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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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Batalhas pouco justas no The Voice Portugal

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Terminou ontem a fase das provas cegas no The Voice Portugal, mas ainda houve tempo para estrear a fase das batalhas.

E com novidades que, a mim, não me agradaram muito.

 

Agora, em vez de serem os mentores a escolher quem querem colocar frente a frente, com a mesma música, os concorrentes são escolhidos à sorte, e esses escolhidos escolhem, por sua vez, com quem querem travar a batalha.

Embora faça mais sentido do que a, muitas vezes tendenciosa, escolha dos mentores, penso que deveriam ser ambos tirados à sorte.

Pelo que percebi, a música, será escolhida pelos concorrentes, e não pelo mentor.

O que leva à pior novidade das batalhas: cada concorrente canta uma música diferente, e à vez. O que não faz qualquer sentido, porque os mentores deveriam avaliar a prestação de cada um, no mesmo tema e registo.

Nos tira-teimas já iriam ter a oportunidade de fazer o que agora estão a fazer nas batalhas.

 

 

 

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Posto isto, veio a primeira batalha, entre dois concorrentes fortes da Aurea que, por acaso, nas provas cegas, cantaram o mesmo género musical e, por isso, fez sentido quando a Catarina, sorteada, escolheu o António para travar a batalha consigo.

No entanto, se o António se manteve fiel a esse registo, e com uma boa prestação, a Catarina optou por mostrar a sua diversidade, com outro estilo musical.

Cada um no seu registo, ambos estiveram bem e seria difícil escolher, mas pareceu-me óbvia a escolha da mentora.

 

O António mencionou que nunca sentiu discriminação ou preconceito pela sua idade.

Pois aqui, não retirando mérito à Catarina, pareceu-me uma atitude um pouco preconceituosa da mentora. É óbvio que querem dar oportunidade aos mais novos, de se lançarem na música, e a Catarina é jovem, ao contrário do António.

A Catarina mostrou um outro lado dela, que faz o género da Aurea e, por isso, aliando o gosto à diversidade da concorrente, foi meio caminho andado para a decisão. Talvez, se a Catarina tivesse optado pelo lírico, a escolha não fosse tão fácil.

Mas está mais que visto que o lírico nunca vingou neste tipo de programas e, como tal, dificilmente chega muito longe.

 

 

 

Imagens: The Voice Portugal

 

 

For Life: viver num mundo movido por interesses e alimentado pelo poder

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Vivemos num mundo movido, maioritariamente, por interesses, e nem sempre interesses colectivos mas, muitas vezes, individuais.

E para eles contribui, quase sempre, o poder daqueles que os podem satisfazer, concretizar, levar a cabo. Ou para os travar, aniquilar, impedir.

Se uns têm a sorte de o poder estar do seu lado, outros, têm-no constantemente contra si. Sobretudo, se os interesses de uns, chocam com os de outros. Quando não podem coexistir.

Quando assim é, por muito que tentemos quebrar esse ciclo, mudar o rumo dos acontecimentos, inverter as situações, torna-se complicado.

É difícil vencer qualquer batalha que seja e, quando achamos que, por uma vez que seja, a vitória nos coube, logo a vida se encarrega de mostrar que não ganhámos coisa nenhuma.

 

For Life conta a história de um homem condenado injustamente, por um crime que não cometeu, a prisão perpétua. Porque não quis assinar nenhum acordo, em que se desse como culpado, sabendo que era inocente.

Obstinação? Ingenuidade? Coragem? Quem sabe…

Foi usado como “bode expiatório”, como “exemplo” de justiça, com fins e interesses políticos de uns, e pessoais, de outros. Não é que tivessem, particularmente, algo em concreto contra a sua pessoa, mas era preciso arranjar um culpado, e ele estava mesmo ali a jeito.

Ao longo dos anos em que esteve preso, Aaron Wallace viu a mulher trocá-lo pelo seu melhor amigo e a filha engravidar. Ainda assim, manteve o seu foco em formar-se em direito e ir ajudando os seus colegas de prisão, com o objectivo final de pedir um novo julgamento para si mesmo e provar a sua inocência, derrubando o responsável por tê-lo colocado lá dentro, e recuperando a família.

 

Sabemos que a vida na prisão não é fácil. Grupos rivais, rixas e, lá está, mais uma vez, interesses, podem ser um factor a favor, ou contra. Nem sempre a imparcialidade é bem vista, ou aceite. Algumas vezes, se não estamos do lado de alguém, então é porque estamos contra.

Depois, há todo um sistema paralelo, em que nem os guardas e os directores não gostam de se meter, ou interferir.

Os que se atrevem, angariam inimizades, e há sempre quem aguarde, na plateia, o momento em que cometam erros, em que caiam, em que fracassem, em que as circunstâncias os derrubem. Nem que seja preciso dar um empurrãozinho.

 

De qualquer forma, contra tudo e todos, umas vezes com sucesso, outras nem tanto, Wallace vai superando os desafios, as contrariedades, levantando-se depois das rasteiras que, volta e meia, o atiram ao chão, e seguindo rumo ao objectivo.

Para isso, conta com a ajuda de alguns colegas da prisão, da mulher, que ainda o ama, da filha, que quer ver o pai fora da cadeia, da directora da prisão, e de um antigo promotor público, agora seu mentor jurídico e amigo.

No entanto, há quem não tenha interesse em que Aaron consiga alcançar aquilo a que se propôs, e se empenhe ao máximo para mantê-lo para sempre atrás das grades. De cada vez que Aaron acende um fósforo, logo alguém se encarrega de apagá-lo.

Ainda assim, ele consegue mesmo acender a fogueira!

Só que, lá está. Nem tudo corre como queremos e, agora, Aaron terá de escolher entre manter a fogueira acesa, correndo o risco de queimar todos aqueles que ama, ou apagá-la ele mesmo, perdendo tudo aquilo pelo qual lutou, e resignando-se ao que sempre recusou.

O poder, por mais voltas que se dê, uma vez contra nós, sempre contra nós.

 

 

 

Quem é o grande culpado pelos males do mundo?

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Testemunhas de Jeová - última parte da conversa

(que já ia longa e eu ainda tinha um alguidar de roupa à espera para estender!)

 

 

Sempre que se fala em Deus, há uma questão que vem sempre a lume: 

"Se Deus existe, e é tão bondoso e generoso, porque é que deixa morrer tantos inocentes, sem nada fazer para os salvar?".

E, acto contínuo, respondem-me sempre "mas não é Deus que faz as guerras, que mata as pessoas..."

Pois não! Mas também não faz nada para o impedir!

 

 

Disse-me, um dia, alguém, que havia uma luta constante entre Deus e o Diabo, e que a intenção era manter o equilíbrio. Se ninguém morresse, ou se todos morressem, tudo se desequilibraria.

Claro que, por vezes, a balança pende mais para um lado do que para o outro.

Imaginem alguém a tentar salvar várias pessoas ao mesmo tempo. Para acudir a uma, não consegue fazê-lo com outra.

Este raciocínio tem a sua lógica, e só perde consistência quando se apregoa aos quatro ventos que Deus é todo poderoso e omnipresente...

Adiante...

 

 

Nessa tarde, as senhoras perguntaram-me quem é que eu achava que era o grande responsável pelos males do mundo, e eu não hesitei em responder: o Homem!

Porque somos nós que cá estamos, somos nós, gananciosos, na ânsia de dinheiro e poder, que passamos por cima de tudo e de todos, que começamos as guerras, que matamos, que destruímos os nossos recursos, a natureza que nos rodeia, que provocamos, directa ou indirectamente, catástrofes como incêndios e outras resultantes de alterações climáticas, por obra da poluição para a qual todos os dias contribuímos, somos nós que, muitas vezes, provocamos acidentes, e por aí fora.

No fundo, somos nós, humanos, que cá vivemos, que não sabemos gerir aquilo que temos ao nosso dispôr, que não sabemos partilhar aquilo que conseguimos obter, que só nos preocupamos connosco e agimos naquela de "salve-se quem puder, de preferência, eu!".

Depois, existem, claro, aqueles fenómenos que ninguém sabe explicar, as ditas "causas naturais" pelas quais, eventualmente, ninguém será responsável.

 

 

Ora, assim sendo, tudo isto iliba Deus de qualquer responsabilidade nos males de que somos vítimas. E, não sendo responsável, também não tem por que resolver as coisas por nós.

Mas, lá volta a eterna questão:

"Se Deus existe, se é todo poderoso e omnipresente, se é justo, se é conhecido por castigar os maus, e proteger os bons, porque é que, na prática, não vemos isso?".

Porque é que continuam a partir os melhores, e a ficar por cá os piores? Porque é que o bem é premiado com a morte, e o mal, com a vida?

 

 

 

Nem de propósito, lembrei-me deste poema de Luís de Camões, que a minha filha tem no manual de português:

 

Ao desconcerto do mundo

Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado:
Assim que só para mim
Anda o mundo concertado.

 

Reflete ou não, a realidade dos nossos dias?!

 

 

 

Just Duet - a previsão para a final

Foto de Just Duet - O Dueto Perfeito.

 

Ontem foi a semifinal do Just Duet, com algumas surpresas, decisões duvidosas e injustas, mas não podemos esquecer que os mentores estão lá para tentar ganhar, que este é um programa de televisão visto pelo público, e que é este que dá os votos, que podem levar à vitória.

 

Na equipa do Agir, a disputa era entre o Bruno e o Diogo. De uma forma geral, o Agir escolheu boas músicas para os seus concorrentes. No entanto, não gostei de ouvir o Bruno no tema desta gala. Já o Diogo, desta vez, para além do rapp, até cantou. Mereceu passar.

 

Na equipa do Héber, tínhamos a Matilde e o Ivo. A Matilde canta bem. Na primeira audição, ela cantou mesmo bem. Mas falta-lhe o resto. A Paloma, na gala anterior, tinha feito um dueto muito perto de "perfeito", e ficou pelo caminho. Esta semana, a Matilde voltou a não convencer. Passou o Ivo, que faz uma grande dupla com o mentor.

 

No que respeita ao Paulo de Carvalho, ele sempre mostrou a sua preferência pela Débora e pela Adelaide. Muitas vezes, as músicas ou, como ele diz, "cantigas" escolhidas não foram as melhores. Ainda assim, a Débora supera a Adelaide em todos os sentidos. O Paulo, com olhos postos no jogo, numa possível vitória, baseado na preferência do público, optou, a meu ver, mal, pela Adelaide.

 

Na equipa da Gisela, os seus meninos preferidos Dinis e Beatriz disputaram o seu lugar na final. A Beatriz tem uma grande voz, e deu show. A escolha da música para o Dinis não foi a melhor. Qualquer um deles poderia passar. Fiquei surpresa por o público ter votado na Beatriz. Achei que iria haver empate e, se fosse o caso, talvez a Gisela optasse pelo Dinis.

 

 

Assim, para mim, a previsão para a final é esta:

 

1º lugar - Agir e Cruz

Foto de Just Duet - O Dueto Perfeito.

 

2º lugar - Héber e Ivo

Foto de Just Duet - O Dueto Perfeito.

 

3º lugar - Gisela e Beatriz

Foto de Just Duet - O Dueto Perfeito.

 

4º lugar - Paulo e Adelaide

Foto de Just Duet - O Dueto Perfeito.

 

Vamos ver se acerto, ou se vou ser surpreendida!

 

 

 

Imagens Just Duet - O Dueto Perfeito

Trabalhos de grupo escolares - sim ou não?

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Uma das questões debatidas, por norma, nas reuniões de encarregados de educação com o director de turma está relacionada com os trabalhos de grupo.

 

Alguns pais insurgem-se contra os trabalhos de grupo. Outros, defendem. Outros ainda, criticam os moldes em que os mesmos são pedidos.

 

Há professores que pedem para os seus alunos fazerem um trabalho de grupo, e deixa ao critério destes a escolha dos colegas de grupo. Nestes casos, é normal que aqueles alunos que se dão melhor, que são mais amigos ou cúmplices, ou que já estejam habituados a trabalhar juntos, formem os seus grupos, deixando os restantes colegas de fora. É disto que os pais se queixam - de exclusão, de ficarem juntos as "sobras" que ninguém quis.

Existem professores que escolhem, eles próprios, os grupos, para que não aconteçam situações como a que atrás mencionei. E depois, queixam-se os pais porque os filhos ficaram com colegas que não queriam, e queixam-se os alunos porque não ficaram com quem mais gostam.

E há pais que, simplesmente, preferem que os filhos façam trabalhos individuais, sem depender de ninguém, sem se sentirem prejudicados por ficar num determinado grupo, sem se sentirem excluídos.

 

Mas, afinal, qual é a verdadeira intenção de um professor ao pedir um trabalho de grupo?

Serão mesmo benéficos estes trabalhos, tanto a nível escolar como da própria relação e interação entre crianças e jovens diferentes, ou serão prejudiciais para alguns alunos?

 

No meu tempo costumavam ficar, nos meus grupos, colegas que trabalhavam na mesma medida que eu, mas outros que se aproveitavam, e deixavam o trabalho nas minhas mãos, porque tinha melhores notas, mais jeito, etc. E o mesmo acontecia noutros grupos. Isto não é justo nem para quem faz, que tem todo o trabalho, nem para quem nada faz, que fica com o mérito sem o ter.

Mas, muitas vezes também, se não fossem esses colegas, não haveria mais ninguém para formar grupo. Por isso, ficávamos juntos.

 

Um trabalho de grupo pode ser uma boa experiência, se o estivermos a fazer com colegas que gostamos ou nos damos bem, de quem somos amigos ou até mesmo, quando juntos pela primeira vez, o trabalho desenvolve-se de forma positiva e se geram novas relações.

Mas também pode ser uma experiência negativa, se estivermos num grupo que não nos diz nada, que não se esforça minimamente, e que não quer saber do trabalho pedido.

 

E, muitas vezes, mais vale só que mal acompanhado!

Eu confesso que, quando estudava, "bicho do mato" como era, preferia fazer trabalhos sozinha, se pudesse escolher.

Não sou contra os trabalhos de grupo, mas parece-me que, qualquer uma das formas de escolha dos parceiros, gerará sempre descontentamento e críticas, por não agradar a todos da mesma forma, seja por que motivo for.

E por aí, o que têm a dizer sobre os trabalhos de grupo?