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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Do Big Brother e das "causas feministas"

O que as mulheres atualmente acham do feminismo?

 

A Ana Catarina é uma das concorrentes do Big Brother, que luta pela já aqui falada "sororidade".

Para ela, as mulheres devem apoiar-se umas às outras, estar do mesmo lado da trincheira, e não umas contra as outras, como se vê muito por este mundo fora.

Para ela, a final do reality show seria disputada só por mulheres. E, como tal, sempre evitou ao máximo nomear as suas colegas femininas, enquanto houvesse homens disponíveis para nomear e pôr a jeito para a expulsão.

 

Curiosamente, a determinada altura, começou a haver mais mulheres, que homens, na casa e, não sei se por isso mesmo, o Big Brother entendeu que, numa determinada semana, os concorrentes só poderiam nomear mulheres, o que implicava que, obrigatoriamente, na semana seguinte sairia uma mulher. Seria para haver equilíbrio no jogo?

A Ana Catarina recusou-se a nomear mulheres, e ficou ela, automaticamente, nomeada.

 

Seja como for, esta atitude da Ana Catarina, de nunca nomear mulheres, foi entendida por alguns homens, não como "women power", mas como um sentimento de inferioridade por parte delas, uma protecção que ainda acham que precisam porque, se assim não for, ninguém as manteria na casa.

Ou seja, deixando as coisas fluírem, normalmente e, indo as mulheres a nomeações com homens, seriam elas a ser expulsas. E, para evitar isso, é preciso as mulheres unirem esforços.

 

Vejamos agora, a situação por outro prisma.

Por que razão, estando os homens a ficar em minoria, lembrou-se o Big Brother de pôr a nomear só mulheres?

Não devem, os concorrentes, nomear quem querem, e não quem os outros querem?

Em pleno século XXI, ainda se colocam estas questões de "só homens" ou "só mulheres"?

 

Naquela situação específica, eu achei que a Ana Catarina esteve bem na sua decisão. Não sei se os seus motivos são os mesmos que me levam a concordar com ela, mas faria o mesmo. Porque eu iria querer estar numa casa com quem me sinto bem, independentemente de ser home ou mulher, e nomear aqueles com quem me daria menos. 

Como tal, não faz sentido estar a nomear só homens, ou só mulheres, dando vantagem a uns, ou a outros.

 

Agora, quanto à sororidade, já as coisas são um pouco diferentes. 

Acho que, mais uma vez, não tem a ver com o ser-se mulher ou homem. Tem a ver com respeito, com saber estar, com união, com competição saudável, com entreajuda, empatia.

E, que me desculpem algumas mulheres mas, se não gostasse delas, seria para elas o meu voto.

Nunca iria trocar um homem com quem tivesse uma óptima relação, por uma mulher que fosse víbora, só porque era mulher, e temos que estar lá umas para as outras.

Por isso, nesse aspecto, não me identifico, de todo, com a Ana Catarina.

Porque, por muito que não o queiramos admitir, ou que queiramos que as coisas sejam diferentes, por vezes, o maior inimigo, está entre aqueles que pertencem ao mesmo sexo. E, muitas vezes, o "prémio" vai mesmo para as mulheres!

Adaptação

 

Nem sempre é fácil...

Por vezes, é mesmo muito difícil...

Embora fosse algo que há muito desejava, não deixou de ser uma mudança total e repentina na sua vida.

De um dia para o outro, ele saiu da sua casa, onde já morava há anos, sem poder trazer consigo tudo aquilo que gostaria, até porque a nova casa é pequena e não haveria espaço para tudo.

De um dia para o outro, ele deixou a sua terra, onde tinha os seus familiares, amigos e conhecidos, para uma outra, onde começa agora a travar novos conhecimentos.

Não se casou, mas ganhou uma mulher, e uma "filha emprestada". É com elas que agora vive, e é para ser feliz, e as fazer felizes, que se esforça todos os dias.

A cada dia, ele tenta entrar numa rotina que já estava instalada e vincada, e fazer parte dela.

A cada dia ele tenta fazer o que pode, como melhor sabe, para que tudo corra bem. Tenta oferecer aquilo que tem para dar, como padrasto e como marido, para que juntos formem uma família da qual ele agora faz parte.

Mas há momentos em que tudo parece em vão...Em que ele sente que, apesar de tudo, não é suficiente...Que, por mais que faça e por mais que se esforce, nunca nada está bem para as pessoas que com ele vivem.

Nesses momentos, a tristeza invade-o...Queria ter valor para aquelas duas pessoas, queria ser aceite por elas, queria viver feliz com elas...

No entanto, essas duas pessoas sabem o homem que ele é, sabem o valor que ele tem, e gostam muito dele. Também elas se estão a adaptar a esta nova vida, embora saibam que, se para elas é complicado, mais o será para ele.

Essas pessoas não desejam que ele se sinta, de forma alguma, inferiorizado, desiludido consigo próprio, triste...Muito menos querem que ele tente fazer tudo para lhes agradar, se não estiver a agir de acordo com a sua maneira de ser. 

Uma nova etapa implica adaptação, aprendizagem, crescimento conjunto, sem abdicar da nossa forma de estar na vida e daquilo que nos torna únicos. Implica dar tempo ao tempo. E, com tempo, tudo resultará!