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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A Última Carta de Amor, na Netflix

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Mal vi o anúncio deste filme, soube que queria vê-lo.

Ou não fosse ele inspirado no livro de Jojo Moyes.

Mas confesso que ficou aquém das minhas expectativas.

O filme, apesar do romance e da bonita e trágica história de amor, é um pouco entediante, monótono.

Dei por mim a torcer mais pelo romance entre a jornalista e o arquivista, do que pelas outras duas personagens principais.

 

Jennifer é uma mulher cheia de vida, independente, extrovertida, que teve a pouca sorte de casar com um homem que a limita em todos os sentidos, e que não lhe dá a mínima atenção, preocupando-se, exclusivamente, com os negócios, com as aparências, com o estatuto.

Talvez por isso não tenha resistido aos encantos de Anthony, o jornalista que iria entrevistar sobre o marido.

O seu amor foi pontuado por diversos encontros e desencontros, que resultaram numa separação de cerca de 40 anos.

 

Na actualidade, a jornalista Ellie encontra algumas das cartas enviadas por Anthony, a Jennifer, e vai tentar descobrir mais sobre esta história de amor e, quem sabe, voltar a juntar o casal.

Enquanto isso, ela própria lida com os seus medos, e foge de qualquer compromisso, mesmo quando percebe que Rory poderá ser a pessoa que a fará feliz.

 

A parte mais comovente do filme é, sem dúvida, o final, quando ficamos na expectativa se Jennifer, após todos aqueles anos e a sua recusa em falar do passado, comparecerá ao derradeiro encontro com o seu grande amor.

 

A título de curiosidade, o actor Harry Bernard "Ben" Cross, que deu vida a Anthony na actualidade, faleceu em Agosto de 2020.

 

 

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O meu coração entre dois mundos

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Não adianta gostar de alguém pelas suas diferenças se, depois, na prática, não sabemos aceitar essas diferenças nem conviver com elas.

Se apenas são valorizadas a sós, mas são motivo de vergonha quando acompanhados.

Quando amamos alguém pela sua essência, não pedimos que ela esconda, camufle, oculte essa essência.

Não exigimos que essa pessoa se anule, apenas para agradar aos outros.

Que deixe de ser a pessoa genuína que é, para se tornar em alguém que finge ser algo que não é.

 

 

Raras vezes, os nossos patrões são nossos amigos. Tão pouco confiam em nós. E menos ainda podemos confiar neles. É uma relação profissional, mesmo que queiram fazer parecer o contrário. E, quando pactuamos com os seus segredos, regra geral, acabamos por ser prejudicados por esses segredos, por uma questão de lealdade para com quem não revela a mínima consideração por nós.

 

 

A distância pode dar cabo de uma relação. Da mesma forma, os ciúmes, a insegurança, a fraqueza, a incerteza quanto aos sentimentos.

Da mesma forma, uma nova cidade, pessoas diferentes, novas oportunidades, um outro mundo, podem transformar as pessoas, ainda que de forma subtil e, muitas vezes, sem perder a sua essência mas sim, revelando-a em todos os sentidos antes adormecidos, e isso pode assustar quem sempre conheceu apenas uma das facetas da nossa personalidade.

É possível, ainda assim, o amor sobreviver?

 

 

Poderemos amar duas pessoas fisicamente iguais, achando que estamos, de certa forma, a dar continuidade a uma história que ficou a meio, que foi interrompida sem final?

Ou estaremos a enganar-nos a nós mesmos?

Ninguém é igual a ninguém, nem subsitui ninguém. Não existem duas histórias iguais, nem dois amores iguais.

 

 

No meio do caos, de toda a desilusão, das injustiças, da falta de esperança, podem surgir as melhores surpresas, as maiores descobertas, os verdadeiros amigos, a luz que faltava para nos guiar àquilo que verdadeiramente queremos, ao que sempre sonhámos.

 

 

Quando partimos, é impossível o nosso coração ficar dividido entre dois mundos: aquele a que sempre pertencemos, e que é o nosso porto de abrigo, a nossa raíz, o nosso berço, e aquele a que agora pertencemos, que nos acolhe, que nos transforma, que nos faz desabrochar.

 

 

 

É sobre tudo isto que Jojo Moyes fala na continuação da comovente história de Louisa Clark, desta vez em Nova Iorque, a trabalhar como assistente de uma mulher rica, a milhas de distância de Sam e da sua família, com um admirador que a faz lembrar de Will, uma velha antipática com um cão raivoso que lhe metem medo, e a acusação de que é uma ladra, que a levará ao despedimento, e a sentir-se completamente só e sem rumo. 

Conseguirá Louisa reerguer-se depois desta rasteira do destino? Ou estaria este percalço escrito no destino, para que pudesse abrir os olhos para tudo o resto?

Haverá ainda uma opotunidade para Louisa em Nova Iorque?

Conseguirá ela, finalmente, deixar de servir e ajudar os outros, para viver a sua própria vida?

 

 

Um romance que, todos os que seguem a história, não devem deixar de ler!

 

Viver Sem Ti, de Jojo Moyes

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Não li ainda o primeiro livro - Viver Depois de Ti, tendo apenas visto o filme.

Talvez por isso me tenha custado um pouco ler a sequela - Viver Sem Ti. Porque eu quero ver todas estas cenas desenrolarem-se no ecrã. Quero recordar a Lou, quero ver as suas expressões, as suas reacções, quero ver vida nas personagens novas que agora chegam. Depois de se conhecer, e "conviver" com a Lou, é difícil não voltar a olhar para ela, e tentar apenas imaginar através das palavras da autora.

 

À semelhança do que já por diversas vezes foi dito, esta história não é tão avassaladora como a primeira mas, ainda assim, prende os leitores.

A mim, fez-me ainda pensar em vários cenários que, com a leitura, percebi que não iriam acontecer, como por exemplo:

- o acidente da Lou - imaginei que ela iria precisar de recuperação, que seria feita pelo Nathan, anterior fisioterapeuta do Will

- a pessoa do passado do Will, que Lou iria encontrar - sempre pensei que fosse o Nathan, e que um possível romance, a acontecer, seria entre os dois

 

Depois, com a leitura, percebe-se que o acidente foi apenas um "meio" para a autora nos levar até onde queria, e com um desenvolvimento que não estaríamos, certamente, à espera.

Quem será então essa pessoa do passado de Will? Eu confesso que, quando me deparei com ela, me perguntei se seria mesmo verdade? É que seria a última coisa que podia esperar. Nunca tal me passaria pela cabeça.

E, se não é Nathan que irá conquistar o coração de Lou, quem será?

 

Viver Sem Ti é, numa palavra, uma história de "superação", a todos os níveis. Superação da morte do Will, não só pela Lou, mas também pelos seus pais. Superação por parte da família da Lou, pelas decisões por ela tomadas. 

É uma segunda oportunidade que chega para todos. Uma janela que se abre, depois do fechar de uma porta. O regresso às origens e, ao mesmo tempo, um passo para o futuro. O reencontro e a reconciliação, depois da mágoa e vergonha. 

Há ainda espaço para a autora dar um pouco mais de relevo à vida do casal formado pelos pais da Lou, e uma certa "emancipação" ou "desabrochar" de uma mãe de família e dona de casa, que se transforma numa mulher mais livre e independente, pensando talvez, pela primeira vez, em si própria em vez de nos outros.

E para mostrar os problemas das famílias desestruturadas e os riscos que os adolescentes, criados nesse ambiente, correm, nomeadamente, brincadeiras e situações em que se colocam que poderão, mais tarde, ter impacto na sua vida, na sua forma de se ver e de agir.

 

Depois desta leitura, só fiquei com uma dúvida: se os títulos das duas obras não deveriam ser trocados!

É que no primeiro, ela terminará a viver sem o Will. E neste, terá que refazer a sua vida e aprender a viver depois do Will - um ano e meio depois dele ter feito parte da sua vida. 

 

Qual é a vossa opinião?

Viver Depois de Ti

 

Quem vai ver o filme?

 

 

 

E quem já leu o livro?

 

Vale mesmo a pena?!

Já ouvi falar do livro, mas nem sabia que o filme estava a caminho.

Ontem, ao ouvir uma música no pc, surgiu-me um trailer de um filme que me agradou logo no primeiro momento, e que pensei logo que iria querer ver. No fim, a surpresa.

Era de "Viver Depois de Ti", e irá estrear a 11 de Agosto!