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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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A Linguagem Secreta das Irmãs - Luanne Rice

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Mais um livro que tinha por lá guardado há algum tempo, e que li nestes últimos dias.

Foi a minha estreia também com esta autora, e posso-vos dizer que gostei muito, embora o título não me pareça o mais apropriado para a história.

É que, baseada no título, estava à espera de ver uma forma muito própria e especial destas duas irmãs se comunicarem, quando mais ninguém conseguia, mas não é isso que acontece, nem é tanto sobre isso que se foca o enredo, embora a relação forte e única entre irmãs esteja presente.

 

Ruth Ann - Roo, e Mathilda Mae - Tilly, são duas irmãs com uma diferença de dois anos de idade, sendo Roo a mais velha e, para muitos, a mais bonita, a mais talentosa, a mais especial, aquela que possui "poesia de vida"!

Tinha um futuro promissor à sua frente, estando a preparar-se para se candidatar à universidade no próximo ano lectivo. Enquanto isso, ia completando o seu portfólio de fotografias, que adorava tirar, e cujas imagens conseguia captar como ninguém.

Tilly era a irmã mais nova. Ambas tinham uma relação especial, e eram muito amigas, embora Tilly sentisse, por vezes, alguns ciúmes da irmã e, de certa forma, um sentimento de inferioridade, por não ter tantas qualidades e talento como Roo.

Naquele dia, Tilly estava à espera da irmã. Roo tinha ficado de ir buscá-la mas, pela primeira vez na sua vida, Roo estava atrasada. Tinha feito várias paragens pelo caminho, para fotografar.

Tilly estava possessa e enviou mensagem atrás de mensagem para o telemóvel da irmã, a demonstrar isso mesmo. Roo, que tinha por lema nunca enviar mensagens enquanto conduzia, mas vendo que a irmã não sossegava, quebrou as regras, e enviou-lhe uma simples mensagem a dizer que estava a 5 minutos.

Foi uma mensagem curta, mas suficiente para a distrair da sua condução, para a fazer perder o controlo do carro e, ao tentar evitar o atropelamento de uma senhora idosa e do seu cão, capotar e cair pela ribanceira, direito ao rio.

Este será o primeiro tema abordado pela autora. Porque continuamos a ver constantemente pessoas a falarem ao telemóvel, enquanto conduzem, bem como a ler ou enviar mensagens, apesar de saberem os riscos que correm.

 

Na sequência do acidente, a vida de Roo irá mudar para sempre. Aparentemente em coma, os médicos descobrirão, mais tarde, que ela está consciente, mas sofre de Síndrome de Encarceramento, uma doença neurológica rara, em que ocorre paralisia de todos os músculos do corpo, com exceção dos músculos que controlam o movimento dos olhos ou das pálpebras.

Nesta doença, o paciente fica preso dentro do seu próprio corpo, sem conseguir movimentar ou comunicar, porém mantém-se consciente e intelectualmente ativo.

Não existe cura para esta doença, apenas alguns tratamentos que podem atenuar os sintomas, e tecnologias que podem ajudar as vítimas a comunicarem com as outras pessoas. 

Roo fica, assim, com os seus sonhos totalmente destruídos. Como se isso não bastasse, vai perceber a proximidade entre o seu namorado, com quem tinha intenção de terminar, e da sua irmã e melhor amiga, e isso vai abalar a relação entre as irmãs.

 

Serão elas capazes de ultrapassar estes percalços? Conseguirá Tilly viver com a culpa pelo acidente da irmã? Conseguirá Roo perdoá-la? Haverá culpados?

Conseguirá Roo aceitar o seu problema e a nova vida que a espera? Haverá no meio de tudo isto, alguma chance para o amor?

 

Eu recomendo este livro!

 

 

E deixo-vos aqui algumas histórias reais de pessoas que foram vítimas desta doença:

Martin Pistorius

Kate Allatt

Christine Waddell

Richard Marsh

 

 

 

 

 

Sobre o Frozen - O Reino do Gelo

 

Ontem foi o dia escolhido para o ver. Mas, ao que parece, não fomos os únicos!

A sessão das 15.30h no Dolce Vita Miraflores estava esgotada. A das 18.30h, quase. Decidimos ir a Odivelas. Não tivemos melhor sorte. A das 15.50h, esgotada. Achámos mais seguro comprar, então, os bilhetes para a sessão das 18.20h que, como viemos mais tarde a confirmar, estava completamente lotada. Logo aí, pensámos - o filme promete!

 

Embora tenhamos esperado mais de duas horas e os miúdos (e até nós), já estivessem saturados e não vissem a hora de ir para a sala, valeu a pena a espera.

Ao mesmo nível do Entrelaçados ou do Brave - Indomável, Frozen só tem, na minha opinião (e na de muitos que o estavam a ver), uma coisa que o desfavorece em relação aos outros - demasiada música logo no início do filme. Acaba por se tornar um pouco irritante e vemo-nos a desejar que a personagem acabe com a cantoria de uma vez.

No entanto, daí em diante, começa a entusiasmar, a cativar, a divertir, a emocionar...

Um dos meus momentos favoritos é, curiosamente, musical. Mas aí tem um efeito muito diferente! É forte e excelentemente bem inserido. O mérito deve-se, em grande parte, à música da Demi Lovato - Let it go (nesta parte cantada em português).

As personagens Sven (a rena) e Olaf (o boneco de neve) proporcionam cenas divertidas e ternurentas.

O príncipe Hans e o bronco Kristoff representam o contraste entre o príncipe de sonho de qualquer princesa e o sapo. Mas os príncipes dos sonhos nem sempre são o que parecem...E os sapos podem transformar-se...

 

A moral da história:

Há muitas formas de interpretar uma expressão e lhe atribuir um significado que, nem sempre, é o correcto. A história fala do amor entre duas irmãs que, inseparáveis e unidas, se viram, de repente, obrigadas a crescer isoladas uma da outra até se tornarem adultas. Elsa, vive isolada para não magoar a irmã. E Anna, tem saudades dos tempos em que tudo era diferente.

Anna conhece o príncipe, e apaixona-se, considerando-o o seu grande amor. Kristoff, apaixona-se por Anna, mas sabe que não tem hipóteses porque ela está noiva de Hans.

Quando a irmã, Elsa, acidentalmente, congela o coração de Anna, é dito a esta que só um gesto de amor verdadeiro o poderá derreter e devolver-lhe a vida. Todos assumem que é necessário levar Anna de volta para o príncipe Hans, o único capaz de a salvar com o seu beijo. Mas Hans não o pode fazer. E quando Kristoff enfrenta tudo para a salvar, Anna, ao ver a sua irmã em perigo, coloca-se à sua frente ao mesmo tempo que se transforma em estátua de gelo. Kristoff chegou tarde demais, e Anna abdicou da sua vida para salvar a irmã. Terá sido esse, precisamente, o gesto de amor verdadeiro? Para saberem, terão que ver o filme! 

 

E quando achámos que já tínhamos rido e chorado tudo, vem a cereja no topo do bolo: a versão original da música, agora sim cantada pela Demi Lovato, que se torna ainda mais poderosa e derruba as poucas defesas que ainda tínhamos! 

Para mim, é o grande filme deste Natal!