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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

À Conversa com Júlio Ferreira

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Júlio Ferreira nasceu em Lisboa, mas foi o nosso concelho que escolheu para sua residência.

O seu gosto pela escrita começou cedo. No entanto, foi em 1993 que começou a dedicar-se à poesia, adotando o pseudónimo de Loki, uma divindade da mitologia nórdica.

E é dedicada à poesia a sua primeira obra “Despoesia”, que irá apresentar no dia 11 de Fevereiro, na Casa de Cultura D. Pedro V, em Mafra.

Antes, aceitou participar na rubrica "À Conversa Com..." e dar-se a conhecer um pouco mais aos futuros leitores. Deixo-vos com a entrevista:

 

 

 

Quem é o Júlio Ferreira?

Boa pergunta, e é uma pergunta que já cheguei a colocar a mim próprio, em determinados momentos da minha vida.

Eu gosto de pensar, e considero, que o Júlio Ferreira é uma boa pessoa, mas claro com todos os defeitos inerentes à minha condição humana, e acredito que aqueles que me conhecem, lidam e privam comigo partilham desta opinião que tenho acerca de mim.

 

 

Como, e quando, é que a escrita surgiu na sua vida?

No meu caso antes da escrita, o que surgiu mesmo foi aquilo que chamo de imaginação extremamente fértil e que, felizmente, ainda hoje possuo. Vou dar-lhe um exemplo de quando eu era miúdo: tinha uns 7/8 anos e, às vezes, à noite, quando ia dormir, antes de o fazer imaginava que a minha cama era uma nave espacial e eu acabava por adormecer a fazer grandes viagens pelo espaço.

O escrever algo já com alguma continuidade, digamos, foi só mesmo aos 13 anos, que foi quando comecei a escrever a cronologia do meu país imaginário.

Recordo que na altura foi escrito em folhas quadriculadas para ter mais espaço por causa dos eventos cronológicos e foram muitas as folhas, desde a fundação que data do período Romano de Júlio César, até à altura que parei de escrever, em que já ia a meio do século XVI.

Mas o querer escrever mesmo a sério, e começar a fazê-lo, foi aos 19 anos quando comecei a escrever poesia.

 

 

Por norma, aqueles que gostam de escrever também são leitores ávidos. É o caso do Júlio?

Eu sei que pode soar estranho ou mesmo “chocante”, mas de modo nenhum.

Eu não leio absolutamente nada.

A minha justificação, se é que é válida (e tirando eu, não haver muitos mais a terem esta opinião) é que eu, ao não ler nada, também não sou influenciado por nada.

Claro que terei como consequência limitar-me só, e apenas, às minhas capacidades, o que pode trazer bons ou maus resultados naquilo que escrevo.

 

 

Quais são os escritores que mais admira, portugueses e internacionais?

São sem dúvida e sem conhecer a totalidade da obra de qualquer um (muito longe disso), Alexandre O´Neill, Fernando Pessoa e Bertold Brecth (autor do meu poema favorito).

 

 

Em que é que o Júlio se inspira para escrever?

Na Inspiração e no sentir!

Sentar-me num sítio qualquer, pegar na caneta e no bloco e escrever o que vier no momento.

Inspiro-me em mim, nos meus sentimentos, nos meus medos, nos meus sonhos, nas minhas fantasias e divagações, inspiro-me nos outros de igual forma e por vezes com um sentir oposto.

Isto é como eu me inspiro para escrever a minha poesia, porque na prosa recorro à minha criatividade, se bem que os “rasgos” inspirativos são sempre bem-vindos.

 

 

 

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“Despoesia” é a sua primeira obra, a ser lançada no próximo dia 11 de Fevereiro. O que é que os leitores podem encontrar neste livro?

A minha pretensão é que os leitores descubram uma poesia intensa.

 

 

Para além da poesia, o Júlio gosta de se aventurar noutros estilos literários?

Eu não gosto, eu adoro!

Sem dúvida a prosa, porque me permite dar largas à minha imaginação.

 

 

 

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Qual foi a maior dificuldade com que se deparou, para conseguir lançar “Despoesia”?

Encontrar e corrigir os erros ortográficos! Foram mesmo muitas, as dezenas de vezes que li, e reli, e voltava a encontrar mais um.

Tenho a agradecer à senhora Susana Castelão, pela sua disponibilidade e amabilidade em fazer uma revisão.

Sem dúvida essas foram as minhas maiores dificuldades, porque tive a sorte de encontrar uma editora que achou o meu trabalho interessante e decidiu apoiar-me na concretização de lançar o Despoesia.

 

 

Ver este livro “ganhar asas e voar” para as mãos dos leitores é a concretização de um sonho?

Claro que é!

É mesmo o concretizar de um sonho que foi adiado já por duas vezes e pronto, à terceira é de vez.

E estou imensamente feliz com esse momento que se aproxima como é óbvio, e acredito que vai correr bem.

 

 

Neste momento, o Júlio quer apenas dedicar-se a promover a sua primeira obra, ou já está em vista um segundo livro?

Claro que o Despoesia será a prioridade, contudo antes, durante o processo que vai culminar no dia 11 de Fevereiro com o lançamento do Despoesia, eu nunca deixei de escrever. Fosse poesia ou prosa continuei sempre a fazê-lo, e continuo, desde que sinta inspiração e criatividade para tal.

Porque na minha opinião e falando no meu caso concreto, sem estas duas é quase inútil eu escrever o quer que seja, e das vezes que o tentei fazer apenas com a vontade, o resultado foram coisas inacabadas.

Mas claro que isso sou apenas eu.

 

E para terminar quero agradecer-lhe Marta, pela oportunidade que me concedeu em poder dar esta entrevista para o seu blogue!

 

 

Muito obrigada, Júlio, e votos de muito sucesso!