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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

No mundo da blogosfera...

(e outras redes sociais)

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... tal como no mundo real, não tenho por hábito "comprar" discussões ou guerras inúteis, que não contribuem para nada mais do que chatear e desgastar uma pessoa.

Ainda que muitos até as ofereçam de borla, e estejam ansiosos para que aceitemos a oferta.

Pois, dispenso, obrigada!

 

Algumas, vêm disfarçadas de lição de gramática, em modo professor que cumpre o seu dever de correcção de erros.

Ah e tal, não é para levar a mal. E não levo.

Simplesmente, quando não se tem confiança, e nem é esse o assunto que está em cima da mesa, considero desnecessário.

 

Outras, vêm em forma de comentários sem nexo, de pessoas que querem ser engraçadas, mas não têm piada nenhuma.

Das mal dizentes, que adoram vir criticar, só porque sim. Para ver se pega. 

Ou daquelas que fazem questão de ser do contra. Para ver se a pessoa se sente, e dá troco.

E há, ainda, as que se querem destacar, à força, acusando os outros daquilo que elas próprias procuram.

 

Não se trata de troca de opiniões. De partilha de conhecimentos. De algo positivo.

Trata-se de provocação gratuita. Picuinhice. Implicância.

Vontade de destilar veneno.

De descarregar frustrações nos outros.

 

E, se há dias, e momentos, em que uma pessoa ainda leva na desportiva, ainda responde com algum humor, ainda tenta "driblar" as intenções do outro com educação, outros há em que o melhor é mesmo ignorar e passar à frente, porque já não há paciência para tanta parvoíce e estupidez.

 

 

 

 

Mostrar eficiência com recurso a implicância gratuita e intimidação

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Em qualquer trabalho, existem situações e formas de estar que podem alternar entre o 8 e o 80.

Nenhuma delas é boa.

A primeira, porque permite a rebaldaria, o abuso, o deixa andar que não acontece nada. Permite as desculpas esfarrapadas. Permite a habituação, a descontração, o excesso de confiança.

A segunda, porque corta tudo aquilo que a outra provocou, mas virando-se para o extremo oposto, tornando-se rigorosa e exigente a um nível que provoca desconforto, receio, intimidação.

 

Mostrar, e exigir eficiência, não se deve fazer com despotismo. Apenas para mostrar quem manda, e quem tem que obedecer. Quem tem poder, e quem tem que se sujeitar a ele.

Há uma grande diferença entre ser bom profissional, e mostrar serviço.

Entre eficiência, e implicância gratuita.

 

Um bom profissional, eficiente, que tenha carta branca para pôr ordem aquilo que o seu antecessor deixou desarrumado e de pernas para o ar, não vem com vontade de fazer participações por tudo e por nada no primeiro dia em que se apresenta, e nos seguintes. Não vem com vontade de "armar ciladas" aos seus funcionários, que possam resultar em processos disciplinares.

Um bom profissional, não se apresenta com ameaças, com avisos, com imposições sem sentido.

 

Pelo contrário.

Deveria conhecer os postos, os clientes, averiguar a política do cliente, e ver em que medida essa política interfere, ou não se conjuga com a da empresa.

Conhecer os seus subordinados, explicar as alterações que serão feitas, o que é permitido e o que passa a deixar de ser, e como quer que sejam exercidas as funções, dali em diante.

Proporcionar todas as condições para que as funções e exigências possam ser cumpridas, sem desculpas.

E só então, se verificar que, após esclarecidos, os funcionários não cumprem, agir em conformidade.

 

Tudo o que não passe pelo bom senso, pela vontade de levar tudo a bom porto, a bem, não passa de alguém a querer mostrar serviço, da pior forma, ou alguém que foi deliberadamente escolhido para "varrer" da empresa o maior número de funcionários possível, com justificações da treta, ou por levar os funcionários a sairem por vontade própria. 

 

No primeiro dia em que o supervisor do meu marido apareceu no posto, para se apresentar, a primeira coisa que fez foi dizer que ele não podia estar com o casaco próprio vestido, e iria fazer participação.

Depois, lá mudou de ideias, quando o meu marido lhe explicou que, como naquele posto faz frio, e a empresa nunca, em dois anos, forneceu fardamento adequado, são obrigados a usar casacos que não da farda. Com autorização do cliente para tal.

Mas isso dá direito a multa, para o funcionário e para a empresa. Portanto, não seria o caso de a empresa entregar uma farda adequada, em vez de "entrar a matar"?

 

Ontem, apareceu novamente.

Não avisou. Não ligou. Não tocou à campainha.

O meu marido apenas foi avisado pela central, que o supervisor estaria à porta do posto.

O dito fez de propósito. Esperou por ali cerca de 40/50 minutos, sem dizer nada, para ver quanto tempo demorava o funcionário a aparecer na portaria.

Ora, naquele posto, fazem-se rondas. Os funcionários podem estar noutros espaços do edifício, nomeadamente, no piso inferior, com autorização do cliente. Os funcionários podem ir à casa de banho, obviamente.

Vir um supervisor, que chegou agora, afirmar que as rondas se fazem em 15 minutos, no máximo e, se for preciso, põe ali postos de picagem. Que afirma que o funcionário deve ficar o menor tempo possível na casa de banho, e que faz uma participação pelo tempo que não viu o funcionário onde esperava que ele estivesse, está mesmo a implicar.

 

Que se acabe com certos abusos, aprovo.

Mas implicar com coisas que em nada afectam o serviço ou a empresa, e que o cliente autoriza, não faz sentido.

No entanto, como disse o cliente, é a empresa que paga ao funcionário, logo, este deve fazer o que a empresa ordena. Portanto, já deu a entender que, para todos os efeitos, ficará sempre ao lado da empresa, e não dos funcionários.

 

Como disseram depois ao meu marido, desde que este supervisor chegou, já vários funcionários foram despedidos, com base nesta forma de actuar, e outros tantos despediram-se, porque não estão para trabalhar neste clima intimidatório, onde se fabricam participações por todos os motivos e mais alguns.

Se era essa a intenção da empresa, está a ter sucesso.

Se não era, só fica a perder.

Quando quero, também sei implicar!

 

Chamem-me teimosa, embirrante, ou o que quiserem, mas não vou mudar de opinião.

Sempre que vamos às compras, e calha haver nesse hipermercado caixas de self service o meu marido, para se despachar mais depressa, vai para lá.

Já eu, mesmo que demore mais um bocadinho, vou para as caixas normais. Porquê? 

Porque se as funcionárias estão lá na caixa, é para atender os clientes. São pagas para isso. Por que raio tenho eu que ter o trabalho? Além disso, sempre que há um problema, lá tem que ir a funcionária ajudar, e o cliente que esperar.

E não é que tenha nada contra as funcionárias. Tenho é contra as máquinas!

 

Este fim-de-semana, fomos ao McDonalds e dirigi-me, como sempre, ao balcão. Já não é a primeira vez que lá vamos, e nos perguntam se não queremos fazer o pedido na máquina, que é muito fácil e mais rápido. Ficam muito admiradas quando digo que prefiro pedir ao balcão!

Desta vez, nem percebi muito bem a lógica da funcionária. Chegou a nossa vez e perguntou se não queríamos fazer o pedido na máquina.

 

Se quiserem eu vou lá com vocês.

 

Mas não posso fazê-lo aqui?

Pode, mas ali é mais rápido.

Pois, mas eu prefiro fazer aqui.

É que esta caixa é para pagamento dos pedidos feitos na máquina. 

Então, mas está alguém à nossa frente para atender?

Não, teria era que passar para esta caixa (a do lado).

Então, se estamos na nossa vez, queremos pedir aqui.

 

E lá passou ela para a caixa do lado, registou o nosso pedido, e 2 ou 3 minutos estávamos a ir para a mesa, aviados. Afinal, também foi rápido!

Não percebi o que ela queria. Ainda se fosse porque havia pessoas à frente e teríamos que esperar,mas não era o caso.

Também não era o caso de ela ir atendendo outras pessoas e adiantar serviço, porque se ia connosco ajudar a fazer o pedido na máquina, estaria ocupada e a perder tempo na mesma.

Será que ganham uma comissão por cada pessoa que encaminham para a máquina, ou o problema era só ter que passar para a caixa ao lado, ou não lhe apetecer muito trabalhar? 

Seja o que for, não há-de ser mais teimosa que eu. É que, quando quero, também sei implicar, e levar a minha avante!

 

 

 

O atendimento público (e ao público) está cada vez pior

 

Com as devidas excepções, porque existem poucas (mas boas) pessoas que ainda se preocupam em tentar ajudar da melhor forma que puderem e conseguem ser, ao mesmo tempo, simpáticas e atenciosas, o atendimento ao público está cada vez pior.

Há funcionários que não têm tempo nem paciência para ouvir a "história" toda que as pessoas querem explicar.

Há os que cortam a explicação a meio e tiram as suas próprias conclusões sobre o que as pessoas pretendem, quando na verdade não é nada disso que desejam.

Há funcionários arrogantes, mal humorados e com a mania que sabem tudo.

Há funcionários que, à medida que envelhecem, se vão tornando cada vez mais picuinhas, mesquinhos, exigentes e implicantes. E os que se tornam cada vez mais lentos, a pedir licença a um pé para mexer o outro.

Há funcionários que, conforme os anos vão passando, ser tornam cada vez menos tolerantes, prestativos, atenciosos. E os que querem ter cada vez menos trabalho porque não é essa a sua obrigação, e porque nós é que temos que levar a "papinha toda feita".

Há funcionários que não fazem a mínima ideia do que estão a falar, que dão informações erradas, que informam às prestações, que nos fazem perder tempo.

E há aqueles que gostam de brincar ao "jogo do empurra", e de atirar as culpas pelo mau atendimento aos colegas de outros serviços.

A nós, resta munirmo-nos de paciência, e safarmo-nos como pudermos, porque precisamos deles para tratar dos nossos assuntos. Quanto a eles, talvez se devam munir de vários livros de reclamações porque se começarmos todos a reclamar, dificil será parar!