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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"A Cirurgiã", de Leslie Wolfe

A Cirurgiã, Leslie Wolfe - Livro - Bertrand

 

Anne é uma cirurgiã com uma taxa de sucesso invejável.

Até àquele momento, nunca tinha perdido um doente na mesa de operação.

Ele foi o primeiro.

E, de repente, todos parecem condená-la por algo que pode acontecer a qualquer um.

As cirurgias acarretam riscos. A morte, é um deles.

Todos os seus colegas já perderam doentes. 

Mas nenhum foi sujeito a uma investigação como esta, tanto a nível interno, como pela procuradora do Ministério Público.

Como se fosse uma criminosa. Uma assassina.

Como se, de facto, o tivesse matado propositadamente.

 

E, no fundo, será que não o fez?

Afinal, até tinha motivos para isso.

Mas ela não estava sozinha. Toda a sua equipa estava lá com ela.

E viram que ela fez tudo o que podia para o salvar.

Ou será que não?

 

Ainda assim, porque está aquela procuradora tão empenhada em destruí-la?

Ou será que ela é apenas o meio, e o seu marido, advogado, candidato a Mayor, o alvo principal?

 

O paciente, era nada mais, nada menos, que um pedófilo. Um homem que abusou da sua irmã adoptiva, e a levou ao suicídio. 

Anne sabia. E aquela era a oportunidade perfeita para acabar com aquele monstro.

E, agora, há alguém disposto a acabar com ela.

Alguém que fará Anne perceber que nem tudo é o que parece, e que a sua vida e o seu mundo perfeitos não eram assim tão perfeitos.

E que, de um momento para o outro, se pode perder tudo aquilo que se lutou para conquistar.

Até mesmo, a liberdade.

 

Gostei da história, e de como guardaram, quase até ao final, a verdade sobre o que realmente aconteceu a Caleb Donaghy, ou melhor, ao seu coração, e porque Paula está tão decidida a mandar Anne para a prisão.

No entanto, penso que revelaram demasiado cedo quem era o amante de Paula, e qual o seu papel no plano desta.

Seria mais surpreendente se o leitor ignorasse a sua identidade por mais umas páginas.

 

 

Sinopse:

"Antes do meu mundo desabar, eu tinha tudo. A carreira de sucesso com que sempre sonhara. A bela casa onde podia sentar-me e relaxar confortavelmente depois de um longo dia de trabalho. O marido mais bonito e dedicado que poderia desejar, cujo sorriso encantador sempre me fizera sentir segura.
Até hoje nunca tinha perdido um doente.
Até hoje nunca tinha operado ninguém que odiava.
Quando declarei o óbito, a minha voz estava firme: «Hora da morte 13:47». Todo o pessoal, médicos e enfermeiros na sala de operações ficaram em silêncio à minha volta, a olhar para mim, confusos e preocupados. As minhas mãos tremiam dentro das luvas. O meu olhar deslizou pelas frias paredes de azulejo, com o coração a bater aceleradamente dentro do meu peito.
Se tivesse sabido antes de quem se tratava teria pedido a um colega que me substituísse. Ninguém estranharia; é um procedimento habitual não operar amigos, familiares ou... qualquer outra pessoa que possa comprometer a capacidade do cirurgião agir na sala de operações. Teria sido fácil. Mas que outra escolha podia ter feito depois de o reconhecer na sala de operações? E o que vou fazer para me proteger, se alguém descobrir?"

"A Rapariga do Lago Silencioso", de Leslie Wolfe

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Depois de uma pausa na leitura dos livros desta autora porque, quer queiramos, quer não, as histórias andam ali muito à volta do mesmo, acabei por comprar este último livro, que é o primeiro de uma nova série, também protagonizada por uma mulher, desta vez, a detective Kay Sharp.

 

O que mais gosto nestes livros é o facto de as protagonistas (Tess e Kay) não serem perfeitas, um exemplo a seguir. Vítima ou culpada, ambas têm os seus próprios segredos, os seus próprios demónios, mas permanecem fortes, determinadas, boas no que fazem, e na forma como o fazem. Ainda que nem sempre seja o suficiente, e nem sempre as coloque mais perto de quem querem apanhar, com a urgência que pretendiam.

 

Numa pausa na sua carreira, Kay é obrigada a regressar à sua terra natal, para tomar conta da casa da família enquanto o irmão cumpre pena por uma simples agressão, algo que parece exagerado tendo em conta toda a situação.

O advogado parece não ter feito muito para defender o seu cliente. Já o juiz pareceu determinado a fazer daquele rapaz um exemplo, e a condená-lo sem grande motivo.

O que Kay, só mais tarde, virá a perceber é que houve uma razão para o seu irmão ser preso: obrigá-la a voltar!

Para quê? Só o assassino saberá...

 

Enquanto isso, Kay vê-se envolvida na investigação dos crimes que têm vindo a acontecer no Lago Silencioso, em Mount Chester tentando, enquanto profiler, traçar o perfil do serial killer que anda a raptar e assassinar mulheres, sem deixar uma única pista ou rasto que possam seguir.

Apesar de alguns pontos comuns, há muitas informações que parecem não encaixar, e que dificultam a tarefa de Kay, bem como dos restantes investigadores.

Ainda assim, ela sabe que se está a aproximar.

Ele também o sabe...

 

Isso significa que está na hora de avançar. E Kay pode mesmo vir a ser a próxima vítima.

Afinal, ele tem algumas culpas a atirar-lhe, e algumas contas a ajustar com ela.

 

Em jeito de sugestão, gostaria que, em próximos livros, começassem a dar às mulheres o papel do assassino, em vez de ser sempre um homem, com as mesmas motivações de sempre.

 

 

"O início de uma nova série de suspense policial.
Absolutamente fabulosa e viciante!
Quando um crime abala a comunidade de Mount Chester, a detetive Kay Sharp vê-se obrigada a voltar à sua terra natal, de onde partira há muito tempo e prometera não mais regressar. Uma mulher de fora da cidade tinha sido encontrada morta, coberta pelas folhas das árvores e envolta num cobertor, perto de um lugar conhecido como o Lago Silencioso.
Kay reconhece imediatamente os sinais de um assassino em série - a natureza dos rituais que está presente no cenário do crime revela que é apenas uma questão de tempo até que ele ataque novamente...
Alison Nolan é mãe solteira e decide partir de férias com a sua filha Hazel, para aproveitarem um tempo precioso juntas. Quando chegam aos arredores do Lago Cuwar, onde as montanhas estão cobertas de neve e iluminadas pelos maravilhosos tons do outono, percebe que é exatamente aquilo de que precisavam. Porém, poucas horas depois de lá chegarem, as duas desaparecem misteriosamente.
O instinto de Kay diz-lhe que aqueles dois casos podem estar ligados. Enquanto lidera uma busca frenética para encontrar o culpado, Kay tem de lutar contra a população da cidade que protesta por ela estar a fazer demasiadas perguntas. Conseguirá ela encontrar o assassino antes que seja tarde demais?"

A Rapariga Que Sobreviveu, de Leslie Wolfe

Bertrand.pt - A Rapariga que Sobreviveu

 

Como é possível que, a uma pessoa que se diz tão inteligente, que se gaba da sua inteligência e se considera, nesse campo (e em muitos outros) acima dos comuns mortais, tenha escapado um simples pormenor?

Algo que estava à vista de todos?

Algo que ele tinha obrigação de saber?

 

Pois... 

Parece que afinal, até os mais inteligentes erram. E podem pagar um preço alto por esses erros.

Porque é um grande risco deixar para trás uma sobrevivente. Alguém que pode ter visto o crime. Alguém que pode desmascarar o assassino, e contar toda a verdade.

 

Ao longo dos últimos anos, porém, este serial killer tem continuado a cometer os seus crimes, impunemente, sem qualquer indício de que alguém saiba quem ele é, ou o possa denunciar. Isso fá-lo acreditar que o seu erro jamais lhe causará grandes danos.

 

O que ele não contava, era que o jogo pudesse virar.

Ao que parece, há uma médica que quer experimentar um novo programa para pessoas que perderam a memória. E Laura quer, mais do que nunca, lembrar-se do que aconteceu no dia em que a sua família foi impiedosamente assassinada, tendo ela sido a única que escapou, escondida num cesto da roupa suja, na casa de banho, às escuras, onde o assassino não se lembrou de procurar.

 

Apesar de a família, que a adoptou e criou como filha, achar que ela não deve remexer no passado, depois de ter levado tanto tempo a conseguir recuperar do trauma e viver em relativa normalidade, opinião partilhada pelo namorado, Laura quer avançar. Ela precisa disso.

 

Agora, ele corre perigo e só há uma solução: eliminar Laura, antes que ele o denuncie, caso o programa resulte, e ela se recorde de tudo.

Agora, não pode voltar a errar.

 

Mas Tess não poupará esforços para proteger Laura, tentar evitar o pior, e provar que o Homem de Família, um assassino no corredor da morte, a dias de ser executado, não foi o autor da morte da família de Laura, nem de outros dois crimes, que lhe foram imputados.

O que significa que, quem o fez, ainda anda à solta, poderá atacar a qualquer momento, e eliminar a única pessoa que o pode identificar.

 

Nesta corrida contra o tempo, em que Tess não tem, de todo (para variar) a vida facilitada, quem levará a melhor?