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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Nestas férias não há praia nem banhos de sol

Como evitar os oito erros mais comuns na hora de pintar a casa ...

 

Este ano, as férias estão a ser passadas por entre latas de tinta, rolos, trinchas e limpezas.

Todos os anos, a prioridade vai para o descanso, os banhos de sol, a praia.

Foi preciso vir um ano atípico, com um tempo estranho, e uma coragem vinda não sei de onde, para tratar de pintar a casa, que bem precisava.

 

Não é fácil.

Não sou pintora, nem tenho muito jeito para pinturas.

Não me ajeito muito com tabuleiros, nem com rolos metidos em cabos para pintar tectos. 

Sou mais de subir de descer o escadote, com tabuleiro na mão, para ir lá ao pormenor.

E os pormenores, por vezes, dão mau resultado: quando vejo, já está a tinta a escorrer do tabuleiro para o chão!

 

Pelo lado positivo, tenho feito exercício às pernas, de tanto que subo e desço o escadote. E aos braços, de esfregar paredes e dar ao rolo.

 

Pelo lado negativo, fazer estas coisas com duas gatas em casa, é para esquecer.

Se as fecho, elas começam a esgravatar a porta para a abrir. Quando abro, andam por cima dos jornais pintados, param mesmo nos sítios onde estou a pintar, metem-se onde não devem, e arriscam-se a sair dali de pelo pintado.

 

Como disse acima, não é fácil, nem sai nenhuma obra de arte. 

Mas dá gosto ver a transformação.

Não fica perfeito, mas fica, definitivamente, bem melhor do que estava.

E é a prova de que, quando se quer, quando há esforço e empenho, consegue-se.

 

 

Os homens também trabalham nas limpezas?!

Imagem relacionada

 

Já tenho visto homens a limpar janelas de prédios ou montras de estabelecimentos, mas foi a primeira vez que vi um homem a fazer limpezas num serviço público onde, até então, sempre tinha visto mulheres.

E porque não?

É um trabalho digno, como qualquer outro, e os homens podem limpar tão bem ou mais que as mulheres, sem medo de deitar mãos a um balde, uma vassoura ou uma esfregona.

Fiquei positivamente surpreendida embora, a situação em si, talvez indique que, hoje em dia, quer sejam homens ou mulheres, as pessoas têm que se agarrar a qualquer trabalho que as faça ganhar dinheiro suficiente para sobreviverem, mesmo que sejam limpezas, algo do qual quase todas fogem.

 

Nunca demorei tanto tempo...

 

...para fazer a limpeza da casa!

E não estou a falar daquelas limpezas grandes, nem nada que se pareça. Refiro-me mesmo às limpezas semanais mais básicas.

 

Com tantas outras coisas para fazer e, ao mesmo tempo, tentar pôr o sono em dia, a limpeza começou a ser feita no fim-de-semana passado.

Como na 5ª feira era feriado, deixei para esse dia o resto. Mas acabei por só conseguir limpar uma das divisões.

Não há crise, fica para o fim-de-semana, pensei eu. 

 

E que bem que o começámos!

Chego a casa, e deparo-me com as prateleiras da estante da sala (novamente) caídas, e tudo o que lá tinha em cima na iminência de vir parar ao chão. O resto da noite foi passado numa tentativa infrutífera de as voltar a colocar no sítio, e numa arrumação de improviso, para não perder a cabeça, deitar fora a estante, e comprar uma nova, que era o que apatecia fazer, se houvesse dinheiro.

 

Vou esvaziar a mochila da minha filha e vejo a régua partida, o esquadro em pedaços, a caixa do compasso rachada, e muito material a precisar de reforma. 

Programa para sábado: ir à papelaria comprar material novo, ir à farmácia buscar qualquer coisa para a constipação e ir às compras. A limpeza, foi mesmo só à sala, até porque as gatas se lembraram de ir para o meu colo num momento em que me sentei.

 

E assim chegamos a domingo, com uma divisão ainda por limpar, que foi adiada para a tarde, porque a manhã foi para fazer o almoço e pouco mais.

Quando finalmente vou arrumar o quarto da minha filha, percebo que há alguma roupa que já não lhe serve e precisa de calças novas. Também precisávamos de caixas para arrumação. 

Resolvo ir com ela ao chinês que fica aqui perto de casa. As caixas eram caríssimas e ficaram por lá mesmo! E calças, só havia um par que ela gostou. Fomos um pouco mais acima, a outra loja, onde conseguiu arranjar outro par, em 6 ou 7 que experimentou, que lhe ficava bem.

 

A esta altura, com a constipação a fazer-se sentir e a dor de cabeça a aumentar, já pouca disposição tinha, tal como apetite.

Mas lá consegui limpar o quarto dela, lavar o camião de loiça, fazer a minha cama de lavado, tratar das gatas, e comer uns morangos, antes de ir para a cama.

Deitei-me ainda antes das 22 horas, depois de uma limpeza que me demorou uma semana a fazer!

 

 

Fui mesmo eu?!

 

Última etapa de pinturas lá em casa: a cozinha!

Pensámos em despachar o assunto neste fim de semana, uma vez que era o último antes das férias. Mas o meu irmão não podia vir.

E a mim, sinceramente, não me estava a apetecer nada trabalhar. O melhor seria adiar para depois das férias, com mais calma. E aproveitar para não fazer nada.

Mas não foi isso que aconteceu. Quis ficar com tudo despachado. Era só meia parede e o tecto (o resto são azulejos) e não devia ser assim tão complicado. Pus mãos à obra. E não parei de trabalhar no fim de semana.

Pode ser só meia parede, mas tem muitos pormenores, recantos e detalhes que acabam por dar mais trabalho que paredes simples. Demorei cerca de 3 horas só para dar a primeira demão! Não ajuda o facto de não me ajeitar com o rolo no cabo, por isso foi um subir e descer escadote contínuo. E para pintar por cima dos armários tive que subir e descer a bancada. A segunda demão foi um bocadinho menos demorada.

Depois, foi limpar os azulejos, o frigorífico, o fogão, os armários, o chão, a mesa e as cadeiras, o balde do lixo, a bancada e toda a tralha que tinha lá a enfeitar. Estava tudo cheio de pó, humidade e gordura. Foi mesmo uma limpeza geral.

O meu marido, por vezes, fica com o corpo dorido do ginásio. Eu fiquei em casa! Quem acabou por pagar o esforço foram os meus braços e as minhas pernas.

Mas a cozinha está bonita, sim senhor! Só me custa é acreditar, ao vê-la agora, que fui mesmo eu que fiz aquilo! 

Não sei para que lado me vire...

...sem tropeçar ou bater em alguma coisa!

É por isso que eu não gosto de pinturas e limpezas de verão: não tenho onde pôr a mobília, por isso distribuo "o mal pelas aldeias", que é como quem diz, tiro tudo de uma divisão, e ponho nas outras. O pior é quando ainda não temos uma arrumada, e já temos que desarrumar outra.

É nestas alturas que se vê a tralha que temos em casa. A nossa estante da sala foi para o lixo. Enquanto não vem a nova, tenho tudo encaixotado um pouco por todo o lado, e mal nos conseguimos mexer. O problema é que o tempo é curto, e só posso fazer alguma coisa quando saio do trabalho.

Muito sofre uma pessoa, para depois poder ir de férias descansada!