Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Fomos visitar o Parque e o Palácio de Monserrate

Imagem relacionada

 

No passado domingo o meu marido quis ir passear até Sintra.

Não estava muito para aí virada, mas lá fomos. Estacionámos o carro a meio do percurso para os palácios, e fomos andando, à espera de visitar o mais próximo.

Calhou-nos o Parque e Palácio de Monserrate. Logo para começar, considerei as entradas um pouco caras, mas já se sabe que Sintra vive quase do turismo, e turismo em Portugal, infelizmente, não é para todos.

Começámos pelas cascatas, jardins, lagos, até que chegámos ao relvado com o Palácio ao fundo, no alto da colina.

Visto por fora, o Palácio de Monserrate fez-me lembrar um palácio indiano.

Entrámos, e ficámos encantados com a entrada e o corredor. E foi só. Tudo o resto foi uma total desilusão. Estava à espera de, à semelhança do Convento de Mafra, se vissem as diversas salas e aposentos adornados com as mobílias e acessórios da época. Mas, neste palácio, deparámo-nos com salas vazias, apenas com um painel a explicar o que havia antes naquelas divisões.

Na sala de música, apenas um piano, coberto. Numa outra sala, um espelho rachado e um vaso quebrado. Os quartos? Vazios. Algumas paredes e chão em mau estado de conservação.

A visita vale pelo exterior que, de facto, é magnífico. Mas tenho quase a certeza que muitas daquelas pessoas que ali foram visitar o Palácio ficaram com a mesma cara de desapontamento que nós.

 

Na hora de ir embora, ainda demos umas quantas voltas para tentar descobrir a saída, indo sempre parar ao palácio, até que demos com a cafetaria. E mais umas voltas, de novo, para encontrar a saída. Entre seguir uma senhora que por lá andava, e que não sabíamos se iria embora ou estaria a visitar o parque, e um carro que passou por nós, decidimo-nos pelo carro. No fim, percebemos que ambos os caminhos iam dar ao mesmo ponto - a saída!

 

O mais caricato de tudo isto é que, nem uma única vez, nos lembrámos de pegar no mapa que nos tinham dado, e que guardei na mala, para nos ajudar a sair dali!  

Aventura na Serra!

 

Aqui estou eu, depois de um fim-de-semana prolongado bem merecido, para vos contar a nossa aventura nas terras do gelo!

Para começar, destaco a simpatia, a simplicidade, e a forma prestável e acolhedora das pessoas com quem tivemos o prazer de conviver!

Fiquei igualmente deslumbrada com as paisagens, com os cenários, com a natureza no seu melhor!

Mas comecemos então pelo princípio - sexta-feira saímos daqui à noite e, para evitar portagens, fomos pelas nacionais, sempre com o amigo GPS (que eu continuo a dizer que é burro e não serve para nada), mas imprescindível para o meu namorado. Chegámos ao hotel, na Guarda, já de madrugada, e foi só pousar as coisas, ligar o ar condicionado no máximo e dormir!

Ontem de manhã, depois do pequeno-almoço, rumámos a Manteigas, para conhecer o Poço do Inferno e os Viveiros das Trutas, que nos tinham indicado como locais a visitar.

Estava um dia lindo - o céu azul a contrastar com os tons verdes e castanhos das árvores e da vegetação. À sombra estava frio, mas quando apanhávamos sol, até estava uma temperatura normal para a época.

Vimos a pequena cascata, com a sua água transparente, e deu vontade de tocar nela. Deixei a mão por uns segundos lá dentro, a senti-la correr, mas depois tive que a retirar, de tão gelada que estava!

Tiradas as primeiras fotografias, e como já estava a fazer-se tarde, fomos então almoçar.

E em seguida, o mais promissor e aguardado passeio - a subida até à Torre da Serra da Estrela, a 1993 m de altitude!

Felizmente o tempo foi nosso amigo e permitiu-nos fazer o percurso sem incidentes, podendo apreciar cada pedacinho da paisagem com que éramos presenteados!

Não me esqueço das três vacas que encontrámos na estrada - uma preta, uma castanha e uma branca! A branca mostrou logo que não era muito dada à fama e aos flashs dos fotógrafos! A castanha, ao contrário, ficou vários minutos parada, em pose para as câmaras! E a preta estava ocupada com outros pensamentos.

Como seria de esperar, neve não havia. Pelo menos aquela neve em flocos, fofinha, que podemos pegar e brincar. Havia sim, neve congelada, lagos congelados, e água transformada em placas de gelo. Algumas, mais resistentes, convidavam à patinagem! Mas outras eram mais fininhas, e estalavam à medida que as pisávamos.

E, apesar de ter visto tanta publicidade às pistas de ski, e recintos para trenós e donuts, proporcionados por neve artificial, não vi nada.

Claro que uma ida à Torre inclui, obviamente, a compra de produtos típicos e recordações!

Quando reparámos, já era praticamente noite, e estava na hora de voltar e esperar o milagre de Natal - encontrar um restaurante aberto para jantar em plena véspera de Natal!

Como seria de esperar, essa missão revelou-se inútil. E entre pagar 45 euros por pessoa no jantar de Natal do Hotel Vanguarda, ou ficar sem jantar, optámos pela terceira hipótese!

Acabámos a petiscar numa loja M24, junto às bombas de gasolina, e a brindar com licor de castanha acabadinho de comprar! Os funcionários brindaram connosco e agradeceram a companhia! 

Regressámos então ao hotel, para nos deitarmos cedo, porque hoje tínhamos uma longa viagem pela frente logo de manhã. Desta vez pela auto-estrada, para ser mais rápido, e chegarmos a tempo ao almoço de Natal com a família.

Mas ainda a tempo de ter tirado uma bela foto do nascer do sol, na Guarda!

E de saber pela primeira vez qual é a sensação de estar fechada numa arca frigorífica! É que o carro estava branco, coberto por uma placa de gelo!

Foi, sem dúvida, uma aventura inesquecível!