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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Incerteza até ao último momento

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Na próxima semana saem as notas finais, e é semana de matrículas para o 10º ano.

O curso está escolhido, bem como as disciplinas pretendidas.

Mas nada está garantido. É preciso que haja alunos suficientes para o curso, e para as disciplinas específicas que ela quer. 

E é preciso que seja admitida na escola pretendida.

 

 

Nos últimos anos, esta seria a altura de encomendar os manuais escolares, que chegariam lá para Agosto, mês em que comprava o material escolar básico.

E ficava descansada até ao início do ano lectivo.

 

 

Este ano, sinto-me de pés e mãos atados, sem poder despachar tudo como queria.

Tenho que esperar que saiam as turmas, para ver se ela ficou na escola e curso que quer. E, provavelmente, tenho que esperar (não sei se através da turma dá para ver) pela publicação dos horários, no início de setembro, para saber que disciplinas vai ter e, assim, que livros comprar.

Claro que posso sempre comprá-los antes mas, depois, se for preciso trocar, é mais complicado.

Só que não gosto de deixar tudo para a última hora e, este ano, sinto que vai ser incerteza até ao último momento.

 

 

Alguém por aí já passou por uma situação semelhante? 

Quando é que se fica a saber que disciplinas vão ter (se as escolhidas, ou outras por falta de alunos)?

É arriscado comprar já os livros?

Ou setembro é mais arriscado, por estarem esgotados ou em ruptura de stock?

E se acontecesse com os nossos filhos?

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Estreou na Netflix uma série documental sobre Madeleine McCann, intitulada "O Desaparecimento de Madeleine McCann".

 

 

 

 

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No primeiro episódio, explicavam porque é que, entre tantos casos de crianças desaparecidas diariamente, se deu tanta importância a este em específico, a ponto de ter tido impacto a nível mundial, fazendo correr muita tinta pela imprensa fora, e angariando a empatia e solidariedade de tanta gente, pela situação ocorrida: porque era algo com que as pessoas se identificavam, era algo que as pessoas pensavam "podia ter sido com o(a) meu(minha) filho(a)".

 

 

 

 

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E se, de facto, acontecesse com os nossos filhos?

 

E não, não podemos dizer que connosco nunca tal aconteceria, porque nunca iríamos deixar os nossos filhos num quarto, sozinhos, enquanto íamos jantar fora com uns amigos, ainda que fosse relativamente perto, e que lá dessemos um saltinho a cada meia hora.

Porque isso, apesar de errado, foi uma mera circunstância.

 

 

Quem nunca deixou um filho sozinho em casa, poque teve mesmo que sair e era ali perto, e não ia haver mal nenhum?

Quem nunca foi ali "num pé e voltou no outro", a casa de uma vizinha, e até familiar que viva a poucos metros, enquanto a criança estava entretida a brincar, ou dormia?

Quem nunca foi com os filhos às compras, ou qualquer actividade lúdica, e desviou as atenções deles por momentos?

Ou outras situações do género?

 

 

Fomos irresponsáveis por isso?

Talvez... Não o deveríamos, mas há certas coisas que não podemos prever, e nem sequer imaginamos. De qualquer forma, a responsabilidade é nossa, e não nos podemos ilibar dela. Vai acompanhar-nos daí em diante, e massacrar-nos a cada minuto que passa, sem os nossos filhos de volta, e até mesmo depois do regresso, ou da descoberta da verdade, na pior das hipóteses.

 

Se somos culpados?

Partindo do princípio de que se tratou, de facto, de um rapto por terceiros, a culpa é dessas pessoas. Não nossa.

 

 

No caso dos pais da Maddie, eles aparentam uma postura fria, seca, sem emoções que, para além de outras circunstâncias, os tornaram suspeitos de que teriam algo a ver com este desaparecimento.

Se fosse eu, acho que estaria algures entre o desesperada, chorosa, determinada, revoltada, esmagada pelo peso da culpa que, ainda que não fosse minha, sentiria na mesma.

Provavelmente, frustrada com toda a forma como estes casos são tratados pelas autoridades numa fase inicial que é, quase sempre, fundamental e crucial para se conseguir as melhores pistas.

O tempo que leva até que comecem a agir, e considerar que houve, de facto, um desaparecimento suspeito que é preciso investigar, é o tempo que pode levar uma criança desaparecer sem deixar rasto.

Depois, quando começam a dar real importância ao caso, e a investigar a sério, muitas vezes já é tarde demais.

 

 

Em casos como estes, penso que o mais difícil para os pais, é a incerteza, a dúvida, o não saber se o filho está vivo ou morto, se está bem ou em sofrimento, o que fizeram com ele, onde estará? Sobretudo quando se passam tantos anos, como é o caso.

E o porquê? Porquê o nosso filho?

 

 

Relembrando também o caso português do Rui Pedro, penso que estaria mais como a mãe dele, do que como a Kate McCann. Provavelmente, a enlouquecer a cada dia. Mas cada pessoa tem a sua forma muito própria de reagir às adversidades, sem que isso a faça menos sofrida, ou a caracterize como pessoa incapaz de sentir amor pelos filhos, ou dor pela perda.

 

 

No entanto, se no caso Rui Pedro, apesar de não se saber o que aconteceu, parece não haver grandes dúvidas de que os pais nada têm a ver com o seu desaparecimento, no caso Maddie, não consigo deixar de considerar estranhas todas as circustâncias que envolveram o desaparecimento.

Terão vindo de férias a Portugal inocentemente, ou já com algo planeado?

Estará todo o grupo envolvido, e a protegerem-se entre si?

Terão simulado aquelas visitas de vigilância, para terem um álibi ou mostrar um comportamento cuidadoso, apesar da aparente negligência?

Terão inventado avistamentos para induzir as investigações nas pistas erradas, desviando-as do caminho do crime, e ganhando tempo?  

Estarão os pais, de facto, inocentes?

Perguntas para as quais nenhum de nós, algum dia, saberá a resposta...

 

A dúvida corrói mais que uma verdade dolorosa

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A dúvida, a incerteza e o desconhecimento, corroem mais que uma verdade dolorosa.

Com a verdade, é como se levássemos com uma onda que nos atira ao chão e nos encharca mas, depois, volta ao mar, e nós levantamo-nos e recuperamos.

Com a dúvida e a incerteza, a nossa mente perde o rumo, ficamos sem reacção, e deixamo-nos enrolar pela onda, que tanto nos pode trazer de volta, como levar-nos de vez mar dentro.

Com a verdade, sabemos com o que contamos, e quando chega a altura de seguir o caminho apoiados somente nos nossos pés.  

Com o desconhecimento, não recebemos aviso prévio, e foge-nos o chão por debaixo dos pés, sem perceber muito bem como nos erguer de novo, e onde nos apoiar.

Com a verdade, sabemos que nos podemos atirar, que vão lá estar para nos segurar, ou que não o podemos fazer, porque nos vamos, com toda a certeza, magoar.

Com uma crescente confiança, acreditamos que aqueles braços irão segurar-nos para sempre, tal como os nossos o fazem.

De repente, quando pensamos que estamos seguros, e que o perigo já passou eis que, simplesmente, nos atiram ao chão, como se atira para o lixo algo que se usou quando era mais conveniente, mas já não faz falta, ou já não serve mais. Só não sabemos o porquê...

 

E a dúvida, a incerteza e o desconhecimento, perseguir-nos-ão sempre, não deixando a ferida cicatrizar como gostaríamos, achando que haverá, quem sabe, alguma explicação lógica que não estamos a conseguir ver no momento.

A dúvida, coloca a nossa vida em "banho-maria", enquanto que a verdade, por mais dolorosa que seja, nos leva a seguir com a nossa vida...Ainda que o golpe seja mais fundo, e continue a deixar a sua marca... 

 

Terminou...E agora?

 

Terminou. Chegou ao fim. E agora?

O imenso prazer de começar a ler os livros dos meus autores de eleição é equivalente à tristeza e sensação de vazio, quando a leitura do último termina.

Aconteceu-me isso quando acabei de ler todos os livros do Jeff Abbott, da Sandra Brown, da Julia Quinn, da Mary Balogh, do Nicholas Sparks e por aí fora…

Em relação aos dois primeiros autores, tive a sorte de editarem um novo livro cada um. Comprei-os, mas ainda não toquei neles. Estão lá sossegadinhos, à espera do momento certo. Que não sei quando será.

Porque quanto mais cedo eu me atirar a eles, e os “devorar” como de costume, mais depressa fico sem nada de novo para ler, na eterna esperança que venha sempre mais um, e mais um. E na incerteza de quando, ou se, isso acontecerá.

Talvez seja estranho, mas é assim que eu me sinto. E é por isso que muitos outros livros têm passado à frente nas leituras. 

Emoções de Adolescentes

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“Sinto que estou a perder as minhas forças. A cada dia que passa estou a deixar-me vencer…vencer pela tristeza, tristeza por não te ter ao pé de mim…pela incerteza, incerteza por não saber definir ao certo que sentimento é este…pela insegurança, por não saber se sou correspondida da mesma maneira…

Sinto-me frustrada, desanimada, apática…nada faz sentido…quero levar a minha vida para um lado, e tudo a empurra para outro…

Neste momento, parei. Não tenho mais vontade de andar, não tenho mais forças para me mover…

Já não consigo disfarçar, preciso de estar ocupada, distraída…sozinha, a única coisa que consigo fazer é chorar…

Sinto que é uma luta perdida…Se é que se pode chamar de luta…

Quero culpar alguma coisa, quero culpar alguém…

Culpo-me a mim porque não sou forte, não sou corajosa, não arrisco, não luto…sou conformista, sou comodista, prefiro o mais fácil, o mais confortável, sou cobarde…

Culpo-te a ti, porque não me vens salvar, porque não me vens tirar deste pesadelo em que eu própria me meti…

Culpo a distância, que nos afasta, que me faz sentir saudades, que não nos permite viver o que tanto desejo….

Tento encontrar algo ou alguém a quem possa responsabilizar, mas simplesmente não existe!

Quanto muito poderei culpar o meu coração, por sentir o que não deveria sentir…

Tudo o que me dás é tudo aquilo a que me posso agarrar…

Todas as tuas palavras, todos os teus gestos, são alguns dos poucos momentos em que consigo sorrir…

Queria tanto acreditar que o sonho se iria tornar real…mas cada vez mais me convenço que não passa disso mesmo…de um sonho.

A realidade é bem diferente, mais dura…

Não há lugar para fantasias, não há lugar para sonhos que, por circunstâncias da vida, nunca vão passar disso.

E essa é a parte mais difícil…perder a esperança…encarar a realidade…

De que me serve ter a capacidade de amar, se não posso amar quem eu quero…se não consigo dar amor a quem me ama…"

 

 

Na adolescência, encaramos as primeiras paixões como se de verdadeiros amores se tratassem!

Somos protagonistas das mais belas histórias, com tudo aquilo a que temos direito - amores proíbidos, amores desencontrados, amores distantes, sempre à espera do Happy Ending, mas não sem antes passar pelo típico sofrimento do desenrolar da trama.

Ao fim de tantos anos cheguei a uma simples conclusão - somos mais fortes do que pensamos, e não morremos por amor, ou melhor, pela falta dele!

Não quer dizer que os nossos sentimentos não sejam verdadeiros (porque geralmente até o são), mas temos uma capacidade de ver tudo de forma mais simples, mais prática, e sem aquele romantismo e dramatismo de outrora.

Não significa que não tenhamos saudades daqueles que amamos, quando estão longe de nós, mas não paramos no tempo à espera do regresso.

Não quer dizer que não nos sintamos tristes muitas vezes, que não tenhamos vontade de chorar, que não nos afecte minimamente, mas temos a força necessária para reagir, para para nos recompormos e seguir em frente com a nossa vida.

Afinal, o amor não mata, mas mói!

Mas, se puder ser correspondido e vivido plenamente, pode ser muito compensador. Por muito que sejamos fortes, decididos e independentes, não há nada melhor do que termos alguém na nossa vida com quem partilhar as nossas tristezas e as nossas alegrias, as nossas derrotas e as nossas vitórias, os nossos pesadelos e os nossos sonhos, tudo o que faz de nós aquilo que somos!

É importante viver cada dia, e saber aproveitar o melhor que temos e com quem estamos - a nossa vida está em constante mudança, e a nossa história deve ser feita de pequenos finais ao longo do tempo. Quem sabe se na vida real não será ainda melhor do que o que idealizámos?!