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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Vacina da gripe: levar ou não levar?

Resultado de imagem para vacina da gripe 2017

 

Todos os anos a situação repete-se: chegamos a esta altura do ano, e lá vão as pessoas vacinar-se contra a gripe.

Este ano, os alertas de que virá por aí um surto de gripe, e que todos devem prevenir-se, recorrendo à vacina está, mais uma vez, a levar muita gente a correr para as farmácias e centros de saúde, a fim de levar a vacina e assim evitar as gripes de inverno.

Como todos sabemos, existem grupos de maior risco, para os quais se recomenda esta medida preventiva. Os restantes, querendo, podem também fazê-lo.

 

Ora, eu nunca senti necessidade de levar a vacina contra a gripe. Normalmente, constipo-me várias vezes por ano. Uma ou outra vez devo ter tido mesmo gripe, mas acaba por ser algo tão normal que nunca me pareceu justificar a toma desta vacina.

Aliás, conheço pessoas que estavam bem, e ficaram doentes após levarem a vacina da gripe.

Este ano, continuo sem intenções de levar a vacina, tal como todos lá em casa.

Enquanto isso, vejo as pessoas à minha volta histéricas, com medo do que aí vem, a quererem levá-la. Cada um é dono de si, e faz o que bem entende pelo seu bem estar. Por isso, se o querem fazer, façam-no. Se se sentem melhor assim, mais descansadas, não hesitem.

Mas, será legítimo quererem arrastar todos os que as rodeiam consigo? Por muito que não queiram, a não ser que vivam numa concha, ou se restrinjam a conviver unicamente com pessoas que seguiram o seu exemplo, é impossível não estarem, em determinados momentos, no mesmo espaço que outras pessoas que não tomaram a vacina da gripe. E aí, o que vão fazer? Como saberão quem se preveniu e quem não o fez?

Seja como for, estando essa pessoa vacinada, mesmo que os outros não estejam, nada tem a temer, certo?

 

E nos locais de trabalho?

Podem as entidades patronais obrigar os seus funcionários a vacinarem-se contra a gripe? Será essa preocupação meramente laboral, por receio de que os funcionários adoeçam e prejudiquem as empresas?

Podem os funcionários recusar-se a fazê-lo?

 

No fundo, a questão que se coloca é: levar ou não levar a vacina da gripe? De quem é a decisão, e o que deve ter em conta no momento de decidir.

 

Por aí, costumam levar a vacina da gripe?

O que vos levou a tomar a vossa decisão?

 

 

 

 

 

Portugal é campeão europeu! E agora?

 

Ontem, todos os portugueses (ou quase todos) estavam com as atenções voltadas para a final do campeonato europeu de futebol, ou não estivesse a equipa portuguesa a um passo de fazer história!

Por muito que os portugueses estejam insatisfeitos com o estado em que se encontra o país, que sejam muitas vezes os primeiros a dizer mal de Portugal, e a desvalorizar aquilo que é nosso, o futebol tem essa faculdade de uni-los todos por uma causa maior.

Compreendo que os portugueses torçam, como é óbvio, pela nossa equipa. Mas custa-me compreender a histeria desenfreada que se gera e a que assisto à minha volta, por conta de um jogo.

Como portuguesa, gosto muito do meu país, mas não sou fanática por futebol. Não acreditava que Portugal ganhasse, mas fico feliz que tenha conseguido esta vitória, talvez mais merecida por campeonatos anteriores, do que propriamente por este campeonato, e para calar a boca a todos aqueles que usaram meios mais baixos para nos destabilizar.

Durante uma hora e meia, conseguimos manter-nos num empate a zeros, com todo o mérito do Rui Patrício que, penso que todos estaremos de acordo, foi sem dúvida o homem do jogo! Não fossem as mãozinhas dele, e aquelas sucessivas defesas, e já estaríamos esmagados pela França. Uma França que jogava em casa, era clara favorita, e tinha uma enorme responsabilidade e pressão sobre os ombros.

A saída inesperada e antecipada do Cristiano Ronaldo foi emotiva, frustrante, triste, mas talvez (digo eu) tenha sido uma inspiração adicional para conseguirmos trazer a vitória para Portugal. 

E para todos aqueles que continuam a achar que a equipa portuguesa é o Cristiano Ronaldo e o Renato Sanches, e pouco mais, ficou provado que estes e outros bons jogadores podem ser uma mais valia e ajudar a obter bons resultados, mas os restantes jogadores também estão lá, e conseguiram vencer mesmo sem os "melhores" em campo.

Para isso contribuiu, e muito, a entrada de Éder, que marcou o nosso golo, o único da partida, mas suficiente para nos garantir a taça.

Hoje, somos todos Portugal!

E, de facto, Portugal ganhou, é campeão europeu, e está de parabéns. Foi um feito histórico e que nunca iremos esquecer. Mas é só isso.

Oiço várias pessoas dizerem "ah e tal, isto é muito bom para Portugal" ou "o nosso país vai ser mais conhecido". O meu marido também costuma dizer algo do género.

E eu respondo-lhe sempre:

O teu ordenado vai aumentar?

Vais ser beneficiado em alguma coisa?

Os portugueses vão ter melhores condições de vida?

Algum do dinheiro ganho pela equipa irá servir para ajudar quem mais precisa?

 

Não!

 

Portugal ganhou, é certo. Mas tudo o resto, infelizmente, irá continuar na mesma. Será preciso muito mais para melhorar e trazer a Portugal tudo o que ainda faz falta, e está mal, do que o título de campeão europeu de futebol que, daqui a uns tempos, já ninguém irá lembrar.

A não ser os portugueses que, à falta de melhor, podem sempre dizer: "ah e tal, tudo está mal neste país, mas pelo menos fomos campeões europeus!"

 

Imagem www.cmjornal.xl.pt

Que bicho me mordeu?

 

 

Não sei que bicho era, mas que me picou, picou!

Disse-me o meu marido, que era um zangão. E, do pouco que vi, era realmente parecido com este - um zangão preto!

Só sei que estava a pegar na roupa que o meu marido tinha apanhado, para arrumar, e de repente deparo-me com um bicho preto colado no meu ombro.

Tendo eu pavor de tudo o que é bichos, comecei a gritar: ai, um bicho, tira-me daqui o bicho! Parecia uma histérica aos gritos. E foi nessa altura que senti a ferroada, vi a espuma branca no ombro e começou a arder. Os nervos deram-me, então, para chorar. Isto tudo aconteceu numa questão de segundos, mas pareceu uma eternidade.

O que vale é que o meu marido estava lá, sacudiu-o e matou-o, acalmou-me e tratou-me do ombro. E ele tem pavor a insectos!

Isto, sim, é o poder do amor! E espontâneo, fora dos ecrãs e sem apostas!

Eu e os bichos...os bichos e eu!

Quem quiser assistir a uma cena de terror, suspense, acção e comédia, não precisa de ir ao cinema! Basta estar ao pé de mim, no momento em que eu descobrir um bichinho indesejado no meu território!

Eu até nem gosto de fazer mal aos pobres coitados, mas eles insistem em me visitar sem serem convidados, e habitar na minha casa sem pagar renda!

Tendo em conta os inúmeros crimes que já cometi, pode-se considerar que sou uma serial killer extramamente perigosa!

E não digo isto só em relação às vítimas, mas também para quem esteja por perto, que se assusta mais com a minha histeria do que com o resto!

Ora vejamos:

- uma vez, por causa de uma aranha que estava no meu quarto, mandei um grito tão grande que, quem lá estava em casa, pensava que me tinha acontecido alguma coisa!

- em outra ocasião (outra vez uma aranha como protagonista), quando uma aranha que se julgava já desaparecida voltou a surgir no espelho retrovisor do carro, do lado do pendura (ou seja, o meu), dei um tal salto e um grito que quase provocava um acidente!

- tive também uma cena hilariante com uma osga, que se enroscou no corredor, por baixo da cadeira auto da minha filha – depois do pânico inicial, resolvi-me a dar-lhe umas quantas “cadeiradas”, até que lhe separei o rabo do resto do corpo! Mas como sou amiguinha, depois de morta, ainda a coloquei à sombra de uma planta!

- aqui no trabalho, também já entrei em acção – a uma distância considerável de um grilo que estava numa das salas, e do qual não me consegui aproximar, tal como a advogada que cá estava comigo!

- houve também uma ocasião em que um bichinho parecido com uma carocha me visitou de noite – dei-lhe pantufadas até o matar. E de manhã, ainda me certifiquei que não tinha fugido!

- e ontem mutilei uma centopeia – estava alojada na parede do quarto e eu vi-me obrigada a fazer uso do mata moscas para a eliminar!

É caso para dizer: se a melhor arma da Rapunzel é a frigideira, a minha é o mata moscas”!