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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Alguém me explique...

 

 

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...(como se eu fosse muito burra) porque é que alguém que é criticado e condenado por agir de forma errada, é igualmente condenado por, atempadamente, corrigir o erro?

Um árbitro num jogo de futebol (ou outro qualquer) é como um juiz num tribunal - é ele sobre ele que recai a responsabilidade de decidir, e decidir bem!

Mas, como humanos, têm falhas. Nem sempre é possível ver os lances da mesma forma que os vêem quem está sentado em frente ao ecrã. Nem sempre os auxiliares esclarecem as dúvidas e o árbitro não pode esperar, nem hesitar, tem que decidir e continuar o jogo.

Muitas vezes, são justos. Outras, cometem erros. E, quando isso acontece, têm contra eles os treinadores, os adeptos, os jogadores, e todos aqueles que se sentem, de alguma forma, prejudicados por essas decisões. E podem, inclusivé, ser alvo de processo, se assim o entenderem as entidades reguladoras.

No entanto, o que aconteceu ao árbitro German Delfino é, no mínimo, absurdo!

Num desafio do campeonato argentino, entre o Velez Sarsfield e o Arsenal, o árbitro tomou uma decisão errada mas, informado por um dos assistentes com acesso a imagens televisivas, do seu engano, o árbitro alterou a decisão tomada, e pediu publicamente desculpas pelo erro. 

Ora, não será precisamente isto que se espera de alguém? Que assuma e desfaça o seu erro de imediato, enquanto ainda é tempo?

Então por que raio se coloca a possibilidade de o dito árbitro vir a ser suspenso de toda a actividade, por ter tomado uma decisão certa? 

Bola de Ping Pong

 

Por vezes sinto-me uma bola de ping pong! Ora sou lançada para um lado, ora sou lançada para o outro. Ao meio não posso ficar...

Por vezes, sinto-me uma boneca de trapos, a quem puxam de um lado, e puxam do outro, ao mesmo tempo. E se, de tantos puxões levar, a boneca se rasgar?

Por vezes, sinto-me um árbitro em pleno estádio de futebol! A tentar perceber de que equipa foi falta e a quem tenho que mostrar cartão.

Por vezes, sinto-me um polícia, a tentar manter a ordem...Um bombeiro, a acudir a um incêndio daqui, a um acidente dali.

Por vezes, sinto-me um juiz, que todos os dias tem que zelar para que a justiça seja feita, avaliar de que lado está a razão, a validade dos motivos...

Por vezes, sinto-me num debate a fazer mediação!

Tento desdramatizar, desvalorizar, contornar, dar a volta, manter um equilíbrio. Mas há momentos em que se torna difícil.

Como diria uma perita nestes assuntos, pessoas que vivem nesta situação são as mais susceptíveis de vir um dia a apitar bem alto, a dar o grito que ninguém esperava ouvir.

É uma posição ingrata...