“A experiência é como uma lanterna dependurada nas costas – apenas ilumina o caminho já percorrido”
CONFÚCIO
Lembro-me de uma história que li uma vez, sobre duas moscas que caíram num copo de água. Uma delas, lutou desesperada para conseguir sair de lá mas, ao fim de pouco tempo, estava de tal forma cansada que acabou por não ter mais forças e afogou-se. A outra, mais ponderada, conseguiu com calma chegar até ao rebordo do copo e voou, salvando-se da morte certa. Uns tempos mais tarde, essa mesma mosca volta a cair num copo, desta feita mais alto. Uma outra, que observava a cena, tentou ajudá-la, sugerindo-lhe que se servisse da palhinha para subir. Mas a mosca, baseando-se na sua experiência adquirida da aventura anterior, resolveu agir como dessa vez, ignorando o conselho da sua amiga. E assim, acabou por ter um triste destino.
É certo que todos nós aprendemos alguma coisa com a experiência que, ao longo da nossa vida, vamos adquirindo. Mas isso não significa que estejamos totalmente preparados para o futuro, imunes ao que ele nos reserva, ou que tenhamos aprendido a lição completa.
À medida que vamos vivendo percebemos que, no caminho já percorrido, tivemos acções que se revelaram acertadas, cometemos erros que agora poderemos saber evitar, e adquirimos conhecimentos que até então não possuíamos.
Mas a vida é uma experiência contínua, uma aprendizagem permanente, e nem sempre aquilo que já sabemos pode ser aplicado no caminho que temos pela frente, e nas situações que se apresentem daí em diante.
Por vezes, a vida troca-nos as voltas e, quando assim é, de nada vale a experiência adquirida perante uma visão completamente nova aos nossos olhos.
Aquilo que passámos ontem, e sabemos hoje, pode não ser suficiente nem apropriado para enfrentar o nosso amanhã!
Por isso, é importante guardar essa experiência já adquirida como uma mais-valia, mas não permitir que ela nos limite ou impeça de agir de uma forma diferente num futuro ainda por desbravar!