Marta tinha sido colocada a trabalhar, como agente infiltrada, numa empresa suspeita de negócios ilegais.
A sua missão era recuperar o dinheiro que esta empresa havia roubado, e que escondia naquele escritório.
Parecia ser um dos seus primeiros trabalhos, e não estar muito confortável com o mesmo.
Quando surgiu a oportunidade, Marta conseguiu retirar de lá o dinheiro.
A empresa deu conta do desaparecimento, e começou a investigar.
A agência para a qual Marta trabalhava achou melhor tirá-la de lá, antes que a descobrissem.
Até porque alguém filmou Marta durante a operação, e a denunciou.
Nessa altura, Marta já escapou de lá, e entra no carro onde estão os seus parceiros, Gustavo e Sandra. O próximo passo é depositar o dinheiro na conta a que pertence. Marta percebe que, sem máscara, não podem entrar no banco para o fazer, por isso, Gustavo procura o multibanco mais afastado, para que possam fazer a operação, sem serem vistos.
Marta leva o dinheiro. Sandra, os códigos das contas.
Mas ainda antes de fazer o que quer que seja, percebem que estão a ficar cercadas por pessoas que não têm a melhor das intenções e, mais uma vez, vêem-se obrigadas a entrar rapidamente no carro, para fugir dali.
Marta entra e tranca a porta, aconselhando os companheiros a fazerem o mesmo.
Gustavo arranca com o carro mas, como estão a ser perseguidos, considera que a melhor solução é atirarem-se, no carro, para o rio.
Marta fica em pânico, tem medo de morrer afogada e agora, com a porta trancada, pode correr o risco de nem sequer conseguir sair, e de o seu maior receio se concretizar.
Vale-lhe Sandra, que a ajuda e a traz para a superfície, incentivando-a a continuar, enquanto vai ver onde está Gustavo, que ficou para traz.
Marta nada e consegue sair daquilo que julgavam ser um rio mas que, afinal era um tanque e que, à volta, tem apenas um corredor do qual não conseguem sair. E quem anda atrás deles, continua, e está pronto a matá-los.
Marta percebe que a sua única hipótese de viver, é fugir para o mato, que rodeia o tanque, correndo o mais depressa que pode, e escondendo-se entre os arbustos, enquanto os assassinos, a cavalo, andam por ali a ver se a encontram.
Correr no meio de ervas e plantas não é fácil, sobretudo quando não se tem a roupa adequada e, no caso de Marta, aquele casaco está a dificultar-lhe a vida, sempre a prender, e a travar-lhe os movimentos.
Mas não desiste. Pelo caminho, vai vendo umas cabanas mas, com receio de que a denunciem em vez de a ajudar, prefere continuar sozinha, por sua conta.
Depois de achar que nunca vai conseguir sair daquela floresta, que parece não ter fim, Marta avista finalmente um edifício, que lhe parece familiar, e onde pensa já ter estado antes.
Percebe que está numa fronteira, e só tem que correr mais uns metros para passar para o lado de lá, sem que lhe possam fazer mal.
Nessa última tentativa, mais uma vez, o casaco prende, e Marta teme não conseguir dar o passo final mas, por fim, é bem sucedida.
Nesse momento, surge Gustavo, que passa também a fronteira, ao mesmo tempo que Marta, sem forças devido à fuga e em choque, cai ao chão.
Gustavo corre até ela, baixa-se e diz-lhe:
"Fizeste um bom trabalho, Marta. Conseguiste. Tiveste muito bem, para quem não está habituada a ests coisas. Pena que tenha que te levar de volta para lá."
Marta, que apenas tinha simulado o desmaio, percebe assim quem é Gustavo:
"És tu o traidor!"
Quando tudo parecia perdido, Gustavo é baleado por Sandra, que entretanto os tinha seguido. É a segunda vez que Sandra salva Marta.
E é assim que ambas sobem as escadas do dito edifício, para chegar ao carro que as espera, e que as levará, sãs e salvas, de volta a casa, como se nada de mais tivesse acontecido.
Nota: tendo em conta que isto foi um sonho, e nos sonhos nem sempre existe lógica, não tentem perceber o porquê de determinadas acções, ou falta delas, e das situações em si