Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Ler livros em espanhol

Notas da Leitora – Literatura e outros amores!

 

Sempre li livros em português.

Na escola, mais por obrigação que por gosto, um ou outro em inglês.

Quando percebemos alguma coisa de um determinado idioma, torna-se mais fácil.

 

Espanhol foi idioma que nunca estudei na vida.

O pouco que sei, é o que uma pessoa vai apanhando de séries e filmes, e o que ficou na memória, dos anos em que a minha filha teve espanhol, e me foi ensinando umas coisas.

 

Mas o gosto pela leitura é mais forte que a linguagem em que um determinado livro está escrito e, havendo vontade de ler uma determinada obra que, infelizmente, ainda não está traduzida para português, uma pessoa arrisca.

Foi assim com "Terra", de Eloy Moreno.

E, mais recentemente, com "Things We Never Got Over", de Lucy Score que, apesar de estar disponível em inglês e espanhol, achei que seria mais fácil ler neste último idioma. 

 

O que posso dizer é que, sendo livros cuja própria história cativa, e é escrita em linguagem corrente, acaba por ser uma experiência enriquecedora, que nos permite conhecer expressões típicas espanholas, e aumentar o nosso vocabulário.

É uma leitura intuitiva: ainda que não andemos com um dicionário atrás o tempo todo, e que não se compreenda palavra por palavra, captamos facilmente a mensagem, e o significado de algumas palavras.

No meu caso, é também contagiante!

Quando dou por mim, estou a pensar e a "falar para dentro" em espanhol. 

 

E, agora que lhe tomei o gosto, venham mais!

 

Como a Netflix aboliu a hegemonia das produções americanas

Imagem relacionada

 

E me fez encarar outras produções, com outros olhos.

 

Preconceito, ou hábito, a verdade é que sempre estive tão habituada a ver filmes e séries americanas que, se me sugerissem, por exemplo, um filme francês, ou alemão, torceria o nariz e poria de parte, ainda que pudesse ser bom. Penso que só vi, ainda em pequena, uma série italiana. Mais nada.

 

No entanto, desde que tenho Netflix, que dei por mim a assistir a diversas séries e filmes espanhóis, colombianos, mexicanos. Já vi também uma série sueca, e um filme norueguês. 

Acho que, quando me surge uma produção americana, até estranho, porque acaba por não ser a regra nas minhas escolhas.

 

Por exemplo, a série que a Netflix irá produzir "Cem Anos de Solidão", baseada na obra-prima do colombiano Gabriel Garcia Márquez, para além de outras questões, só agora seguirá adiante porque o autor queria que, se algum dia isso acontecesse, fosse falada em espanhol, e os herdeiros sentem que, só agora, está aberto esse caminho para a aceitação de produções noutra língua que não o inglês.

 

Nesse aspecto, a Netflix tem o mérito de ter revolucionado a forma como eu e, provavelmente, mais pessoas, começaram a receber, aceitar e apreciar produções diferentes, diversificadas e em vários idiomas, sem aquele preconceito e rejeição habitual.