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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Irreversível", na RTP

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Do autor Bruno Gascon, e com interpretações de Margarida Vila-Nova, Rafael Morais, Laura Dutra, Helena Caldeira, Pedro Laginha, Ana Cristina Oliveira, Soraia Chaves e Ana Bustorf, entre outros, "Irreversível" é uma série policial, de 6 episódios, inspirada nos thrillers nórdicos que, ainda antes de estrear, conseguiu ganhar destaque a nível internacional, nomeadamente, em Cannes. 

 

Estreou a 14 de Outubro, na RTP, sendo transmitido um episódio a cada segunda-feira.

Confesso que o primeiro episódio me transmitiu sentimentos contraditórios.

Por um lado, consegue captar a atenção. Mas, por outro, é tudo muito parado, demorado, e a má qualidade do som não ajuda.

No entanto, os episódios seguintes prometem e, por isso, acredito que valerá a pena vê-la até ao fim.

 

A história segue Júlia Mendes, psicóloga, e Pedro Sousa, um inspetor, que se juntam para desvendar o homicídio de uma jovem de 17 anos - Luísa. 

Luísa tinha uma relação com Sara, e sofria de bullying por parte dos colegas das escola. Mas seria isso motivo suficiente para a matar?

 

Paralelamente, temos um caso de uma alegada assistente social que retira as crianças às mães, com base em queixas/ passado/ condições destas.

Só que essas crianças desaparecem sem nunca entrarem no sistema da segurança social. E, da dita assistente social, nem sinal. 

Rita foi uma das mães vítimas dessa assistente social, que agora tentará a todo o custo encontrar a sua filha bebé, que lhe foi retirada.

 

Será que, em algum ponto da história, as duas linhas se cruzam?

Destaco, nesta série, as grandes interpretações de Laura Dutra, como Sara, e de Helena Caldeira (já conhecida de Rabo de Peixe), como Rita.

 

Aí desse lado, conheciam a série?

Alguém a está a acompanhar?

Se sim, deixem o vosso feedback.

 

Imagem: rtp

 

O Sítio Secreto de Tana French

 

E eis o livro que tanto tempo demorei para terminar!

O Sítio Secreto, da autora Tana French. Dois colégios, uma vítima mortal, oito suspeitas.

 

A história passa-se entre as raparigas do colégio St. Kilda's e os rapazes do colégio Colm's, e vai alternando entre a actualidade - um ano depois do acontecimento que desencadeou tudo o resto, e o que aconteceu até então.

E que acontecimento foi esse? Chris Harper, um jovem do Colm´s, aparece assassinado nos jardins do St. Kilda's. Nessa altura, as suspeitas recairam sobre o jardineiro, mas ninguém conseguiu provar nada e o caso ficou sem pernas para andar.

Um ano mais tarde, uma das alunas - Holly - filha de um polícia, leva até ao detective Moran uma fotografia do rapaz assassinado, com a legenda "Sei Quem o Matou"! Fotografia essa que encontrou no quadro do colégio designado por "Sítio Secreto". Um quadro onde qualquer aluna poderá afixar o que lhe apetecer dizer, sem que ninguém saiba quem foi que lá pôs.

Na posse dessa foto e da mensagem que ela contém, que não se sabe quem escreveu e colocou no quadro, Moran e Conway vão até ao St. Kilda's inquirir novamente todas as alunas. Será que foi alguma brincadeira? Ou alguém sabe ou viu mesmo alguma coisa e calou-se todo este tempo? E porque é que agora resolveu afixar essa mensagem? 

No entanto, de entre as alunas, apenas oito se destacam e se tornam suspeitas, divididas em dois grupos rivais. De um lado, Joanne, Gemma, Alison e Orla, também conhecidas por Daleks. De outro, Holly, Julia, Selena e Rebecca.

Foi nesta fase que fiquei estagnada, porque a autora vai contando o que foi acontecendo no colégio St. Kilda's, desde que este segundo grupo foi para lá estudar: as peripécias características de uma escola, as amizades, os encontros com os rapazes, o que fazem para se entreter nos tempos livres, as rivalidades, as competições, as implicâncias, as parvoíces próprias desta idade. Mas, acima de tudo, a autora vai descrevendo cada uma delas através dos seus comportamentos e acções.

Pelo meio, vamos tendo interrogatórios pouco esclarecedores, mentiras, omissões, protecção entre amigas e acusações entre rivais, num verdadeiro "jogo do empurra" de suspeitas de umas para as outras, para desviar a atenção delas próprias.

Só então, já quase a meio do livro, é reduzido o número de suspeitas a 4! Vão-se desvendando alguns segredos, vão-se ligando alguns pontos que ainda estavam soltos, e a autora faz-nos, num momento, acreditar que a assassina é uma determinada aluna para, no momento seguinte, nos dar a quase certeza que é outra, e logo em seguida, nos fazer mudar de opinião e concentrar a nossa atenção noutra, até que finalmente descobrimos como tudo aconteceu, os motivos, a justificação para determinadas acções, os segredos que se escondiam naquele colégio de freiras, os pactos, as promessas quebradas.

No final, resta apenas saber quem, afinal, colocou aquela mensagem no Sítio Secreto... 

Saberemos, algum dia, o que aconteceu a Madeleine McCann?

 

 

Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 3 de Maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico na Praia da Luz, no Algarve, enquanto os pais jantavam fora com amigos.

Desde então, muito se tem especulado sobre o que aconteceu a Medeleine McCann. Terá sido assassinada e enterrada? Terá sido raptada?

Muitos foram os suspeitos encontrados ao longo destes 7 anos, inclusivé os próprios pais, sem que se tenha, no entanto, conseguido provar o que quer que seja. 

Há uns meses, a Metropolitan Police afirmava ter chegado "a uma possível ligação" entre o desparecimento de Madeleine McCann e uma série de "doze crimes ocorridos entre 2004 e 2010", ocorridos na Praia da Luz, no Carvoeiro, no Vale da Parra e na Praia da Galé.

Houve até um retrato-robô do novo suspeito foi difundida. Não deu em nada esta investigação.
Não comprovada a teoria do rapto abandonam-na temporariamente e voltam, de novo, à do homicídio

Com a marcação do terreno na Praia da Luz concluída, arrancam esta terça-feira as escavações em busca de "vestígios" que possam levar ao paradeiro da Madeleine McCann. 
Os trabalhos prevêem escavações do "tipo arqueológicas" e a utilização de máquinas escavadoras, nos locais referenciados pela polícia britânica, contando com inspectores britânicos, técnicos especializados, como geólogos e arqueólogos, e cães pisteiros.
Para quem está de fora, pode parecer que se tentam encontrar bodes expiatórios, teorias da conspiração ou culpados à força, ainda que absurdos ou sem fundamento, como forma de não se esquecer o assunto, de continuar a mediatizá-lo e, até, disfarçar ou desviar a atenção do que realmente terá acontecido. E pode ser verdade!

Mas também é verdade que quando uma tragédia dessas acontece, o desespero, a angústia, a frustração e a impotência é tanta que as pessoas se agarram à mínima luz ao fundo do túnel, à mínima réstia de esperança de descobrir alguma coisa que seja, para o bem ou para o mal, uma explicação e justificação para o ocorrido.

A minha pergunta é: saberemos, algum dia, o que de facto aconteceu a Madeleine McCann? Esperemos que sim. A esperança é a última a morrer...