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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Sentir a "dor" dos filhos

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Dizem que as mães sentem as dores dos filhos.

Seja ainda dentro da barriga, se algo não está bem.

Seja cá fora.

Ora pelas cólicas, ou pelos dentes a nascer, quando são bebés.

Ou quando apanham aquelas doenças típicas da infância, e ficam murchinhos.

Ou quando temos que os deixar na escola, entregues a estranhos, e os vemos pedir para não os deixarmos.

Seja quando têm dificuldades, ou quando se chateiam com os amigos.

Ou quando querem concretizar um sonho, e não conseguem.

Estamos sempre lá, e sofremos com eles.

Da mesma forma que ficamos felizes quando estão felizes, ficamos tristes quando estão tristes.

 

Até ontem, estava feliz, porque a minha filha também o estava.

Mas a felicidade depressa escapa por entre os dedos.

A dela, foi-se.

O que era para ser uma surpresa boa, tornou-se um pesadelo.

E, ontem, experimentei um outro tipo de dor que, até aqui, desconhecia: a dor dos desgostos de amor dos filhos.

Não é nada comigo, mas sinto-o como se fosse. Ou ainda mais.

Ela chora. E eu choro com ela.

Ela está triste. E eu, também, por ela.

Não posso fazer nada para mudar o desfecho, e trazer-lhe de volta os momentos felizes.

Só posso estar ao lado dela, como sempre, e apoiá-la.

 

Sim, este é o primeiro namorado.

E ela é nova.

Ainda há-de viver outros romances.

Mas este amor era o primeiro.

E estavam tão felizes...

Um ano sem ti

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"O que serve à morte o pranto

e os sinais por quem morreu

Se a morte traz o descanso

Para tudo quanto nasceu"

(autor desconhecido)

 

Faz hoje um ano que partiste.

Um ano que se passou num ápice.

Um ano em que muita coisa aconteceu.

 

Por cá, continuamos na nossa luta.

O tempo a escapar-se por entre os dedos.

A vida em "contrarrelógio"...

 

Com momentos de preocupação.

E outros mais felizes.

Mas sempre com saudades...

 

Espero que estejas bem.

Nós, por aqui, de uma forma ou outra, prometemos ficar. 

Ou, pelo menos, tentar...

 

 

 

 

 

80 anos de vida, 6 meses sem ti...

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Janeiro de 2022 é um mês com sabor agridoce.

Neste último dia do mês, 31 de Janeiro, seria dia de celebrarmos os teus 80 anos, se ainda estivesses neste mundo.

Não estás.

Assim, em vez disso, é o dia em que faz, precisamente, 6 meses, que partiste.

 

Seis meses se passaram num ápice.

Parece que ainda há tão pouco tempo estavas cá.

Ao mesmo tempo, parece que há tanto tempo te foste.

Como nunca tinha pensado muito na tua morte, nem no que aconteceria depois dela, não fazia ideia de como seriam estes meses sem ti.

Li, no outro dia, esta frase "Não te sei dizer se algum dia a dor e o vazio passam. O que te posso garantir é que há uma força que nos empurra para a frente.", e faz sentido.

Acredito que parte dessa força que me empurra seja o foco em quem cá ficou, e que precisa agora de apoio.

Parte dessa força, é a própria vida a continuar, e eu ter que a acompanhar, a um ritmo que não deixa grande espaço para pensamentos mais negativos.

Outra parte, o facto de nada ter ficado por dizer, ou fazer. 

 

Sinceramente, pensei que fosse pior.

Passaram-se os anos do pai. 

Passaram-se os aniversários dos teus filhos, de uma das tuas netas, e do teu genro.

Passou-se o Natal, e chegou um Ano Novo.

Seriam, certamente, ocasiões para me custar mais a tua ausência.

Mas, ao contrário de outras pessoas, não é nesses momentos que mais sinto a tua falta.

 

É, antes, em situações ou momentos mais banais, mais simples, mais rotineiros.

Como aquele em que já não te posso dizer que este é o primeiro ano em que a tua neta vai votar, porque fez 18 anos.

Como aquele em que já não vou à papelaria, todas as quintas-feiras, comprar a "nossa revista".

Ou aquele em que já não podes ver que o pai comeu aquele bacalhau espiritual com camarão (e adorou), que também tu já tinhas provado uma vez.

E tantos outros.

 

Hoje, estaríamos a cantar-te os parabéns, nesta data tão especial!

Hoje, cantar-te-emos os parabéns, porque continuaremos a celebrar-te, e brindaremos a ti.

Porque, qualquer que seja a forma, ainda continuas connosco: no pensamento, no coração, e na vida!

Memórias de Uma Eterna Guerreira

Marta Segão - MEMORIAS DE UMA ETERNA GUERREIRA_ca

 

A ideia ganhou forma, e concretizou-se!
Este é o livro de homenagem à minha mãe.
 
E até a capa tem um significado.
Tenho a foto desta gaivota há muito tempo e, quando a vi, achei que era perfeita.
Sim, é uma capa muito cinzenta, mas representa, de certa forma, a tristeza da partida, o luto.
 
Depois, na contracapa, um cenário mais animador: um céu azul e branco, que representa a bonança, depois da tempestade.
A esperança.
O seguir em frente.
 
Não é o fim.
Mas um recomeço.
Para ela, onde quer que esteja.
E para nós, que ficámos.
 
 
 

Marcador 50x195 MEMÓRIAS DE UMA ETERNA GUERREIRA.

 

E os marcadores foram uma pequena extravagância da minha parte!

 

 

Mais uma edição de autor, com o apoio da Euedito.