fazer compras já é tão habitual que quase nem dou pelo que acontece à minha volta, e pela presença dos outros, nomeadamente, o segurança que vigia o respectivo hipermercado.

Sei que ele lá está, por vezes vejo-o, mas é-me indiferente. Nem reparo se ele está a fazer rondas pela loja, ou se, por coincidência, calhou a passar no mesmo corredor que eu. Mais depressa o vejo na frente de loja, parado, a controlar, ou a fazer qualquer outro serviço que não o que lhe competiria.

 

 

Mas há pessoas que têm verdadeira alergia e repulsa pelos seguranças, outras que têm a mania da perseguição, e outras que não gostam de ser chamadas à atenção, mesmo quando fazem algo que vai contra as normas do hipermercado, e ainda se acham donas da razão.

É função do segurança zelar pelo estabelecimento que está a vigiar, quer fazendo cumprir as normas, quer evitando danos nos produtos à venda e eventuais furtos.

O segurança está apenas a trabalhar, como nós também trabalhamos. Não tem que ser nosso inimigo, a não ser que tenhamos algo a esconder ou a temer.

Por isso, não compreendo algumas reacções dos clientes relativamente aos seguranças.

 

 

Por exemplo, se a função do segurança é fazer rondas pelo hipermercado, e calha passar duas ou três vezes pelo mesmo sítio que nós, não temos que imaginar de imediato que o segurança nos anda a perseguir, com medo que roubemos alguma coisa. Se não temos nada a temer, é deixar andar, e ignorar, ou então falar educadamente com o segurança, se estamos assim tão incomodados.

Se é norma do hipermercado que não se deve consumir produtos deste dentro do mesmo, porque ficam os clientes tão ofendidos quando são abordados pelo segurança que apenas, no cumprimento da sua função, os informa de que tal não é permitido?

É certo que o vamos fazendo, e na maioria das vezes ninguém diz nada, mas a verdade é que sabemos que não o podemos fazer.

 

 

Eu tenho tido sorte. Já cheguei a abrir garrafas de água e beber, dentro do hipermercado. Já cheguei a comprar pão para a minha filha, ela comer, e eu levar a embalagem vazia para a caixa, só com o valor a pagar. Nunca ninguém me disse nada. Nem a mim, nem a ninguém que eu tenha visto.

Mas, se dissesse, eu compreenderia, ou explicaria o motivo e deixava que ele, se quisesse, me vigiasse para confirmar se eu pagava o produto ou não. 

Há necessidade de fazer logo um escândalo, chamar gerência, fazer reclamação, por algo que foi o cliente que não cumpriu?

 

 

Dizem alguns que isto é excesso de profissionalismo, que há muita coisa que mais vale ignorar, fechar os olhos, porque não vale a pena os problemas que o segurança depois tem, e as guerras que compra, por cumprir a sua função.

E quando se passa de perseguido a perseguidor, e vice-versa?

Antigamente, o meu marido estava no lugar do cliente, agia como cliente, e sentia como cliente. Quando passou para o lado de lá, passou a ter que justificar aos outros aquilo que, antes, ele próprio criticava!

Sempre que ele tenta justificar a sua atitude, enquanto segurança, eu lembro-o: "Estás a provar do teu próprio veneno! Agias exactamente como esses clientes!"

Quando passamos para o outro lado, passamos a compreender como se sente quem está no oposto.

Se, como clientes, vamos ao supermercado e tiramos um ou dois bagos de uva para provar, ou algo do género, e ficamos contentes por ninguém nos chamar a atenção, porque havemos nós de fazê-lo aos outros?

Se, como seguranças, sabemos que temos que andar por onde andam os clientes e estar de olho em tudo, porque é que, no lugar dos clientes, nos sentimos incomodados?

 

 

Será o profissionalismo levado ao pormenor, algo errado e prejudicial?

Haverá uma medida certa para sermos profissionais, sem que os outros se sintam incomodados?

Existirá alguma linha que separe o que é realmente importante e deve ser cumprido, e aquilo que mais vale ignorar e deixar passar?

Talvez haja. E talvez resida no bom senso de ambas as partes, como em tudo na vida!

 

 

Se estivessem no lugar de clientes, o que levariam a mal, no modo de actuação de um segurança, e o que considerariam normal e compreensível?

Já vos aconteceu alguma situação menos boa ou caricata com estes profissionais?

 

 

 

 

 

No hipermercado

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Ontem fui a um hipermercado a que nunca tinha ido.

A minha filha queria comprar um batom e, como estávamos por ali, aproveitámos.

Procurámos no corredor e encontrámos a secção de maquilhagem. Mas o que estava nas prateleiras eram fraldas, pensos higiénicos e afins.

Pergunto a uma funcionária que estava nesse corredor, onde podia encontrar batons.

"Tem ali à frente", diz, apontando para uma secção.

"Nos acessórios?" - pergunto eu, olhando para lá, e não vendo nada parecido com batons.

 

A funcionária, vendo que eu não estava muito convencida, pergunta-me então:

 

"Mas quer batom para quê?"

 

E eu estive quase, quase para lhe responder que, normalmente, o batom é para usar na boca!