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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Como Treinares o teu Dragão 2

 

Quando soube, ainda em 2013, que em 2014, por esta altura, iria estrear o filme Como Treinares o Teu Dragão 2, disse logo "quero ir ver"!

Já tinha visto o primeiro, em DVD, comprado por acaso e tinha gostado. Por isso queria ver a sequela. E, de todos os filmes de animação previstos, parecia-me o que mais valia a pena ir ao cinema ver. Aguardei todos estes meses para isso!

E posso dizer que as minhas expectativas não foram defraudadas. Pelo contrário! O filme superou-as, e muito!

Arrisco-me a dizer que, por incrível que pareça, apesar de ser muito raro acontecer, este segundo filme consegue ser tão bom ou até melhor que o primeiro!

Adoro o Hiccup e sinto um carinho enorme pelo Desdentado. Eles dão-se tão bem e a sua amizade é tão verdadeira e tão pura, que parece ser para toda a vida! 

Mas será que vai continuar assim neste novo filme? Ou será que as coisas vão mudar?

O que posso dizer, sem revelar a história, é que tem algumas reviravoltas e surpresas, muitas cenas para rir, e mais ainda para chorar (para quem é de lágrima fácil)!

Há alguém que se ganha, alguém que se perde, alguém que se redime, alguém que mostra porque é o que é, e alguém que descobre o que nasceu para ser!

Vale a pena ver! Até agora, foi o melhor filme de animação que vi este ano! 

 

 

A lei do silêncio

 

De há uns tempos para cá, são vários os casos, que se têm sucedido, de violações na Índia. Em comum, têm o facto de terem conseguido gerar uma onda de indignação e revolta. Já para os familiares das vítimas, há uma certeza - as condenações por tais crimes tarde ou nunca virão.

Muito comuns no país em questão, esse crimes são muitas vezes abafados para proteger a honra da família ou por medo de represálias. A questãoé que a cultura indiana culpa a vítima nas questões relacionadas com crimes sexuais. O governo e os agentes policiais alegam que a maioria dos violadores não pode ser processada na Índia, porque, são conhecidos das mulheres atacadas, que muitas vezes, na sua opinião, estão "a pedi-las" devido ao facto de circularem na rua a qualquer hora. Ou seja, as próprias mulheres, são acusados pela violência sexual praticada pelos homens contra elas, enquanto os violadores não são responsabilizados.

Por tudo isto, as mulheres que vão à polícia são aconselhadas a não apresentarem queixa.

Por outro lado, o sistema indiano de combate ao abuso sexual é inadequado. Não há garantia de protecção para as crianças e as pessoas acabam por perder a pouca fé que lhes resta. Muito dificilmente, um menor abusado sexualmente (ou parente da vítima) denuncia o caso ou pede ajuda. Mas, quando isso acontece, as autoridades indianas, em vez de tratarem esses casos com sensibilidade, costumam frequentemente humilhar e voltar a traumatizar às vítimas, que são desprezadas ou ignoradas pela polícia, por médicos ou por outras autoridades.

Não é pois, de admirar, que para muitos indianos a sua paciência e passividade tenha acabado. Nem são de estranhar os protestos e as manifestações cada vez mais violentas para exigir que o governo garanta a segurança das mulheres e crianças, e pare de tratar os violadores com impunidade.

Já está mais que na hora de quebrar o silêncio!

Tradição injusta

 

Ainda há uma longa e dura batalha a travar, em defesa dos direitos humanos, num mundo em que ainda persistem tradições que atentam justamente, contra o direito à vida e à justiça.

Num mundo em que são as próprias vítimas a ser condenadas por crimes que contra ela, outros cometeram.

No Afeganistão, um grupo de polícias raptou, violou e torturou, durante cerca de cinco dias, uma jovem afegã, de 18 anos. Um dos homens identificados, terá sido enganado por um familiar da jovem, e foi esta a forma que encontrou de fazer justiça pelas próprias mãos.

Manda a tradição tribal afegã que, quando a mulher mantém relações fora do casamento (ainda que forçada), desonra a família e, portanto, deve tirar a própria vida para evitar que a humilhação afecte a família, limpando assim a honra da mesma. Caso não o faça, compete ao pai e aos irmãos fazê-lo.

Significará isto que, quem pratica o verdadeiro crime, fica impune, e a vítima paga pelos actos do criminoso? Que a justiça para quem sofreu o que sofreu, é ser condenada a pena de morte? Haverá alguém mais desonrado que a própria vítima? Uma vítima que nada tinha a ver com os acertos de contas entre terceiros e que, à custa disso, está agora a um passo da morte?

Felizmente, o clã de jovem violada ousou desafiar a tradição ao, pedir justiça para que a sua filha não tenha o triste destino que tantas outras, provavelmente, tiveram.

É, de facto, uma tradição muito injusta!