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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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Ficar efectivo ou manter o posto de trabalho?

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Ao longo da nossa vida deparamo-nos com situações que nos obrigam a escolhas difíceis e, qualquer que seja a decisão tomada, não sabemos se terá sido a mais correcta ou se ainda nos iremos arrepender. Mas é aquela que nos pareceu melhor no momento.

 

Antigamente, toda a gente sonhava ficar efectivo no seu trabalho. Era sinal que tinha emprego garantido, algumas regalias, e de que se acabava a incerteza acerca do futuro. Ninguém gosta de trabalhar um tempo, depois ser dispensado e ter que voltar a procurar trabalho, para mais uma vez ser dispensado no fim do contrato, e começar tudo da estaca zero. 

Mas será que, hoje em dia, as coisas ainda são assim? Será que os trabalhadores actuais ainda desejam assim tanto esta efectividade no trabalho?

Em relação aos patrões, não temos dúvidas que cada vez menos passam um trabalhador a efectivo optando, muitas vezes, por fazer sucessivos contratos e, algumas até, a contornar a lei de forma a esquivarem-se. Porque isso significa um vínculo que nem sempre querem manter, mais encargos e menos facilidade em se verem livres dos funcionários. Mas a verdade é que, se um trabalhador efectivo tiver que ir para a rua, seja por que motivo for, vai na mesma como os outros, talvez apenas com mais algum dinheiro, se não for caso de falência ou insolvência.

 

 

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Sendo assim, será que estar efectivo continua a ser, para o trabalhador actual, o mais importante?

E se, por oposição ao ficar efectivo na empresa actual, tiver a oportunidade de manter o posto de trabalho enquanto assim o quiser e fizer por isso, por conta de outras empresas? É quase como se estivesse efectivo. O posto é do trabalhador, só muda a empresa.

Foi esta decisão que o meu marido teve que tomar. Ou ficava efectivo na actual empresa, mas mudava de posto, que ainda não sabia qual seria. Ou se mantinha onde está há quase 5 anos, mas passava a trabalhar para a nova empresa que para lá vai. 

Isto é quase como uma pessoa andar a comer sempre a mesma coisa o tempo todo e, de repente, nos acenarem de dois lados diferentes com duas iguarias que daríamos tudo para provar!

E, lá está, para se agarrar uma, tem que se abdicar da outra. O meu marido escolheu a que lhe pareceu melhor, tendo em conta o horário, as regalias, o facto de estar a estudar ao mesmo tempo, os colegas e outros factores. Para nós, pareceu a mais acertada. Agora é esperar para ver se, de facto, foi a decisão certa!