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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O fruto proibido...

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... é sempre o mais apetecido!

Já dizia o ditado, e é verdade.

Basta, a uma pessoa, não ter à sua disposição alguma coisa, para a querer.

 

Como aquelas crianças que fazem birra, e não descansam enquanto não convencem os pais a comprar um determinado brinquedo, apresentando mil motivos diferentes pelos quais o devem fazer e, depois, quando finalmente o têm na mão, brincam 2 ou 3 vezes, e perdem o interesse.

 

Porquê?

Porque já o têm.

Porque já satisfizeram o seu capricho.

E talvez porque, afinal, não queriam assim tanto. Ou queriam, mas não pelo brinquedo em si. Apenas para dizer que tinham. 

 

E isto aplica-se a tudo na vida. 

Seja bens materiais, oportunidades, ou relações.

 

Quantas vezes, temos as coisas ali à nossa frente, e nem ligamos, até deixarmos de ter, e percebermos que, afinal, queremos.

Mas, até quando?

Será um sentimento real, ou apenas a frustração da perda?

Será um mero erro cometido, que agora se quer corrigir, para não mais voltar a errar? Ou apenas um impulso do momento?

Será um desejo verdadeiro, ou pura teimosia? Inveja de quem possa vir a dar valor àquilo que desperdiçámos? 

Uma resolução reflectida e amadurecida de quem, realmente, não quer voltar a desperdiçar o que antes ignorou? Ou um capricho passageiro?

 

 

"Está Tudo Bem?"

(hábito, formalidade ou real interesse?)

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Quantas vezes nos fazem esta pergunta?

E, quantas outras, somos nós a fazê-la a alguém?

Está tão enraizada nas nossas interações diárias que, mais do que uma pergunta, parece mais um prolongamento do cumprimento ou saudação da praxe: "Olá, tudo bem contigo?" ou "Bom dia. Como estás?".

E, como tal, sem esperar, necessariamente, uma resposta de volta. Ou, eventualmente, o também habitual "Está tudo bem! E contigo?" que, por sua vez, será respondido de forma semelhante. Com o que se espera ouvir. 

 

Ou será que, realmente, fazemos a pergunta, mais do que por hábito ou formalidade, com verdadeiro interesse, e com intenção de ouvir uma resposta genuína?

Será que, quando isso acontece, nos disponibilizamos para ouvir? Ou arrependemo-nos, no instante seguinte, de ter feito a pergunta? Porque, lá está, esperávamos a resposta do costume, também ela dada por uma questão de educação, porque assim mandam as regras de etiqueta?

 

E quando nos fazem a pergunta, respondemos sinceramente, ou cortamos o "embaraço" mútuo por ali, com a resposta pré-fabricada na ponta da língua, que fica sempre bem em qualquer ocasião?

 

 

Para que serve mesmo um "médico de família"?

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"O médico de família está focado no indivíduo como um todo, no seu contexto familiar e social, promovendo o seu bem-estar físico e psíquico, para que o paciente possa viver na plenitude das suas faculdades.

Este médico é o pilar dos cuidados de saúde e é responsável por coordenar todos os aspetos do mesmo, trabalhando em sinergia com outras especialidades, no melhor interesse do doente.

O médico de família aborda todo o tipo de doenças de todo o tipo de sistemas, em todas as faixas etárias e em ambos os géneros. Observa e orienta doentes com queixas respiratórias, cardíacas, urinárias, musculares, neurológicas e outras. ", de cuf

 

No outro dia, em conversa com o meu irmão, questionei-me para que serve mesmo um médico de família.

No verdadeiro sentido da palavra. 

E que diferença encontramos entre esse, e um qualquer outro médico que nos atenda, em substituição do primeiro.

 

Isto, a propósito de a nossa médica de família se lembrar, agora que o meu pai tem 81 anos, e por conta de uma dor que tem na sequência de uma queda, de passar um exame para diagnóstico de osteoporose.

E se tiver? De que adianta agora?

Não deveria ter passado esse exame há uns 10/ 20 anos atrás? Para que fosse possível prevenir?

Isto é só um exemplo.

Posso dar mais.

 

Há já alguns anos, queixei-me à médica de família que costumava ter enxaquecas.

Resposta: nesses dias, deitas-te na cama, às escuras e em silêncio, até passar, e pões o teu marido a fazer as tarefas domésticas. Se necessário, tomas comprimidos.

Nunca teve a iniciativa, ou me perguntou se eu queria que me encaminhasse para a especialidade, para descobrir a causa das enxaquecas, e ver o tratamento mais adequado. 

 

É suposto um médico de família conhecer bem o seu doente.

No entanto, acompanhando-me desde a infância, nunca me alertou para o perigo dos meus imensos sinais no corpo, ou me aconselhou a ser vigiada por um dermatologista, por prevenção.

 

Em 2021, fiz uns exames que deveriam ser repetidos, para controlo.

Em 2023, fui à médica, e ela nem se lembrou disso.

A ideia que dá é que a pessoa vai lá, queixa-se de qualquer coisa, e é nisso que se foca (quando se foca), esquecendo o resto.

Aliás, pelo que vejo, qualquer informação mais antiga já nem consta no processo.

 

Então, pergunto-me eu: será que os médicos de família, hoje em dia, acompanham os seus pacientes como deveriam?

Por vezes fico com a sensação de que, indo a outro médico do mesmo centro de saúde, à falta de vaga para a médica de família, sou melhor atendida. E que há uma maior preocupação e interesse.

 

A minha mãe, por nunca ir às consultas, perdeu a médica de família.

Passou para outra unidade (onde estão os utentes sem médico de família), e foi-lhe atribuída outra médica.

Posso dizer que, da única vez em que precisou dela (infelizmente já tarde demais), a médica foi mais prestável, expedita e atenciosa, que a nossa médica de família.

 

Agora que a médica de família está prestes a reformar-se, será que as coisas vão ser piores?

Sei que, em vários centros de saúde, as coisas são um descalabro, quer a nível de comunicação, de marcação de consultas, ou emissão de credenciais para exames.

Médicos de família ausentes, de baixa ou sem vagas.

Aqui até vai funcionando.

E acredito que, talvez, não seja assim tão mau a nossa médica de sempre ir embora.

Quem sabe, não fica alguém melhor no seu lugar...

 

E por aí, qual a vossa experiência com médicos de família?

Leitura em contexto escolar: prazer ou castigo?

A leitura faz você feliz: 10 boas razões para ler mais - greenMe

 

É certo que, com todas as novas tecnologias, redes sociais e outros entretenimentos mais cativantes, os jovens, e até mesmo os adultos, tendem a ler cada vez menos, deixando a leitura para um quinto ou sexto plano.

Se estiverem a estudar, aí sim, terão que, forçosamente, dedicar algum tempo à literatura, mesmo que não queiram.

Sempre assim foi. E esse era um dos motivos para, ao contrário do que seria a intenção, começarmos desde logo a "odiar" livros.

Porque eram leituras que não compreendíamos. Que  não nos diziam nada. Que eram aborrecidas e maçantes.

A ideia de fomentar a leitura nos mais novos não se tornava um prazer, mas antes um castigo.

 

Em pleno século XXI, continua tudo igual.

No ano passado, a minha filha tinha que escolher, de entre uma lista, um livro para ler, e fazer uma apresentação sobre ele.

Os melhorzitos, 5 ou 6, já tinham sido escolhidos. E tudo o resto não tinha o mínimo interesse. 

Em acordo com a professora, conseguiu fazer o trabalho sobre um livro que não estava na lista, mas que estava dentro dos mesmos temas e contexto.

 

Este ano, a professora de português enviou-lhes uma lista para um trabalho semelhante.

Praticamente, as mesmas obras do ano passado. Muita poesia. Livros que nem eu, ávida leitora, tenho interesse ou vontade de pegar neles. Quanto mais jovens de 17 ou 18 anos, que não fazem da leitura um hábito.

O que vai acontecer é escolherem um livro, por falta de opções, já contrariados, fazerem o trabalho sem o mínimo interesse, não perceberem nada do que leram e jurarem que, quando não forem mais obrigados, não voltam a pegar num livro!

 

De todos, só um sobressaiu. O primeiro da lista. "O Vendedor de Passados", do autor José Eduardo Agualusa.

Disse-lhe para escolher esse. Vamos ver se tem sorte.

The Greatest Showman: um filme em que as músicas se sobrepõem ao conteúdo

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Não sou muito fã de musicais, nem mesmo em desenhos animados.

Gosto de uma ou outra música marcante, em cenas que a pedem, mas pouco mais do que isso. 

Um filme que é mais cantado, do que falado, acaba por saturar, e me fazer perder o interesse no mesmo.

 

Relativamente ao The Greatest Showman, apesar da publicidade feita ao filme na altura em que saiu, nunca cheguei a ver.

Mais tarde, ao ouvir algumas músicas de que gostava, e ir pesquisar, percebia que eram do filme.

 

Há uns tempos, andava eu a percorrer os canais, a ver o que iria ver, quando me deparo com a exibição de The Greatest Showman.

E vi-o.

Acho que foi o primeiro filme que me cativou pelas músicas, uma quase atrás da outra, quase cada uma melhor que a outra.

Atrevo-me até a dizer que as músicas se sobrepuseram ao conteúdo, porque na verdade, apesar da mensagem, não considerei que o filme fosse assim algo de extraordinário.

Não é um filme que veja outra vez, ou que me tenha marcado. A não ser, lá está, pela excelente banda sonora!

 

Temas como "A Million Dreams", "Never Enough", "Rewrite the Stars" ou "This Is Me" não se esquecem.

Pronto, também destaco a interpretação e versatilidade do actor/ cantor Hugh Jackman.