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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"O Jardineiro", na Netflix

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"O Jardineiro" é uma série sobre um assassino.

Mas, acima de tudo, sobre uma relação tóxica entre uma mãe e um filho.

Controlo, posse, obsessão, disfarçados de amor?

 

Elmer sofreu um acidente de viação quando era criança e, desde então, como sequela do mesmo, perdeu a capacidade de sentir qualquer emoção.

Foi assim que cresceu, ao lado da mãe, apenas os dois, até à actualidade.

Elmer é jardineiro, e faz um trabalho incrível com as plantas e as flores de que cuida, para além dos viveiros que são o sustento de ambos.

E é, também, um assassino.

 

Ao longo da série, vamos percebendo o que o levou a cometer o primeiro crime, e como a mãe se aproveitou disso, em benefício próprio, transformando o filho naquilo que ele é hoje.

Um negócio paralelo, com mortes por encomenda, para fazer desaparecer os "problemas" de todo o tipo de pessoas.

Até ao dia em que tudo muda.

 

Elmer tem um tumor que, pela primeira vez, o faz sentir emoções.

E apaixona-se. Por aquela que deveria ser o seu próximo alvo.

Agora que começou a expeimentar emoções novas, e a gostar, Elmer percebe que não quer voltar ao estado, e à sua vida de antes.

China, a mãe, que não quer perder o filho, não só em termos de saúde, mas também em termos afectivos decide, então, tomar medidas drásticas para recuperar o seu menino, a sua fonte de rendimento e ambição, o Elmer que ela pode manipular.

Resta saber se Elmer vai continuar subjugado à mãe, ou se vai lutar pelo seu amor, contra tudo e contra todos.

 

Confesso que esperava um outro final.

Não, necessariamente, melhor, mas diferente.

No entanto, este é o ideal para uma eventual segunda temporada que decidam levar adiante.

 

Com apenas 6 episódios, vale a pena ver!

 

 

 

 

"O Que Ninguém Viu", de Andrea Mara

 

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Comecei a ler este livro em Maio.

Terminei-o esta semana!

E não é porque a história não valha a pena.

Simplesmente, sou um ser estranho que, ali a determinado momento, deixou de ter vontade de ler o que quer que fosse e, como tal, o livro ficou "em espera" indeterminada.

Entretanto, fui lendo outros, e deixando o pobre coitado para trás.

Até que me enchi de coragem e, em dois ou três dias, devorei o que faltava (ainda estava no início quando o pus de lado)!

 

Quanto à história em si, que foi o que mais me chamou a atenção, é o pesadelo que nenhuma mãe quer enfrentar - o desaparecimento de um filho, mesmo ali à sua frente, sem poder fazer nada.

A culpa, e o receio.

O desespero, a frustração, a impotência.

A adrenalina de uma nova pista, de uma pequena esperança, a contrastar com o esmorecimento e cansaço crescente, após cada beco sem saída, e cada regresso à "estaca zero".

 

Naquele dia complicado, que Sive nunca mais irá esquecer, todos os segredos e mentiras que a rodeiam vêm à tona.

E a sua vida, e a de todos à sua volta, vira de pernas para o ar.

Era suposto ser um fim de semana, umas mini férias, um encontro entre amigos de Aaron, marido de Sive, em Londres.

Só isso.

 

Mas, como seria de esperar, foi uma competição entre vidas falsas em que, bem vistas as coisas, se calhar, ninguém é amigo de ninguém. Se calhar, ninguém conhece bem aquelas pessoas, nem aquilo que são capazes de fazer.

Afinal, Nita inventou uma gravidez. Scott mentiu sobre o seu trabalho. Dave mentiu sobre a sua mãe. E Aaron, esse mentiu sobre muitas coisas... "Toda a gente mente", afirma Maggie. Será ela, também, capaz de mentir?

 

Por outro lado, o desaparecimento de Faye será o gatilho para mostrar com quem, no meio daquela gente, Sive pode, de facto, contar. 

E, talvez, no fim, cada um tenha aquilo que merece.

Ou talvez não.

É que não se pode falar nem saber nada sobre aquilo que ninguém viu...

 

 

SINOPSE:

"Duas crianças entram num comboio. Mas só uma sai.

Ninguém viu o que aconteceu…

Acontece tudo muito depressa. Sive está em Londres, numa plataforma do metro apinhada, quando as filhas pequenas, mesmo à sua frente, entram na carruagem. No segundo seguinte, tenta juntar-se a elas, mas as portas fecham-se e a composição afasta-se, deixando-a sozinha no cais.

Todos estão a mentir…

Sive procura chegar rapidamente à estação seguinte, tentando convencer-se de que vai correr tudo bem. Porém, o pânico instala-se quando vê que, em vez de ter as duas filhas à sua espera, apenas a mais nova saiu do metro.

Alguém é culpado…

Será que se perdeu? Foi levada por um estranho? Que aconteceu afinal naquela carruagem? Enquanto cada segundo conta para encontrar a pequena Faye, Sive terá de percorrer um caminho povoado de mentiras e meias-verdades capazes de fazer desmoronar a vida pacata e feliz que tanto lhe custou construir."

Sentir a "dor" dos filhos

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Dizem que as mães sentem as dores dos filhos.

Seja ainda dentro da barriga, se algo não está bem.

Seja cá fora.

Ora pelas cólicas, ou pelos dentes a nascer, quando são bebés.

Ou quando apanham aquelas doenças típicas da infância, e ficam murchinhos.

Ou quando temos que os deixar na escola, entregues a estranhos, e os vemos pedir para não os deixarmos.

Seja quando têm dificuldades, ou quando se chateiam com os amigos.

Ou quando querem concretizar um sonho, e não conseguem.

Estamos sempre lá, e sofremos com eles.

Da mesma forma que ficamos felizes quando estão felizes, ficamos tristes quando estão tristes.

 

Até ontem, estava feliz, porque a minha filha também o estava.

Mas a felicidade depressa escapa por entre os dedos.

A dela, foi-se.

O que era para ser uma surpresa boa, tornou-se um pesadelo.

E, ontem, experimentei um outro tipo de dor que, até aqui, desconhecia: a dor dos desgostos de amor dos filhos.

Não é nada comigo, mas sinto-o como se fosse. Ou ainda mais.

Ela chora. E eu choro com ela.

Ela está triste. E eu, também, por ela.

Não posso fazer nada para mudar o desfecho, e trazer-lhe de volta os momentos felizes.

Só posso estar ao lado dela, como sempre, e apoiá-la.

 

Sim, este é o primeiro namorado.

E ela é nova.

Ainda há-de viver outros romances.

Mas este amor era o primeiro.

E estavam tão felizes...

Um ano sem ti

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"O que serve à morte o pranto

e os sinais por quem morreu

Se a morte traz o descanso

Para tudo quanto nasceu"

(autor desconhecido)

 

Faz hoje um ano que partiste.

Um ano que se passou num ápice.

Um ano em que muita coisa aconteceu.

 

Por cá, continuamos na nossa luta.

O tempo a escapar-se por entre os dedos.

A vida em "contrarrelógio"...

 

Com momentos de preocupação.

E outros mais felizes.

Mas sempre com saudades...

 

Espero que estejas bem.

Nós, por aqui, de uma forma ou outra, prometemos ficar. 

Ou, pelo menos, tentar...