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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

As resistentes

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Num daqueles dias cinzentos, em pleno inverno, eis que, nas árvores, ainda encontramos algumas folhas resistentes, que teimam em permanecer, em vez de se deixarem levar.

 

 

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Quem sabe, por quanto mais tempo, ali aguentarão, sem seguir o mesmo destino daquelas que, há muito, se foram, deixando o espaço vazio.

 

 

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É a passagem de testemunho, deixando, de forma subtil, a marca da estação vencida, na nova estação, que vai ocupando o seu lugar, e assumindo as rédeas. 

 

 

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As resistentes, essas sabem que, mais cedo ou mais tarde, vão ceder ao seu destino. 

 

 

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Até lá, vão fazendo companhia umas às outras, e ornamentando os galhos despidos que, também eles, com sorte, um dia destes, terão o seu fim.

 

 

Mas ainda há covid?!

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Pois, parece que veio para ficar.

Embora já ninguém queira saber.

Embora já quase nem se fale de covid.

Até porque, neste inverno, a Gripe A veio tirar-lhe todo o protagonismo.

E, ainda que assim não fosse, actualmente tudo é considerado, como antigamente, uma simples constipação ou gripe, e tratado como tal.

 

Mas ainda há covid.

A prova disso foi o teste positivo do meu marido, o da minha filha e, agora, o do meu pai.

E eu?

Até agora, os 3 testes que fiz deram negativo, mas acreditem que me sinto com covid psicológica: não tenho, mas de tanto ver positivos à minha volta, até parece que já estou com sintomas!

1 Foto, 1 Texto #22

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Na natureza, como na vida, nem tudo (todos) estão nas mesmas fases, ao mesmo tempo.

Nem todos, nas mesmas circunstâncias, têm a mesma disposição.

Cada um vive o momento de forma distinta.

 

Tal como na natureza, temos tempos, sentimentos, vivências e experiências diferentes.

O que a uns alegra, a outros entristece.

O que, para alguns, parece desinteressante, para outros, é maravilhoso.

O que, para uns, traz energia e boas memórias, para outros, pode ser pesaroso.

 

Tal como as árvores, que se despem das suas folhas, enquanto outras começam agora a florir.

Quando uns estão no auge, outros ainda não chegaram lá. E outros já estão a envelhecer.

Faz parte do ciclo.  

Todos o percorremos, ainda que nem sempre nos cruzemos com os demais. 

 

Na natureza, como na vida, é preciso adaptar.

Uns dão-se melhor com o calor. Outros com o frio.

Uns gostam mais de espaços verdes e floridos, enquanto outros  preferem os tons terra e avermelhados dos ramos e folhagens secas, e o chão coberto de mantas de folhas.

 

Mas, no fundo, o mais importante é aceitar e respeitar o outro, coexistindo e convivendo em harmonia, porque todos temos um papel a desempenhar neste mundo.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto 

Inverno: primeiras imagens

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Por entre o verde que circunda, eis que um malmequer sobressai.

Como uma luz, que nos quer iluminar.

Como um sol, que nos aquece o coração.

Como um sorriso, que nos anima o dia.

 

 

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Para nos lembrar que as lágrimas também podem ser de alegria.

Também podem ser de esperança.

De gratidão.

 

Como um porto seguro.

Onde um pequeno caracol repousa, e se aconchega.

Como também nós o fazemos.

 

 

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E para nos recordar que tudo faz parte da vida.

Tudo tem o seu tempo.

Tudo tem o seu valor, a sua beleza.

Tudo tem uma razão de ser.

 

A vida é um conjunto breves instantes que se vivem.

Que nos são permitidos experienciar. Apreciar.

Que se gravam na memória.

Ou que se desvanecem...