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O Anselmo Ralph é, dos 4 mentores, o que mais oportunidades dá à maioria daqueles que, nas provas cegas, não viram mais nenhuma cadeira.
É também o que aposta em mais estilos diferentes, nomeadamente, no fado.
Muitas vezes, à custa disso, acaba por ter a equipa mais fraca de todos, que lhe tem garantido o 3º ou 4º lugares, embora seja de louvar, esta atitude dele.
E é, talvez, por isso que, depois, não se compreende as tamanhas injustiças que comete quando chega a fase das batalhas.
No passado domingo, o Anselmo juntou uma concorrente que é, maioritariamente, intérprete de fado, com outra, que não o domina, de todo, a cantar precisamente o quê? Fado!
Que se encontre a voz de Portugal neste programa, e que essa voz seja do fado, nada contra. Que a concorrente cante fado em todas as restantes etapas do programa, nada contra. Mas, numa batalha, ou canta cada um dentro do seu estilo, ou seria bom escolher um tema que não favoreça nem prejudique ninguém de forma descarada, como é o caso.
Ainda antes de cantarem, já sabíamos quem seria a escolhida.
Já não é a primeira vez que o Anselmo faz destas coisas.
Em 2016, cometia a mesma injustiça com a Ana Rita.
A Ana Rita era do fado. A Cristina, do jazz. Na batalha que as juntou, cantaram jazz. Venceu a Cristina. Nem precisávamos de as ouvir para saber quem sairia vencedora.
Há um claro favorecimento das concorrentes preferidas, em detrimento daquelas que querem pôr a andar.
Não é bonito num programa que se quer imparcial.
Mas, haverá algum programa imparcial nos dias de hoje?
Imagem: The Voice Portugal
Ontem tiveram lugar as últimas batalhas do The Voice Portugal, recheadas de bons momentos musicais, grandes injustiças, uma cunha e algum teatro à mistura!
Talvez comece já pela pior batalha da noite
Bárbara x José - qual dos dois o mais fraquinho? Conseguiram estragar a música que, ainda assim, me soou menos mal na voz do José. Mas nenhum deles deveria estar nesta fase, nem tão pouco ir aos Tira Teimas, quando vimos voz atrás de voz, cada uma melhor que as deles, serem despachadas.
As melhores batalhas
Sofia x Margarida - Não sou grande fã da música, mas adorei a voz da Margarida na prova cega e, para mim, ela esteve superior à Sofia, neste tema. O que me parece é que a mentora terá mais confiança em melhores prestações pela Sofia nas próximas fases, e daí ter optado por ela. Para mim, tendo sido escolhida a Sofia, a Margarida deveria ter sido salva, sem qualquer dúvida. Poderia ocupar a cadeira da Cristiana, ou a da Vanessa.
É incrível a quantidade de vozes e timbres tão bons e diferentes que tivemos nesta edição, e foram quase todos embora, ficando os mentores com mais do mesmo.
Como disse a Aurea: "não é preciso grandes malabarismos (que eu traduzi mesmo para gritos) para se cantar e encantar"!
Salvador x Cláudia - outra grande batalha da noite, em que deveriam ter sido salvos os dois. Para mim, teria desocupado o Simão, para lhe dar a vez. Ou até mesmo a Vanessa.
Ricardo x Margarida - estava a ver o ensaio e, por momentos, não percebi se o Ricardo estava a chorar mesmo, ou se era acting. Se tivesse que escolher, ficaria com o Ricardo. É um dos fortes candidatos à final. Mas a Margarida era outra das concorrentes que merecia ser salva pelos outros mentores.
A cunha e o teatro
Marlene x Pedro - O Pedro tinha virado todas as cadeiras na prova cega, a Marlene não. Eu gostei de ambos. Tinha dúvidas de que o Pedro pudesse mostrar versatilidade. Ele conseguiu mostrar, apesar dos nervos. Nesta batalha, gostei muito do dueto, embora a Marlene tenha muito mais presença e expressividade, que falta ao Pedro. Teria compreendido que a mentora escolhesse o Pedro, por achar que futuramente será um concorrente que dará mais luta aos adversários.
Mas, tendo em conta que a Aurea escolheu, para a ajudar nesta fase a Carolina Deslandes, que afirmou conhecer o Pedro desde a infância, já ter cantado com ele, e lhe ter gabado o talento, tornou-se óbvio que a Aurea nunca poderia escolher a Marlene!
É por esta situação, e outras, em que já sabemos, e os mentores também, quem irão escolher, que não compreendo todo aquele teatro que fazem, de estar tão indecisos, de não saberem o que fazer, de estarem tão arrependidos, tristes, em sofrimento.
Tal como não compreendo o teato que fazem, quando é para dar a opinião sobre os concorrentes dos outros mentores "ah e tal, como tu escolheste X, eu escolho Y". Não têm opinião? Têm medo de ferir susceptibilidades?
As divas, mas pouco
Inês x Vanessa - Nesta batalha, concordei com a decisão do mentor, de ficar com a Inês. Continuo a achar que a Vanessa é uma versão da Deolinda, mas sem o talento desta.
Já fui do tempo em que adorava as ditas "divas" da época,como Mariah Carey, Whitney Houston e afins e, nomeadamente, aquelas partes da música em que elas mostravam todo o seu power, já na altura considerado por alguns, de gritos.
Hoje em dia, sou adepta do lema "menos é mais". Há momentos em que fica bem, há outros em que estraga, sobretudo se for em excesso. E não é para todos. Nesse aspecto, achei a Inês um pouco mais contida, e prefiro o seu timbre mais rouco.
As restantes batalhas
Tiago x Fábio x Diogo - é só a mim que o Diogo faz lembrar o Johnny Depp?! Confesso que não me lembro do Diogo nas provas cegas - deve ter sido daqueles que não achei muita piada, e passou-me ao lado. Concordo com a decisão do mentor, embora o Fábio tenha melhorado bastante relativamente à prova cega. O Tiago foi o mais forte dos três.
Jorge x Beatriz - Acho que o Jorge foi, de certa forma, punido pela atitude derrotista que mostrou no ensaio.
Na batalha esteve bem melhor. A Beatriz é mulher de fado, por isso, estava na sua praia, e aproveitou-o ao máximo, destacando-se. Ainda assim, já vimos que o fado não vai longe nestes programas. Mas talvez o mentor já tivesse vozes/ estilos semelhantes aos do Jorge, e daí ter escolhido a Beatriz para os Tira Teimas.
Nas cadeiras do Tudo ou Nada, já livres de perigo, ficaram estes concorrentes
Simão, Cristiana, Frederico e Vanessa
De todas estas edições, algumas conclusões se podem tirar - é difícil compreender que critérios utilizam, ao certo, os mentores, para escolher determinados concorrentes quando, a nós, as decisões parece não ter lógica nenhuma, nem ter nada a ver com aquilo que se procura. Apenas metade dos grandes concorrentes conseguirá seguir em frente, deixando muitos pelo caminho. Só um será vencedor do concurso mas, felizmente, poderão haver outros vencidos que venham a vencer, através de outros recursos. Muitos dos cantores que conhecemos deste tipo de programas, nunca alcançaram o primeiro lugar nos mesmos!
Imagens The Voice Portugal
Alguém por aí assistiu ontem à estreia do The Voice Portugal?
Apesar de pouca televisão ter visto este fim-de-semana, já que a oferta dos canais disponíveis no TDT não era nada de especial, esta era a estreia a que não poderia faltar!
Sim, já sabemos que os critérios dos mentores nem sempre são compreensíveis, e há as habituais injustiças, e também sabemos que estes programas funcionam um pouco como "ponto de encontro familiar", e puxam o público para o sentimentalismo. Nesta edição, a premissa continua.
Os apresentadores e mentores mantêm-se, com todas as suas qualidades e defeitos, com as habituais picardias e momentos caricatos entre eles.
Quanto aos concorrentes desta primeira prova cega, aqui fica a minha opinião:
A primeira prova cega da noite foi, também, o primeiro "momento cortina" e, simultaneamente, o primeiro "momento família", com as irmãs a mostrarem os seus dotes vocais.
Não há dúvidas de que a Inês canta bem, mas o meu pensamento foi instantâneo "a Deolinda a cantar esta música dava-lhe 10 a 0".
O Tiago tem música dentro dele, e isso sente-se por fora!
O único motivo que vejo para participar num programa deste género é tornar-se conhecido, porque pode cantar em qualquer lado, o seu género, com a maior naturalidade.
O André não virou cadeiras, mas animou toda a plateia.
É daqueles concorrentes que tem qualquer coisa de diferente, não suficiente para os mentores, mas que merecia uma oportunidade. Bastante natural e à vontade no palco.
A Salomé fez-me gostar de um música que, na versão original, não gosto.
Poderia ter passado só por isso, mas ela tem grandes qualidades e pode chegar mais longe no programa.
O Afonso é também daqueles concorrentes que parece brincar com a música, sem grande espalhafato, mas com simplicidade.
A Margarida foi uma das minhas preferidas, talvez pela música escolhida, que lhe assenta como uma luva no timbre que tem, e no próprio estilo e maneira de ser, e também pelo seu timbre diferente, que fica logo no ouvido.
A Mónica não virou nenhuma cadeira, mas cantou de forma única a música dos Queen e, neste dueto com a Marisa, claramente preferi ouvir a concorrente!
Tem uma aparência e voz muito masculina. Quanto à primeira, partindo do princípio que não a tinham ainda visto, não seria certamente factor negativo. Quanto segunda, foi mesmo essa característica que a fez cantar daquela forma a música que parecvia feita para ela.
A Ana Paula protagonizou o segundo "momento família da noite", ao ser surpreendida pela avó, que não via há um ano.
Quanto à sua voz, em canto lírico, é muito boa. Mas, à semelhança de outros concorrentes do género, não sei se terá sorte, caso avance nas etapas seguintes.
Nesta prova cega participaram ainda os amigos António e Alfredo, que não foram seleccionados, o Fábio, a Marlene, a Cristiana, e a Inês Paulo, que também não virou uma única cadeira,e prometeu regressar no próximo ano.
A Melânia sagrou-se, nesta oitava gala e depois de várias noites com pontuações baixas dadas pelos jurados, vencedora!
Vitória que só foi possível de alcançar graças aos votos dos seus colegas, porque se dependesse unicamente dos jurados, ainda não seria desta.
Devo confessar que fiquei dececionada porque a Melania, apesar da boa imitação não era, de todo, a que mais merecia a vitória.
Já várias vezes foi mencionado que estão a ser injustiçadas algumas imitações e respectivos concorrentes, e tenho que concordar.
Na noite de sábado, a Maria Sampaio foi, para mim, a melhor imitação. Tal como já o tinha sido com o seu Prince. o Sérgio Rossi também esteve muito bem, e nem sempre é devidamente votado. Por outro lado, apesar de nºao gostar do Darko, não achei que tivesse sido uma má imitação, como referiu Luís Jardim.
Assim, para mim as melhores imitações foram:
As intermédias:
E as menos conseguidas:
Quanto às convidadas especiais, sem comentários!
E o José Carlos Pereira como Seal, foi para esquecer. Pareceu-me mais um "Dwayne Johnson", e a desafinação foi notória.
Imagens http://www.tvi.iol.pt/