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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O grande negócio das editoras...

Resultado de imagem para editar um livro

 

 

...e como nos deixamos levar por elas!

 

Ora vejamos a seguinte proposta:

Por 30 livros que enviam para o cliente, este tem que pagar 350 euros, o que significa que, para recuperar o investimento, o cliente tem que vender esses 30 livros, por um preço mínimo de 12 euros.

Esses mesmos 30 livros, numa gráfica, ficariam em menos de metade do preço. Mesmo investindo um pouco mais no design da capa, ainda sobraria muito.

 

Esses 350 euros incluem também a venda do livro online (no site da editora, facebook e amazon em todo o mundo). Ora, qualquer cliente pode colocar o seu livro à venda na amazon, e publicitá-lo no facebook. Ou seja, o cliente está a pagar por uma espécie de campanha de marketing (que nem sempre funciona da melhor forma) e pelo facto de uma determinada editora, por ser conhecida (nem sempre), conseguir angariar mais facilmente possíveis compradores.

 

Só que, desses livros vendidos pela editora, e que já pagámos do nosso bolso, eles cobram cerca de 12/ 14 euros ao consumidor final por cada livro, e apenas cerca de 2 euros são para o cliente, ficando a editora com o restante valor.

Ou seja, as editoras não gastam um tostão, porque são os autores que investem, e ainda lucram com o nosso trabalho!

E isto é apenas uma proposta básica. Propostas com lançamentos em livrarias ou outros espaços públicos, e venda física em livrarias conhecidas, podem variar entre os 1000 e os 2500 euros.

 

Mas, para muitos, é um investimento que vale a pena. Porque assim não têm que ter trabalho com a revisão do livro, capa e outros pormenores necessários, nem se preocuparem em angariar compradores, negociar locais para lançamento, apresentações ou sessões de autógrafos, investir em publicidade.

No entanto, há que ter em conta a editora que se escolhe, porque muitas prometem muito, e cumprem pouco. E, nesses casos, tem que ser depois o próprio autor a fazer tudo aquilo que pagou para evitar, se quiser ter algum retorno.

 

 

Manuais escolares - uma renda adicional

 

Ainda há pouco terminou um ano escolar e já estão à venda os manuais escolares para o próximo ano lectivo.

Os preços são elevados e deixam qualquer família de olhos em bico, e revoltadas com o valor que terão que pagar, principalmente se tiverem mais que um filho a estudar.

É que, se os alunos do 1º ciclo tem os manuais escolares oferecidos, o mesmo não se pode dizer dos 2º e 3º ciclos.

E, mesmo assim, vêm logo não sei quantas críticas e pessoas que estão totalmente contra a oferta ou gratuitidade dos livros. Porquê?

Porque as editoras vão à falência, porque as livrarias vão fechar se não puderem contar com o dinheiro dos livros, porque não sei quantas pessoas vão ficar desempregadas!

Sim, porque todos sabemos que a venda de manuais escolares é um grande negócio que interessa a muito boa gente não perder! Sobretudo, quando todos os anos saem manuais novos, que impedem a reutilização dos anteriores pelos novos alunos.

 

O ensino deveria ser, como está previsto, gratuito para todos, e isso deveria incluir os manuais escolares, ou alternativas.

Também estive a ver os livros que vou ter que comprar para a minha filha, e passam dos 300 euros! Não se admite! Se juntarmos a isto o material escolar, e tudo aquilo que os professores vão pedindo ao longo do ano, quem vai à falência, ainda antes das editoras e livrarias, são os pais.

Mas, para o governo e para aqueles que têm interesses, isso é um mal menor.