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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Fugir dos problemas dos outros

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Ninguém quer saber de problemas.

Se tivermos que nos preocupar com problemas, já nos bastam os nossos.

E, ainda assim, fugimos deles.

 

Claro que nos preocupamos com os outros.

Claro que queremos saber. Sobretudo, quando se trata de família.

 

Mas quando chega a um ponto em que, para onde quer que nos viremos, só nos deparamos com problemas, o que mais queremos é fugir.

Quando o telemóvel toca, e sabemos que, dali, virão mais problemas, nem temos vontade de atender as chamadas.

 

Ainda assim, fazêmo-lo.

Não é que os problemas dos outros nos atinjam directamente.

Não é como se, ao desabafarem, fossemos automaticamente envolvidos neles.

 

Mas acaba por nos afectar. 

"Rouba-nos" positivismo.

Torna-se tóxico.

Daí querermos fugir.

Afastarmo-nos deles.

 

E, saturados como estamos, acabamos por ignorar os nossos próprios problemas.

Já bastam os dos outros.

Ainda que os nossos, aparentemente sem qualquer importância, não devessem ser menosprezados...

 

 

 

 

 

A importância de nos focarmos naquilo que ganhamos

(e não naquilo que perdemos)

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Ao longo da vida, vamos ganhando e perdendo.

Faz parte.

Não podemos ganhar tudo. Não podemos ganhar sempre.

 

Mas o que é, para nós, ganhar?

Será obter aquilo que nos espera no final? Na meta?

Será a concretização do objectivo?

Será a "taça"? A "medalha"?

 

Quem o consegue, até pode ganhar alguma coisa, mas não é o único vencedor. Nem é a única coisa que vence.

Também aqueles que não conseguem chegar ao final, conquistar o "prémio", concretizar o objectivo, e ficam pelo caminho, podem ser vencedores. E, por vezes, ganham até mais. Não aquilo que esperavam, ou pelo qual lutavam, mas outras tantas coisas, inesperadas, mas bem vindas.

Porque há muito que se vai ganhando pelo caminho. 

Ainda que continuemos a pensar naquilo que perdemos.

 

O que é um erro.

O importante não é focarmo-nos naquilo que perdemos, mas antes naquilo que já ganhámos, e podemos vir a ganhar.

Não importa o que foi, o que podia ter sido, o que deixou de ser.

Importa o que é, e pode ainda vir a ser, e isso só depende de nós.

Sentimentos ambivalentes que as "despedidas" me provocam

Sobre despedidas e o partir... | ACESSA.com - Saúde

 

Existem pessoas que são avessas a despedidas. E as evitam a todo o custo.

E outras que fazem questão de as viver, que ampliam o seu significado, e as tornam ainda mais difíceis.

Eu tenho sentimentos ambivalentes em relação às despedidas.

 

Por um lado, quero-as.

Considero-as necessárias, importantes.

Faz-me sentir que, dessa forma, nada fica por fazer, ou dizer. 

É uma espécie de conclusão de um ciclo.

Um andar para a frente, e seguir o curso natural das coisas.

O deixar ir, partir, o apoiar e dizer que estamos lá, apesar de tudo.

 

Mas, por outro lado, deixam-me a sofrer antecipamente.

Deixam-me melancólica, saudosista.

A pensar no que passou, e já não volta, ou poderá não voltar.

 

É uma felicidade, ensombrada por uma tristeza, de certa forma, egoísta.

É um adeus, disfarçado de um "até breve" quando, muitas vezes, sabemos que nunca haverá essa brevidade.

 

É uma mistura de risos, com lágrimas.

De coragem, com fraqueza.

De suspensão, ou corte definitivo, com renovação, e recomeço.

 

É uma espécie de tormenta, que acreditamos que nos traz paz. Ou uma paz momentânea, que sabemos que se irá transformar em tormenta.

É uma espécie de "estou mal", mas vou ficar bem". Ou de "estou bem, mas logo me vou sentir mal".

 

Comovo-me sempre.

Com as minhas despedidas, e as dos outros.

Com as reais, e as fictícias.

Com as despedidas de pessoas, de animais, de momentos, de locais, até de livros ou séries que gosto!

 

Poderia evitar tudo isso.

Mas não quero.

As despedidas fazem parte da vida e, se é para vivê-la na sua plenitude, então que se experimente tudo o que ela traz consigo.

Incluindo, as despedidas.

Porque, para mim, abdicar delas, far-me-ia sentir ainda pior, do que viver o tubilhão de emoções com que elas me brindam.

 

Aprender a dizer "sim"

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Todos sabemos o quão importante é saber dizer "não" em determinados momentos ou situações da nossa vida.

Mas é igualmente importante aprender a dizer "sim", em outras tantas. 

Se há ocasiões em que se torna fundamental colocar um travão, outras há em que é preciso largá-lo.

 

Pode parecer que não mas, da mesma forma que aquelas pessoas, que têm dificuldades em dizer "não", acabam muitas vezes por ser prejudicadas, porque abusam delas, ou simplesmente porque, para fazer a vontade aos outros, anulam a sua, também as pessoas que não sabem dizer "sim" se privam, muitas vezes, de tantas coisas que poderiam ser boas para elas.

 

E porquê?

Porque, quase automaticamente, essas pessoas estão "programadas" para dizer "não", rejeitando tudo, sem dar qualquer oportunidade aos outros e, sobretudo, a si mesmas.

Estão tão habituadas, que dizem "não" sem nem sequer tentar, experimentar, dar uma hipótese. 

Por vezes, fazem-no porque creem que isso é o melhor para si.

Outras, porque têm receio.

E algumas, apenas porque foi uma sugestão, ideia ou proposta de uma determinada pessoa. Ou seja, mais uma vez, mas no sentido oposto, estão a anular os seus desejos e vontades, ou a desperdiçar oportunidades, em função ou por causa dos outros.

 

Por isso, é importante aprender e, de vez em quando, ter a coragem e ousadia de dizer "sim".

Por nós. Porque temos que pensar em nós, em primeiro lugar.

Quem sabe não descobrimos, nesses "sim's", momentos felizes que, de outra forma, nunca viveríamos?

Do Dia dos Namorados...

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Não sou tão fã, como em tempo fui, de celebrar este dia.

Longe vão os tempos em que comprava peluches, cartões amorosos, e recebia flores e chocolates.

Em que planeávamos almoços ou jantares, passeios românticos.

Em que tirávamos o dia, só para o casal.

 

Não sou contra, embora já não interprete o seu significado e importância da mesma forma.

Com o avançar da idade, das relações, e das celebrações, percebemos que algumas atitudes e gestos são apenas "o que se espera", o que é suposto fazer-se, o que é suposto acontecer. Nem sempre o sentimento está verdadeiramente presente.

 

Tão pouco vou entrar numa de "ah e tal, o dia dos namorados deve ser quando quisermos".

Porque é. Ou deveria ser... 

 

Mas, mais do que um dia, que uma data, que um presente, que uma tradição, muitas vezes falta aquilo que deveria ser o mais importante entre um casal.

Para mim, um casal em que cada um tem plena confiança no outro, um casal que se compreende, um casal em que cada um sabe ler o outro, ainda que sem palavras, um casal que se complementa, que se respeita, um casal em que existe amizade e amor, tem todos os motivos para celebrar esta data.

 

Se virmos bem, poucos são os que terão verdadeiros motivos para celebrar.

Todos os outros, é só mesmo porque sim.

Para mim, foi apenas um dia normal.