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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"A Última Viúva", de Karin Slaughter

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Assim de repente, o título do livro poderia sugerir uma história bem diferente daquela que, na verdade, conta.

E ainda bem. 

Porque surpreendeu, pela positiva.

 

Em primeiro lugar, quero destacar a relação entre os protagonistas.

Ambos marcados pelo passado.

Ambos com receios.

Ambos muito diferentes, mas com um objectivo comum: ser felizes.

Sara já foi, em tempos, casada. Agora, é viúva. E esse facto é um entrave na medida em que nunca se sabe bem se uma nova relação é o "seguir em frente", ou se é visto como "traição".

Depois, há sempre as inevitáveis comparações. E essas podem interferir, e muito, sobretudo quando vindas de familiares directos, e em modo negativo, relativamente à nova pessoa.

E Will não parece ser aceite pela mãe de Sara.

Aliás, há algo em particular, que ela lhe diz, em jeito de acusação, que o deita abaixo e o faz duvidar de si próprio, culpar-se pelo que aconteceu.

 

E o que é que aconteceu?

Sara foi raptada enquanto tentava ajudar algumas pessoas feridas devido a um ataque bombista. Estava no lugar errado, à hora errada. E tinha a profissão errada.

Na verdade, ela foi levada apenas porque era médica.

Tal como, um mês antes Michelle tinha sido levada, por ser cientista.

 

Agora, estão ambas nas mãos de criminosos, um grupo que pretende levar a cabo uma missão, transmitir uma "Mensagem", como lhe chamam, que vai chocar o mundo, e fazer história.

Dado o objectivo, para Michelle compreende-se o porquê de a terem escolhido. Pensa-se logo num ataque terrorista relacionado com a disseminação de alguma doença, infecção, ou algo do género. 

Já Sara, como médica, não se sabe se foi raptada apenas para auxiliar os membros feridos do grupo ou para, mais tarde, no acampamento, tentar controlar o sarampo que atingiu grande parte das crianças. O que não faz sentido, tendo em conta o que aconteceu mais para o final do livro.

Mas, a determinado momento, é claro que ela servirá de testemunha para o que aí vem, e simbolizará "a última viúva", a sobrevivente.

Se os terroristas não mudarem de ideias antes...

 

Will não conseguiu proteger Sara.

Não conseguiu evitar que fosse levada.

Ficou ferido e, agora, teme perdê-la para sempre, às mãos dos bandidos.

Mas não desiste. E, em parte por Sara, em parte por si, e por considerar que deve isso à família da sua amada, Will fará de tudo para a encontrar e trazer de volta, sã e salva.

 

No acampamento, Sara percebe que está no meio de um grupo em que abusos sexuais, pedofilia, racismo e extremismo estão presentes.

E não há nada que ela possa fazer, senão colaborar, e esperar.

A frustração, o desespero, a descrença e a repulsa são evidentes.

Apesar de ser relativamente bem tratada, tendo em conta a situação, ela não sabe o que o destino lhe reserva, e quanto tempo aguentará.

Quanto tempo faltará para lhe fazerem o mesmo que fizeram a Michelle, quando não lhes foi mais útil.

 

Conseguirá Will cumprir a promessa, chegar até ela e tirá-la dali?

Sairá, ele próprio, se lá chegar, daquele acampamento, com vida?

 

E com este livro já aprendi algo que desconhecia: o que é o botulismo, como se manifesta, como actua, e quais as suas consequências.

 

 
SINOPSE

"Um sequestro por resolver
Numa noite quente de verão, Michelle Spivey, cientista do Centro para o Controlo de Doenças (CDC) de Atlanta é levada por desconhecidos de um parque de estacionamenteo de um centro comercial. Não há pistas, ela parece ter-se desvanecido como se fosse fumo e as autoridades procuram-na desesperadamente.

Uma explosão devastadora
Passado um mês, a tranquilidade de uma tarde de domingo vê-se sacudida por uma explosão que faz tremer o chão a quilómetros em redor, seguida segundos depois por uma segunda, igualmente potente. O coração de Atlanta, onde se encontra a Universidade de Emory, a sede do FBI da Geórgia, os hospitais e o próprio CDC, foi atacado.

Um inimigo diabólico
A médica forense Sara Linton e o seu namorado, o polícia Will Trent, aparecem na cena do crime... E sem o saberem, mesmo no epicentro de uma conspiração letal que ameaça acabar com a vida de milhares de inocentes. Quando os terroristas sequestram Sara, Will vai-se infiltrar colocando a sua vida em perigo para salvar a mulher e o país que ama."

Génesis, de Karin Slaughter

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Por vezes, quando lemos uma história, perguntamo-nos o porquê de a autora estar a falar tão pormenorizadamente daquelas personagens, que são apenas meros figurantes, e que nada adiantarão à mesma.

Porque, por vezes, é nas personagens mais insignificantes que está a chave!

E, tal como essas personagens nos passam quase ao lado, também na hora de cometerem os crimes, elas passam ao lado das vítimas e dos próprios investigadores, como se não tivessem qualquer papel a desempenhar naquela trama.

 

Will e Faith vão, desta vez, investigar o que aconteceu a Anna e a Jackie, duas mulheres que conseguiram escapar de uma caverna de tortura. A primeira, está a lutar pela vida, no hospital. A segunda, matou-se depois da fuga.

Nos dias seguintes, mais duas mulheres desaparecem em circunstâncias misteriosas, suspeitando-se que tenha sido a mesma pessoa que raptou as primeiras.

Em comum, têm o facto que serem apelidadas de "cabras", não terem amigos, ninguém simpatizar com elas, terem problemas de anorexia, e de terem uma boa vida e dinheiro.

Mas, quanto mais investigam, mais andam em círculos, sem chegar a nada em concreto.

Enquanto isso, há uma criança entregue aos serviços da assistência social, à espera que encontrem a mãe, e um bebé que ninguém sabe onde, e em que condições estará, à espera de ser encontrado.

Para ajudar Will e Faith, surge a personagem Sara, uma antiga médica legista, que fará uma análise com base nos seus conhecimentos, e poderá ajudar a desvendar o mistério.

 

Nesta história, Will, que é normalmente uma pessoa calma e ponderada, perde a cabeça e quase mata uma pessoa. Será que Amanda, a sua chefe, vai gostar disso? E Will, como irá ele lidar com essa falha?

Já Faith, descobre que está novamente grávida, e que é diabética. Como irá ela conciliar estas duas condições, com o seu trabalho de investigadora?

Amanda resume esta dupla da seguinte forma:

 

Um pateta disléxico com um problema de temperamento e uma diabética gorda e fértil a quem faltam conhecimentos rudimentares de controlo de natalidade!

 

Quando tudo e todos parecem estar contra eles, e numa corrida contra o tempo, serão Will e Faith capazes de resolver o caso?

 

 

SINOPSE
 

"Mulheres brutalmente torturadas. Um padrão que as liga a todas.

A caça ao homem já começou.

Há três anos e meio, Sara Linton, antiga médica-legista, mudou-se para Atlanta na esperança de deixar para trás o seu passado trágico. A trabalhar agora num hospital, depara-se com uma mulher jovem e gravemente ferida, que a arrasta para um mundo de violência e de terror.
A mulher foi atropelada por um carro, mas, completamente nua e brutalizada, dá sinais de ter sido vítima de uma mente muito perturbada.
Quando o agente especial Will Trent se desloca à cena do acidente, descobre uma câmara de tortura enterrada na terra, uma caverna de horrores que revela uma verdade sinistra: a doente de Sara é só a primeira vítima de um assassino sádico e demente.
Arrancando a investigação das mãos do chefe da Polícia local, Will e a sua colega Faith Mitchell mergulham no turbilhão que é a caça ao assassino. Will, Faith e a severa chefe de ambos, Amanda Wagner, são os únicos obstáculos que existem entre um louco e a sua próxima vítima…"

Flores Cortadas, de Karin Slaughter

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Mais um livro que não me desiludiu, e me faz ter esta autora entre as minhas favoritas!

 

Uma família acaba destruída pelo desaparecimento da filha mais velha, na altura com 19 anos, sem deixar qualquer rasto. São várias as teorias, mas o que realmente aconteceu, ninguém sabe. Após o desaparecimento de Julia, as irmãs Claire, mais conhecida por Sweetpea, e Lydia, conhecida por Pepper, deixam de se falar e seguem caminhos diferentes.

Claire casa-se com um milionário e tem, aparentemente, uma vida perfeita e um marido perfeito.

Lydia, pelo contrário, passou por vários problemas com drogas, dos quais conseguiu recuperar, e vive agora com a sua filha. Tem um namorado com alguns antecedentes também, mas que ama as duas.

Quanto aos pais, separaram-se pouco depois. A mãe encontrou outro homem com quem refazer a sua vida. O pai, ao que tudo indica, suicidou-se.

Mais de duas décadas depois, o marido de Claire é assassinado. E é aqui que toda a história se vai desenrolar, e vamos descobrir todos os mistérios que ligam o desaparecimento de Julia, à morte do cunhado.

É aqui que ficamos a perceber que nem sempre conhecemos as pessoas com quem convivemos diariamente, e que conhecemos há anos. Que percebemos como certas pessoas podem levar vidas duplas, e terem personalidades distintas em cada uma delas, sem nunca nos fazer desconfiar de nada. Bem, houve uma pessoa que desconfiou, e chegou muito perto da verdade, mas foi silenciada.

Resta agora a Claire e Lydia esquecerem o que as separou, e unirem-se para desvendar os mistérios que estão por detrás dos últimos acontecimentos, e perceber em quem podem ou não confiar.

À medida que vão juntando as peças do puzzle, vão desvendando algo de verdadeiramente chocante e aterrador. Esta história é fictícia, mas não duvido que pudesse ser bem real.

Para quem gosta do género, não seja demasiado sensível e tenha estômago para o ler até ao fim, eu aconselho!

 

 

No meu caso, posso-vos dizer que depois de ler o livro da Dorothy Koomson, e este logo a seguir, tive que ir procurar uma história um pouco mais soft! 

A minha estreia na Feira do Livro de Lisboa!

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Como já tinha aqui dito, não era para ir à Feira do Livro, mas o facto de a Carmen e a Maria estarem presentes levou-me a querer ir até lá, e fazer a minha estreia nesta Feira.

O dia estava bonito, estávamos os 3 de folga, e era um bom passeio para se fazer em família.

Não ia já com uma ideia vincada de que tinha que comprar este ou aquele livro, mas sim de ir vendo se algum me agradava ou não e se, por acaso, algum dos que tinha na minha wishlist estaria à venda a um preço mais em conta.

Para variar, apesar de termos tentado despachar tudo e sair cedo de casa, já saímos por volta das 15h. Deixámos o carro no Campo Grande e apanhámos o metro até ao Marquês.

 

Chegados à Feira, devo dizer que não ia minimamente preparada para tal! E já vão perceber porquê.

A prioridade era encontrar os pavilhões da Chiado, que não fazia ideia onde ficavam, ou seja, deveria ter visto antes o mapa da Feira, para não perder tempo.

Quando, finalmente, os encontrámos, e perguntámos a um representante da Chiado pelas escritoras, o mesmo disse-nos que a sessão de autógrafos já tinha acabado às 16h. Olho para o relógio, e ainda faltavam uns 4 minutos para as 16h. Mas é mesmo assim, há que sair depressa para dar lugar à próxima autora.

Com o primeiro objetivo sem qualquer possibilidade de se cumprir, resolvemos explorar todos os pavilhões e o espaço.

O meu marido andava à procura de livros de desporto. Não havia!

Eu, ia vendo se encontrava um livro, mas não fazia a mínima ideia de que editora era! Só sabia o nome da autora - Karin Slaughter. Vá lá que, por sorte, me lembrei do título do livro - Flores Cortadas! Alguma vez eu me lembrei de que era suposto saber o nome da editora?!

Mas, de facto, havia ali na Feira tantas editoras que eu nem sequer tinha ouvido falar, que era complicado.

E, onde íamos perguntando, não faziam a mínima ideia de que livro eu estava a falar. Por sorte, calhei a olhar para um pavilhão, e vi-o!

Estava mais barato, e o meu marido ofereceu-mo.

 

 

 

Depois, já do outro lado da Feira, vi o novo livro da Dorothy Koomson. Já tinha lido a sinopse, gostei, mas ainda não estava na minha lista. No entanto, fiquei admirada porque a própria autora estava ali à nossa frente, a autografar os seus livros. E, assim, lá fui eu comprar o livro e pôr-me na fila para o autógrafo e a fotografia da praxe!

Havia uma tradutora para nos perguntar os nomes e traduzir eventuais perguntas que quiséssemos colocar. É muito simpática e acessível, e ainda trocámos duas ou três palavras.

Também vimos por lá o escritor Luís Sepúlveda, a autografar o seu novo livro.

 

 

 

Devo dizer que não fiquei deslumbrada com a Feira do Livro. Havia tantos livros, mas nenhum que realmente me chamasse a atenção. Talvez porque não tenha examinado tudo ao pormenor, ou porque não havia mesmo nenhum daqueles que eu gosto, e que ainda não tenho.

Também não vi nenhum livro daqueles que a minha filha gosta e costuma ler. Comprámos-lhe dois, só para não dizer que vinha de lá de mãos a abanar.

E o meu marido acabou por comprar dois que nada tinham a ver com desporto.

As promoções de alguns livros são boas, e compensam. Mas se não for daqueles livros que eu quero, não me fazem perder a cabeça.

As sessões de autógrafos são uma motivação extra para ir até lá mas, como é óbvio, os escritores desconhecidos estão "às moscas", e é-lhes dado pouco tempo de antena enquanto que, para os mais conhecidos, as pessoas fazem fila que chega a dar três voltas, e é-lhes dado maior destaque!

Para o pagamento, em alguns espaços, a tarefa não é facilitada. 

Gostei do ambiente, gostei de ver tanta gente por ali, é um passeio diferente, mas nada como encomendar os meus livros no site, ou comprá-los na livraria!

 

E, se no futuro pensar em voltar à Feira do Livro, tenho mesmo que:

- estudar antecipadamente o mapa da Feira

- levar a minha lista com toda a informação sobre os livros que quero, e ir directamente aos pavilhões das editoras correspondentes

- saber de antemão quem vai estar por lá a dar autógrafos, para não chegar lá sem saber o que dizer ou perguntar naquele momento

- chegar a horas  

 

 

Fraturado, de Karin Slaughter

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Abigail chega a casa e encontra a sua filha morta. Ao lado dela, um rapaz com a arma do crime na mão. Abigail foge, cai pelas escadas e, numa luta entre ambos, acaba por estrangular o rapaz, assassinando-o.

Mas, nem tudo é o que parece.

Afinal, a rapariga morta não era a filha de Abigail, mas sim a sua melhor amiga, Kayla. E o rapaz que tinha a faca na mão não era o assassino, mas sim uma vítima que estava a tentar salvar a filha de Abigail. Ou seja, Abigail matou um inocente!

Agora, Emma está desaparecida, levada pelo verdadeiro assassino, e sabe-se lá em que estado. No entanto, há uma dúvida que permanece - será Emma uma vítima, ou uma cúmplice?

Por outro lado, terá Kayla sido brutalmente assassinada por engano, ou propositadamente? Ninguém parece ter algo de bom a dizer desta rapariga que afirmam ser conflituosa, problemática e uma péssima influência para Emma desde que se tornou sua amiga.

E onde é que Adam, o rapaz assassinado pela mãe de Emma, encaixa em todo este cenário? 

As peças vão aos poucos encaixando, mas uma dúvida persistirá até ao final, mesmo depois de se descobrirem os autores de tudo. Onde, e como, está Emma?

Restará apenas rezar, e viver um dia de cada vez?

Um livro cheio de suspense, mesmo como eu gosto, que começa logo com acção na primeira página e continua até ao fim! Um excelente sucessor de Tríptico!