Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Incêndios em Portugal: todos os anos a história se repete

IMG-20220731-WA0006.jpg

 

Eu não sei se quem de direito não está com atenção às "aulas".

Se não estuda a lição diária. 

Se não se prepara para os testes.

 

O que eu sei é que, quando chega a hora da verdade, a nota é sempre negativa.

Mesmo que a teoria esteja toda correcta, chega a prática, e é o falhanço total.

Se calhar, fazia falta um estágio, para treinar a aplicação dos conhecimentos.

 

Portugal é um país que aposta em remediar, em vez de prevenir.

Não é que não queiram.

É que as medidas de prevenção, apesar das boas intenções, não são para todos. E quem mais as deveria cumprir, pouco caso faz delas, ignorando-as, como se, simplesmente, estivessem isentos de tal.

Por outro lado, são duvidosas. E não são, sem dúvida,  suficientes.

 

Portugal é um país sem meios.

Dependente da coragem dos bombeiros para combater os incêndios sem condições mínimas, e enfrentar os perigos para salvar os outros, ainda que eles próprios não se salvem. 

Dependente da população que, perante a inércia de quem deveria agir, põe mãos à obra, com o que tem ao dispôr, mas nem sempre com sucesso.

 

Dizem que a História serve para compreendermos o passado, e nos prepararmos melhor para o futuro.

Ora, Portugal tem uma longa história de incêndios.

De tragédias que não se conseguiram evitar, e que ainda hoje se lamentam.

Mas continua a não estar preparado.

Ano após ano, a história torna a repetir-se.

 

São as pessoas que ficam sem casas, e perdem tudo o que têm. Em casos extremos, a própria vida.

São os animais que correm perigo, e alguns acabam mesmo por morrer.

São hectares e hectares de mato que ardem, e reduzem tudo a um manto negro.

 

Este fim de semana, Portugal voltou a estar em chamas.

Um dos incêndios foi aqui no concelho de Mafra.

Li, depois, que os dois aviões Canadair que estavam a combater o fogo em Mafra abandonaram as operações por não poderem abastecer na base do Montijo, e apenas em Castelo Branco.

Sem comentários...

 

Isto de se morar num país, à beira mar plantado, com imensos campos, serras, e árvores de todas as espécies é muito bonito.

É qualidade de vida. É oxigénio. 

 

Mas é, igualmente, um perigo.

Sobretudo, em tempo de seca, em pleno verão.

À volta de onde moro, para além da famosa Tapada Nacional de Mafra, vítima de vários incêndios ao longo dos anos, há todo um espaço de campo, e terrenos que, neste momento, estão completamente secos. 

E, como aqui, acredito que, um pouco por todo o país, a situação seja semelhante.

 

Já nem se coloca a questão se é fogo posto, negligência ou efeito natural.

Por mais que se tente evitar, e sejam aplicadas medidas (o que pouco ou nada acontece), o que importa é que haverá sempre algum incêndio inesperado.

E, se a prevenção falha, ao menos que o remedeio funcione bem.

 

Mas, também aí, tudo falha. 

Há descoordenação, ausência de meios.

Há serviços que não funcionam quando mais se precisa deles.

Muitas vezes, há um orgulho que impede de pedir ou aceitar ajuda externa.

Há um sacrificar de vidas desnecessário, e evitável.

 

E continuará a haver.

Tudo isso, e muito mais. 

Enquanto se preferir andar a exibir diplomas obtidos pela teoria certeira, em vez de se arregaçar as mangas e mostrar real eficiência, na prática.

 

 

 

 

Constatações

Resultado de imagem para fogo

 

Os actos terroristas, em Portugal, traduzem-se em incêndios.

Chegam pelas mãos de quem menos esperamos, por quem cá vive, por aqueles que deveriam ser os primeiros a proteger o seu próprio país, mas que pouco querem saber dele.

Mais de 500 incêndios num único dia, é terrorismo à mais larga escala. Nem os terroristas, que conhecemos como tal, levariam a cabo um acto como estes.

Atracção pelo fogo, vingança, questões económicas relacionadas com florestas/ madeira, ou pura maldade, as vítimas são sempre as mesmas: pessoas e animais que perdem tudo o que têm, incluindo a vida, e a nossa natureza cada vez mais destruída.

A Mãe Natureza consegue ser, muitas vezes, devastadora. Mas não se compara à destruição cada vez mais impiedosa, levada a cabo pelo Homem...

 

 

Imagem Expresso

Juntos por Todos - concerto solidário para com as vítimas dos incêndios

 

O Meo Arena recebe, no próximo dia 27 de junho, pelas 21 horas, o concerto solidário "Juntos por Todos". O concerto terá transmissão ao vivo na RTP, SIC e TVI, e em todas as rádios portuguesas garantindo assim, pela primeira vez, uma cobertura conjunta de um espetáculo.

 
 
Este é um concerto especial, de homenagem às vítimas dos fogos florestais, que continuam a lavrar em Pedrógão Grande e zonas limítrofes, e de angariação de receitas para ajuda às populações afectadas, por aquela que é já considerada uma das maiores tragédias na história do nosso país.
 
"Juntos Por Todos" é uma iniciativa co-produzida pela Sons em Trânsito, Nação Valente, MEO Arena, Blueticket, RTP, SIC e TVI, e une vários artistas portugueses, como Agir, Amor Electro, Ana Moura, Aurea, Camané, Carlos do Carmo, Carminho, D.A.M.A, David Fonseca, Diogo Piçarra, Gisela João, Hélder Moutinho, João Gil, Jorge Palma, Luísa Sobral, Luís Represas, Matias Damásio, Miguel Araújo, Paulo Gonzo, Pedro Abrunhosa, Raquel Tavares, Rita Redshoes, Rui Veloso, Salvador Sobral e Sérgio Godinho.

Os bilhetes, nas modalidades de bilhete geral (15 euros), bilhete geral extra (25 euros) ou bilhete donativo (15 euros),  já se encontram disponíveis em blueticket.pt e nos pontos de venda Fnac, Worten, El Corte Inglês, The Phone House, Pagaqui, ACP e Turismo de Lisboa.
A receita obtida será entregue à União das Misericórdias Portuguesas.
 
O evento conta com o Alto Comissariado da Fundação Calouste Gulbenkian, e o contributo das das editoras Sony Music Portugal, Universal Music Portugal, Valentim de Carvalho e Warner Music Portugal, na sua divulgação artística.
 
 
Artigo elaborado para o http://fantastictvsite.blogspot.pt/
 

Portugal em chamas

 

Incêndios, incêndios e mais incêndios...

Terminou o mês de Agosto, iniciou o Setembro, mas o cenário mantém-se.

Todos os anos acontece, mas este ano, não foram só as árvores que morreram. Também 5 bombeiros, até agora, perderam a vida.

Para que muitos cá fiquem, alguns tiveram que partir...

E por culpa de quem? Do governo? De quem não segue à risca os planos de prevenção? De quem desencadeia o incêndio? Da natureza? De todos nós?

Alguém tem que ser responsabilizado, é verdade. E, parece-me, nunca foram detidas tantas pessoas suspeitas de fogo posto como este ano.

Mas, sejam quais forem os motivos para o fazerem, psicológicos ou financeiros, é algo que, por mais que aperfeiçoem as medidas de prevenção e vigilância, ou que endureçam as penas para os culpados, estará sempre presente e nunca se conseguirá extinguir.

E, assim, assistimos impotentes, a cada ano que passa, a um Portugal em chamas. O que é pena é que sejam chamas exteriores, quando o verdadeiro "incêndio" deveria acontecer no coração do país, para queimar tudo o que é inflamável e prejudicial aos portugueses, e haver uma total renovação, uma nova esperança de um país melhor do que aquele em que, actualmente, vivemos.

 

 

* No entanto, continuo a afirmar que temos muita sorte em morar em Portugal - pelo clima, pela beleza do país, pela nossa cultura, pela nossa comida, por não estarmos (ainda) no meio de guerras, catástrofes e afins, como muitos outros países que conhecemos.