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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Nasceu uma "biblioteca de rua" em Mafra

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Situada no Parque Desportivo de Mafra foi inaugurada, no fim de semana, (a par com o skatepark), uma "biblioteca de rua".

Uma iniciativa bem vinda, sobretudo para os amantes da leitura, e mesmo aqui pertinho de casa.

 

No entanto, tenho algumas dúvidas de que esta biblioteca se aguente por ali muito tempo.

Há sempre quem tenha atitudes menos cívicas, e desrespeite o objectivo da mesma, seja roubando os livros, seja destruindo a biblioteca em si.

Ainda assim, espero estar enganada, e que a mesma seja útil, e proporcione aos que por lá passarem, e se quiserem servir dela, boas leituras e uma boa experiência.

 

"Astúcia", de Sandra Brown

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Não considero que este seja o melhor livro da autora.

Mas é muito bom.

Embora o "mistério" tenha sido revelado demasiadamente cedo. Teria preferido que a dúvida se mantivesse por mais tempo.

 

Drex Easton dedica a sua vida a tentar apanhar um assassino que, para todos os outros, parece tratar-se apenas de um fantasma. De uma invenção sua.

Weston Graham sempre teve a sensação de que alguém o perseguia, mas nunca passou disso: uma sensação. Suficiente para o deixar mais alerta, mas ténue demais para o impedir de concretizar os seus planos.

Agora, ambos têm a oportunidade de estar frente a frente, como vizinhos.

Drex sabe que Jasper Ford é o seu homem - Weston Graham.

E Jasper, desconfia bastante deste novo vizinho, ao ponto de vigiar todos os seus passos, até perceber que a sua sensação se confirma, e tem uma forma física, e um rosto.

 

Talia Shafer, recém casada com Jasper, parece uma mulher com um sexto sentido apurado, que consegue ler as pessoas para além da capa com que se apresentam.

À medida que a história se vai desenrolando, ficamos a pensar se ela será a próxima vítima ou, pelo contrário, estão os dois a congeminar, juntos, o próximo golpe.

Afinal, Marion, a última vítima, era sua amiga.

Agora, há uma outra amiga nas suas vidas, Elaine. É certo que não tem tanto dinheiro como a própria Talia, mas...

 

E Drex, que tenta levar a cabo a sua missão, com a ajuda de dois amigos, através de métodos e vias não legais, mas mais eficazes, vê-se agora entre a promessa de vingar a morte da sua mãe, e a súbita paixão por Talia, que pode vir a ter que destruir também, embora ele não queira acreditar nisso.

 

Certo é que, até ao final, Jasper vai estar sempre uns passos mais à frente de Drex, a sua astúcia a levar a melhor, a desacreditar o homem que o quer apanhar, e a deixar marcas nos seus leais amigos.

Conseguirá Drex dar a volta à história, antes que toda a sua vida seja desfeita?

Conseguirá Drex cumprir a promessa que fez ao pai, no seu leito de morte, e seguir em frente com a sua vida?

Ou será Weston, Daniel ou Jasper, para sempre, uma pedra no seu caminho? 

 

No entanto, mais do que saber que a missão foi, ou não, bem sucedida, o que o final do livro nos revela sobre Drex, é o que mais vale a pena!

 

 

Sinopse:

"Weston Graham é um enigma.
O FBI recusa-se a admitir a sua existência.
Weston Graham é um camaleão.
Assume vários nomes e inúmeros disfarces, atrai mulheres ricas e desaparece - juntamente com elas e as suas fortunas - para reaparecer com uma nova identidade e uma nova vítima.
Sem provas ou pistas, qualquer investigação está condenada à partida, mas o agente Drex Easton sabe instintivamente que este homem é real, é perigoso, e não vai parar. Para Drex, o caso é pessoal, e ele não tenciona desistir de o apanhar.
Mas quem é Weston Graham, afinal?
Agora, pela primeira vez no seu longo jogo do gato e do rato, Drex tem um suspeito em vista. O atraente e charmoso Jasper Ford casou-se recentemente com Talia Shafer, uma bem-sucedida mulher de negócios. Drex insinua-se na vida do casal, fazendo-se passar por um vizinho, para os poder manter sob vigilância constante. Mas a situação complica-se quando Drex se aproxima demasiado de Talia.
Esta é a única oportunidade de Drex superar o astuto inimigo antes de este assassinar novamente e escapar à justiça para sempre. Mas primeiro terá de determinar se Talia é uma cúmplice implacável… ou se os seus dias estão contados."

"Um Sonho Só Nosso", de Nicholas Sparks

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"Um Sonho Só Nosso" não é, de todo, um dos melhores livros do Nicholas Sparks.

Atrevo-me a dizer que é daqueles que, se não lesse, também não faria falta, porque é mais do mesmo, e pouco marcante, quando comparado com outras obras do autor.

Ao mesmo tempo, é um livro estranho e, por isso, foi uma leitura estranha também.

O livro está dividido em duas histórias que, sabemos, são aparentemente distintas mas, a determinado ponto, irão convergir numa só.

 

A primeira parte inicia com a história de Colby e Morgan, que se conhecem na Florida, e se apaixonam.

Em comum, têm o gosto pela música.

Mas cada um deles tem vidas completamente opostas, e aquela aventura poderá não passar disso mesmo, já que dali a uns dias cada um seguirá a sua vida, os seus projectos, e uma relação à distância não parece boa ideia.

 

Intercalando com esta história romântica, surge uma outra, que de romântica tem muito pouco.

Uma história de sobrevivência.

Uma mãe e um filho em fuga, de um marido e pai violento.

 

Eu, habituada que estou a quebrar as "regras de leitura", de várias formas, uma delas, ler o final antes de lá chegar, dei por mim, agora, a quebrar mais uma: saltar capítulos/ partes do livro, porque me interessou muito mais a história de Beverly, do que a de Colby e, por isso mesmo, queria ler aquela até ao fim, deixando a primeira para trás.

Até que cheguei a um ponto em que a história de Beverly fica em suspenso, e percebo que tenho que voltar à do Colby, até encontrar o ponto em que ambas se unem, e se tornam uma só, até ao final.

E, embora possa ter deduzido ou desconfiado de uma ou duas coisas, estava longe de imaginar o que resultaria daquela junção.

 

"Um Sonho Só Nosso" tem um enredo onde se destaca a relação, amor e dedicação incondicional entre irmãos, independentemente de tudo. Irmãos que se têm um ao outro, e se apoiam mutuamente, ainda que em diferentes fases da vida. Que estão sempre lá.

Aborda também a bipolaridade, os episódios maníacos e depressivos que alguém, que sofra desta doença, pode experimentar, e os riscos que podem correr.

 

E, claro, como não poderia deixar de ser, fala de sonhos.

Sonhos que, por circunstâncias da vida, não se podem levar adiante. Que ficam perdidos. Aprisionados.

Sonhos que boicotamos, quando deveríamos tentar concretizá-los. Que só esperam por um impulso. Um empurrão.

Sonhos que se guardam, num cantinho especial. Que visitamos quando queremos fugir à realidade. Quando esta se torna demasiado dura. Pesada. 

Sonhos aos quais não temos coragem de arriscar dar-lhes asas, por temer que não consigam voar e encontrar o seu caminho, e se desfaçam pelo meio.

E que, assim, mantemos apenas como uma memória. Uma recordação que dura eternamente, sem nunca ser real, e sem nunca a vivermos, de verdade.

 

 

 

SINOPSE:

"Houve um tempo em que Colby Mills acreditou no seu futuro como músico - até ao dia em que uma tragédia deitou por terra todas as suas aspirações. Ocupado agora a gerir uma pequena quinta na Carolina do Norte, é num impulso que aceita tocar num bar na Florida, buscando apenas uma breve pausa na dureza da vida rural. Não contava era que a encantadora Morgan Lee entrasse na sua vida e o fizesse questionar tudo…
Filha de médicos proeminentes de Chicago, e com formação musical, também ela sonha com o estrelato, e a sua paixão pela vida é contagiante. Morgan e Colby parecem completar-se na perfeição. Os dois jovens não são os únicos a iniciar uma viagem de autodescoberta. Beverly também tenta encontrar o seu caminho, ainda que de maneira bem diferente. Tendo fugido com o filho de 6 anos ao marido violento, procura começar de novo num local tranquilo e discreto.
Mas com o dinheiro a escassear e o perigo a espreitar a cada esquina, o desespero obriga-a a tomar uma decisão que vai mudar tudo. Enquanto o jovem casal vive os altos e baixos do primeiro amor, a centenas de quilómetros de distância, Beverly vai pôr à prova a sua devoção pelo filho. E o destino depressa se encarrega de fazer o resto, colocando estas três pessoas em rota de colisão - e obrigando-as a questionar o poder dos sonhos perante a ameaça das amarras do passado."

Ler livros em espanhol

Notas da Leitora – Literatura e outros amores!

 

Sempre li livros em português.

Na escola, mais por obrigação que por gosto, um ou outro em inglês.

Quando percebemos alguma coisa de um determinado idioma, torna-se mais fácil.

 

Espanhol foi idioma que nunca estudei na vida.

O pouco que sei, é o que uma pessoa vai apanhando de séries e filmes, e o que ficou na memória, dos anos em que a minha filha teve espanhol, e me foi ensinando umas coisas.

 

Mas o gosto pela leitura é mais forte que a linguagem em que um determinado livro está escrito e, havendo vontade de ler uma determinada obra que, infelizmente, ainda não está traduzida para português, uma pessoa arrisca.

Foi assim com "Terra", de Eloy Moreno.

E, mais recentemente, com "Things We Never Got Over", de Lucy Score que, apesar de estar disponível em inglês e espanhol, achei que seria mais fácil ler neste último idioma. 

 

O que posso dizer é que, sendo livros cuja própria história cativa, e é escrita em linguagem corrente, acaba por ser uma experiência enriquecedora, que nos permite conhecer expressões típicas espanholas, e aumentar o nosso vocabulário.

É uma leitura intuitiva: ainda que não andemos com um dicionário atrás o tempo todo, e que não se compreenda palavra por palavra, captamos facilmente a mensagem, e o significado de algumas palavras.

No meu caso, é também contagiante!

Quando dou por mim, estou a pensar e a "falar para dentro" em espanhol. 

 

E, agora que lhe tomei o gosto, venham mais!

 

"A Rapariga do Lago Silencioso", de Leslie Wolfe

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Depois de uma pausa na leitura dos livros desta autora porque, quer queiramos, quer não, as histórias andam ali muito à volta do mesmo, acabei por comprar este último livro, que é o primeiro de uma nova série, também protagonizada por uma mulher, desta vez, a detective Kay Sharp.

 

O que mais gosto nestes livros é o facto de as protagonistas (Tess e Kay) não serem perfeitas, um exemplo a seguir. Vítima ou culpada, ambas têm os seus próprios segredos, os seus próprios demónios, mas permanecem fortes, determinadas, boas no que fazem, e na forma como o fazem. Ainda que nem sempre seja o suficiente, e nem sempre as coloque mais perto de quem querem apanhar, com a urgência que pretendiam.

 

Numa pausa na sua carreira, Kay é obrigada a regressar à sua terra natal, para tomar conta da casa da família enquanto o irmão cumpre pena por uma simples agressão, algo que parece exagerado tendo em conta toda a situação.

O advogado parece não ter feito muito para defender o seu cliente. Já o juiz pareceu determinado a fazer daquele rapaz um exemplo, e a condená-lo sem grande motivo.

O que Kay, só mais tarde, virá a perceber é que houve uma razão para o seu irmão ser preso: obrigá-la a voltar!

Para quê? Só o assassino saberá...

 

Enquanto isso, Kay vê-se envolvida na investigação dos crimes que têm vindo a acontecer no Lago Silencioso, em Mount Chester tentando, enquanto profiler, traçar o perfil do serial killer que anda a raptar e assassinar mulheres, sem deixar uma única pista ou rasto que possam seguir.

Apesar de alguns pontos comuns, há muitas informações que parecem não encaixar, e que dificultam a tarefa de Kay, bem como dos restantes investigadores.

Ainda assim, ela sabe que se está a aproximar.

Ele também o sabe...

 

Isso significa que está na hora de avançar. E Kay pode mesmo vir a ser a próxima vítima.

Afinal, ele tem algumas culpas a atirar-lhe, e algumas contas a ajustar com ela.

 

Em jeito de sugestão, gostaria que, em próximos livros, começassem a dar às mulheres o papel do assassino, em vez de ser sempre um homem, com as mesmas motivações de sempre.

 

 

"O início de uma nova série de suspense policial.
Absolutamente fabulosa e viciante!
Quando um crime abala a comunidade de Mount Chester, a detetive Kay Sharp vê-se obrigada a voltar à sua terra natal, de onde partira há muito tempo e prometera não mais regressar. Uma mulher de fora da cidade tinha sido encontrada morta, coberta pelas folhas das árvores e envolta num cobertor, perto de um lugar conhecido como o Lago Silencioso.
Kay reconhece imediatamente os sinais de um assassino em série - a natureza dos rituais que está presente no cenário do crime revela que é apenas uma questão de tempo até que ele ataque novamente...
Alison Nolan é mãe solteira e decide partir de férias com a sua filha Hazel, para aproveitarem um tempo precioso juntas. Quando chegam aos arredores do Lago Cuwar, onde as montanhas estão cobertas de neve e iluminadas pelos maravilhosos tons do outono, percebe que é exatamente aquilo de que precisavam. Porém, poucas horas depois de lá chegarem, as duas desaparecem misteriosamente.
O instinto de Kay diz-lhe que aqueles dois casos podem estar ligados. Enquanto lidera uma busca frenética para encontrar o culpado, Kay tem de lutar contra a população da cidade que protesta por ela estar a fazer demasiadas perguntas. Conseguirá ela encontrar o assassino antes que seja tarde demais?"