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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

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Pagamento do IRS em prestações

imagem daqui

 

Se existem contribuintes ainda à espera do reembolso do IRS que lhes é devido, outros há que, ao invés de receber, terão que pagar.

No ano passado, muitos contribuintes foram apanhados de surpresa, com valores para pagar muito superiores àqueles que estavam habituados. E foram muitos os que se dirigiram ao serviço de finanças, a fim de averiguar se teria havido lapso nas contas. Infelizmente, as contas estavam certinhas.

Este ano, talvez os contribuintes já estejam mais prevenidos mas, de qualquer forma, custa sempre pagar umas centenas, ou milhares, de euros de uma só vez.

Se for esse o vosso caso, saibam que podem efectuar o pagamento do IRS em prestações. Mas apenas se não tiverem qualquer dívida ao Fisco.  

O pedido para pagamento em prestações pode ser efectuado pessoalmente, no Serviço de Finanças da área de residência, ou via electrónica através do Portal das Finanças, até 15 dias após o término do prazo para o pagamento voluntário, dependendo o número de prestações (de 1 a 36), do montante em causa. 

Por outro lado, também dependendo do montante a pagar, poderá ser exigida uma garantia, nomeadamente, se o valor for superior a 2500 euros. Essa garantia será, normalmente, uma garantia bancária.

Convém ainda não esquecer que o pagamento em prestações tem os seus custos, no que respeita a juros, que incidem sobre o montante em dívida, e são contabilizados desde o termo do prazo para pagamento voluntário, até ao mês do pagamento, pelo que, quanto menor o número de prestações, menores os juros.

O pedido para pagamento em prestações será analisado nos 15 dias seguintes ao da sua recepção, sendo emitida pelo chefe de finanças a respectiva decisão.

Caso seja concedido o pagamento em prestações, este deve ser cumprido, já que a falta de pagamento de uma delas implica o vencimento de todas, e pode culminar num processo executivo, com recurso a penhora e venda de bens.

Confiar, sim! Mas em quem?

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Todos sabemos que a confiança é a base de tudo. Um dos pilares que sustenta a nossa vida, as nossas relações, que torna possível e mais fácil a nossa convivência em sociedade.

Se nos tiram esse pilar, perdemos o equilíbrio, não temos onde nos apoiar e ficamos sem rumo, desnorteados, sem saber como construir um novo pilar e recuperar a base que nos sustenta.

Por isso, é importante confiar, sim! Mas em quem?

Como vamos confiar na nossa justiça, se a nossa justiça defende e solta criminosos, e acusa e prende inocentes?

Como vamos confiar no nosso governo e nos nossos políticos, se aqueles que criam as leis, os impostos e as obrigações, são os primeiros a não cumpri-las, a fugir, a fazer-se de desentendidos ou desconhecedores, a não serem punidos por isso?

Como vamos confiar na nossa polícia quando, muitas vezes, são os próprios polícias os criminosos? Como vamos confiar nos inspectores para desvendarem crimes quando são eles próprios cabecilhas de esquemas de rapto, extorsão e sabe-se lá mais o quê?

Como vamos confiar nas entidades patronais se "quando o barco afunda" são os primeiros a saltar fora e a nos deixar entregues aos tubarões?

Como confiar nos bancos e naqueles que os gerem, se até os bancos mais seguros caem, e as pessoas correm o risco de ficar sem o seu dinheiro?

Como acreditar na seriedade das pessoas, se cada vez mais percebemos que muitas delas são corruptas?

Como vamos confiar nos amigos se, à primeira oportunidade, nos atraiçoam?

E poderia dar muitos mais exemplos.

Há quem diga que não podemos julgar o todo pela parte. É verdade. Mas não me venham dizer essas transgressões, em que apenas uma minoria envolvida em polémica, não afectam a credibilidade da restante parte.

É certo que não podemos viver eternamente com desconfiança. Mas parece-me que é assim que a maioria de nós, portugueses (e provavelmente por esse mundo fora também), nos sentimos actualmente. Sem confiança naqueles que deveriam tê-la, e fazer por merecê-la. Porque já um dia confiámos, e pagámos bem caro por isso.

Será um trabalho árduo para todos recuperar essa confiança perdida, acabar com a "desesperança" que parece ter vindo para ficar. Neste momento, as pessoas quase só confiam em si próprias, e mesmo assim...