Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Desafio de Escrita do Triptofano #4

A Bela e o Jogador

thumbnail_Desafio_Triptofano_4.jpg

 

Jogador: Surpreendida?

Bela: Deveras.

Jogador: Queria passar algum tempo contigo. E uma partida de xadrez pareceu-me um bom desafio.

Bela: Para ti? Ou para mim?

Jogador: Para ambos.

Bela: Vamos, então, elevar a fasquia ao desafio. Se tu venceres, continuarei tua prisioneira. Se eu te vencer, libertas-me para sempre!

Jogador: Mas tu já és livre! Não te tenho acorrentada. Tão pouco, amordaçada. Dou-te tudo o que queres. Faço tudo o que me pedes.

Bela: Então, não terás qualquer problema em aceitar o desafio.

Jogador: Certo. Assim seja. Mas sabes que tudo o que faço é para te proteger. Há por aí muita gente que não te quer bem.

Bela: E julgas que eu não me sei defender sozinha e, por isso, preciso de ti?

Jogador: Eu sei que até te podias defender. Mas eu amo-te. E que ama cuida.

Bela: Claro! Como quem cuida de uma flor muito sensível que, à mínima intempérie, se pode quebrar!

Jogador: Eu não te considero frágil, mas com a minha força, aliada à tua, somos mais fortes.

Bela: Pois... Se tu dizes...

Jogador: Acredita. Já tenho muita experiência. Sei do que falo.

Bela: E no xadrez, também és assim tão experiente?

Jogador: Não me quero gabar, mas costumo sair vencedor.

Bela: A sério?! A mim, parece-me que talvez tenhas esquecido algumas regras fundamentais.

Jogador: De que regras falas?

Bela: A primeira, é nunca misturar jogo com amor! Tira-te o discernimento.

Jogador: Achas? 

Bela: Tenho a certeza! A segunda regra é perceber que a paciência é uma virtude, e pode ser a tua melhor aliada. Sobretudo, no xadrez. Se a perdes, perdes-te. E tu, acabas de perder. Xeque-mate!

 

Texto escrito para o Desafio de Escrita do Triptofano

 

Também participam:

Bii Yue

Ana de Deus

Triptofano

Maria Araújo

Cristina

Bruno

Maria

 

 

 

 

Não vale tudo por jogo... ou será que vale?

JogosMaisPopulares.jpg

 

Em qualquer jogo, como na vida, existem regras.

E, ainda que essas não sejam infringidas, há que saber estar.

 

Um jogo é um jogo e, como tal, sendo o objectivo ganhá-lo, cada um usa a estratégia que melhor lhe servir, para chegar à vitória.

Essa estratégia poderá ser individual, a pares, ou em grupo, ainda que só um acabe por sair vencedor.

Também na vida, usamos as ferramentas que estão ao nosso alcance, e ajudamos, ou somos ajudados, a conquistar os nossos objectivos.

Em ambos se elaboram planos, se tentam alcançar metas.

Em ambos  - jogo e vida real - temos, por vezes, meio mundo contra nós. Temos obstáculos. Temos barreiras.

Em ambos nos sentimos mais fortes, em determinados momentos, e vamos abaixo, noutros.

Mas em nenhum deles deveria haver agressões, seja elas físicas ou verbais, desrespeito, atitudes infantis e vingativas. 

Em nenhum deles deveria haver uma vitória, "espezinhado" os outros.

 

Quando se trata de reality shows, nomeadamente, o Big Brother, há sempre várias hipóteses: ou a pessoa está em personagem, ou encara o jogo como aquilo que é, um jogo, e vai delineando a sua estratégia que poderá passar por alternar entre si próprio e personagem, ou não, ou a pessoa assume, como muitos concorrentes fazem, que são eles próprios, e que mostram aquilo que são.

A julgar por esta actual edição, e se aquelas pessoas estão a mostrar aquilo que são, estão a mostrar que vale tudo por jogo.

Que o jogo está acima das "amizades", das relações, dos sentimentos.

Que o jogo está acima da imagem que possam passar cá para fora, e que as prejudica mais do que ajuda.

Que vale insultar, massacrar, humilhar, armar-se, viver em clima de constante guerra, desrespeitar, por dinheiro

E que vale, ao mesmo tempo, por vingança, acabar com o prémio pelo qual estão a lutar, deixando de fazer sentido continuar lá a fazer o que quer que seja.

 

Quando as pessoas começam a ficar perdidas, sem rumo, sem argumentos, sem nada que justifique as suas acções, então, se calhar, é melhor para para pensar no que está a fazer.

Ainda é ela própria? Ainda está em personagem?

Onde acaba uma, e começa a outra?

 

O que não se percebe, também, é aqueles concorrentes que se afirmam genuínos e, depois, a cada gesto irreflectido que fazem, que depois traz consequências, mostrarem-se arrependidos, e afirmar que não são aquela pessoa, que não são assim. Então, em que ficamos? São, ou não são? Ou é conforme convém?

Gosto de jogo limpo. Jogo sujo, nem tanto. 

 

E depois, há aqueles que apelam para que as pessoas que os criticam tenham alguma consciência do que dizem, e do que acusam, porque por vezes fazem críticas de mau gosto e acusações graves.

Pois eu diria para os mesmos, e para quem os defende, que essa consciência deve começar por quem tem as acções.

E que parece não medir, pesar, perceber o impacto e as repercussões que as mesmas podem ter, para si, e para quem os rodeia.

Será que compensa queimarmo-nos, por jogo e dinheiro?

 

Ninguém gosta de jogar um jogo sem regras

Dados no ensino de potências - Brasil Escola

 

Ninguém gosta de jogar um jogo sem regras.

Um jogo em que não se sabe o que é suposto fazer. Ou como agir.

Em que não se sabe o que poderá levar a penalizações. Ou o que trará vantagens.

Onde tudo pode mudar e virar de pernas para o ar, quando menos se espera.

Onde, havendo mais jogadores, cada um poderá fazer, à falta de pré definidas, as suas próprias regras, gerando o caos.

 

Ninguém gosta de jogar um jogo sem regras.

Porque, num jogo onde não existem, ou não se conhecem, as regras, nenhuma vitória será totalmente justa...

Depois d' "A Rede"...

Resultado de imagem para a rede conceição lino

 

... acho que vamos andar todos desconfiados sobre aquelas pessoas que temos adicionadas no facebook, e que não conhecemos pessoalmente!

Não se vá dar o caso de ser um perfil falso, uma personagem inventada, uma pessoa fictícia.

 

 

A verdade é que, quando nos inscrevemos e utilizamos este tipo de redes sociais, sabemos os riscos e perigos que corremos, sabemos que nem tudo o que por lá se vê é verdade, que cada um diz e coloca lá o que mais lhe convém, e que há muito boa gente que faz, de enganar e manipular os outros, o seu modo de vida, sobretudo se conseguir lucrar alguma coisa com isso.

E se não sabemos, é porque somos mesmo muito ingénuos, ao ponto de acreditar em tudo o que vemos, sem desconfiar, sem duvidar.

 

 

Claro que, apesar de tudo isso, não estamos livres de sermos apanhados no meio de uma rede como esta, de que fala a reportagem de Conceição Lino.

A forma como é engendrada, de forma a que tudo pareça real e credível, torna mais difícil desconfiar de que algo não bate certo, até porque, por um lado, temos tendência a acreditar que ninguém tem necessidade de estar a enganar os outros e, por outro, temos tendência a solidarizar com as desgraças alheias e a criar empatia por quem por elas passa.

 

 

Hoje será transmitida a terceira e última parte desta reportagem, que nos mostra como Sofia conseguiu arrastar para a sua "rede", Nuno, Maria, Ana, Margarida e até Irene, mãe de Nuno.

E talvez aí se consiga perceber qual o principal objectivo de toda esta história inventada, o porquê de envolver estas pessoas, ou a necessidade de o fazer.

Para além de ter feito Nuno apaixonar-se pela imagem e personagem por si criada, ainda conseguiu arrastar outras pessoas desconhecidas, que com ela criaram laços por conta do seu drama, e que passaram a fazer parte da sua falsa vida.

 

 

Porquê? 

Por prazer em brincar com os sentimentos, emoções e vida das pessoas?

Para se sentir mais poderosa, capaz de controlar estas pessoas, e fazê-las jogar o seu jogo sem o saberem, como marionetas nas suas mãos?

O que ganhou esta mulher com toda esta trama inventada?

 

 

E sim, é perfeitamente normal que as pessoas envolvidas estejam revoltadas, e se sintam usadas, manipuladas, enganadas. Que se sintam frustradas consigo mesmas por terem estado tão cegas durante todo aquele tempo, por não terem desconfiado de nada, por terem engolido toda a história de boa fé, sem se questionarem.

 

 

No entanto, embora condenando a atitude desta mulher, não posso deixar de constatar que, apesar de tudo, ela acabou por, de certa forma, dar um sentido à vida destas pessoas que com ela se envolveram.

No caso de Nuno, apesar de todo o desgaste, abuso e chantagem emocional, durante aquele tempo, ele teve um objectivo na sua vida. Se precisava? Se calhar, sim. 

Não criticando a sua atitude, que qualquer um de nós poderia ter, a verdade é que sendo ele um homem bem resolvido, de bem com a vida, com o seu trabalho, amigos e família estruturada, que necessidade tinha de se envolver com alguém, desta forma, sem nem sequer a conhecer pessoalmente? 

A necessidade de se apaixonar. Faltava essa parte na sua vida, e foi por aí que a suposta Sofia atacou.

 

 

Quanto às restantes, todas afirmam que, a determinado momento, foi essa Sofia que lhes deu força e apoiou em situações mais delicadas que elas próprias passaram. Que acabaram por desabafar os seus problemas com ela, e de receber uma força do outro lado que não esperavam.

Ou seja, estas pessoas precisavam de alguém que as ouvisse, com quem pudessem conversar, sem julgamentos. E Sofia aproveitou-se dessa necessidade.

Por outro lado, o facto de apoiarem uma pessoa tão jovem, que sofria de cancro mas que, apesar de tudo, parecia sempre de bem com a vida e bem disposta, também lhes deu um sentido à vida, um propósito. Sentiam-se úteis, por ajudarem alguém. Mais uma vez, Sofia encarregou-se disso.

 

 

E por aqui se pode perceber que, quem planeia engendrar uma teia ou rede como esta, vai procurar pessoas que, à partida, sabe que precisam de alguma coisa, que estão mais susceptíveis, que fazem destas redes o seu escape do dia-a-dia, que procuram fazer amizades e travar novos conhecimentos nas redes sociais, que têm aquilo de que precisa para que mordam o isco.

São estratagemas planeados, bem estudados para que tudo bata certo, construídos ao pormenor, com tempo, e orquestrados por uma mente perversa ou, simplesmente, doente. 

Fazer várias vozes diferentes, e personagens diferentes, fingir uma doença, fingir lágrimas e desespero, inventar mortes de familiares, e acidentes, não é para todos.

Mas, que há pessoas capazes disso, e muito mais, lá isso há. E podem estar mais perto de nós do que pensamos, até mesmo no nosso grupo de "amigos" do facebook!

 

 

E por aí, têm acompanhado a reportagem?

Qual é a vossa opinião?

Já começaram a fazer uma limpeza nas vossas redes sociais, ou estão seguros das pessoas com quem falam?

 

 

Imagem: https://mag.sapo.pt/

 

A Experiência Belko

Resultado de imagem para a experiência belko

 

Um filme não aconselhável a pessoas sensíveis a sangue!

 

Começamos a ver o filme e pensamos "uau, também quero um emprego assim, com direito a carro, apartamento, e outras regalias"!

De resto, colegas simpáticos, outros meio malucos e, como não podia deixar de ser, algumas "ovelhas negras".

A empresa fica na Colômbia, isolada, tendo apenas a rodear campo e algumas vacas a pastar.

O que se faz nesta empresa? A que é que se dedica?

 

Num dia normal, como outro qualquer, estão todos a chegar ao trabalho mas, desta vez, os guardas são novos, e estão a mandar de volta para casa os nativos, deixando apenas seguir os restantes funcionários. Uma nova colega inicia o seu trabalho naquele dia.

Leandra sente-se incomodada com o assédio de um colega, mas logo se esquece, quando chega o namorado, Mike, apenas interrompidos pelo chefe, que disfarça.

 

 

Tinha tudo para ser um dia normal, mas não o será!

De repente, ouvem uma voz que lhes diz que têm que jogar o jogo e seguir à risca as regras,se quiserem sobreviver. A edifício é, automaticamente, fechado com metal que impede qualquer um de sair, e quem quer que queira entrar.

A primeira etapa consiste em matar 3 colegas de trabalho, ou morrerão 6 deles. Ninguém acredita, pensando tratar-se de uma piada. O chefe tenta manter a calma, evitar o pânico entre os funcionários e minimizar a situação. Até que começam as primeiras mortes. No início, pensam que serão balas, mas depressa percebem que o que os matou foi algo no interior - o chip que lhes colocaram ao entrar na empresa, e que afinal é uma bomba.

 

Mike, mostrando um enorme sangue frio, tenta tirar o seu próprio chip, mas é obrigado a parar, sob pena de o fazerem explodir.

As pessoas começam a entrar em desespero, e aqueles que deveriam ser mais sensatos, são aqueles que vão tentar salvar a sua própria pele, nem que tenham que matar até os que lhes são mais próximos.

 

A última etapa do jogo, agora que a maior parte dos funcionários está morta, consiste em acumular mortes. Aquele que tiver mais mortes no seu "curriculo", vence.

 

Conseguirá alguém sair daquele edifício com vida ou, no final, não escapará ninguém? Deixariam alguém que passou por aquela claustrofobia e pesadelo, sobreviver para contar a história?

Será que aquela empresa - a Belko - não passa de uma fachada para algo mais macabro que está a ser levado a cabo pelo governo, e que os funcionários não passam de cobaias?

 

Um filme em que veremos, apesar de tudo, pessoas com carácter, entre as quais destaco a postura do segurança, bem como o pior do ser humano que, no fim, só se quer salvar. É cada um por si.

É matar, ou morrer!