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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

1 Foto, 1 Texto #35

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Mãos...

Mãos que louvam

Mãos que seguram

Mãos que aceitam

Mãos que se erguem

Mãos que oferecem

 

Braços...

Braços que se estendem

Braços que amparam

Braços que prendem

Braços que puxam

 

Tentáculos que nos aprisionam,

e dos quais não conseguimos escapar

 

Ânsia

Sofreguidão

Urgência

Impaciência

Desespero

 

Sangue que corre pelas veias

E nos lembra que estamos vivos

 

Neurónios, que nos comandam o cérebro e o corpo

Numa transmissão interminável de informações 

 

Tanto que poderia dizer sobre esta imagem
Mas deixo a interpretação dela para cada um de vós

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto 

As cordas a que nos queremos agarrar na vida

Cada um tem seu poço, e não precisa sair dele sozinho. | by Elivelton  Rodrigues | Medium

 

Muitas vezes, na ânsia, e no desespero de querer sair do poço à força, e ainda que só tenhamos dois braços, e duas mãos, mais cordas fossem lançadas, mais as que tentaríamos agarrar, sem sequer olhar para elas.

Queremos tanto sair dali, agarrar todas as oportunidades, que nos seguramos a todas. Correndo o risco de não conseguirmos agarrar nem uma delas, até ao fim do percurso.

Quando, se parássemos para reflectir, para observar, para prestar atenção, bastaria apenas agarrar a "certa", para conseguirmos subir até onde queríamos.

Por vezes, mais do que tentar agarrá-las todas, ou uma que seja, deveríamos tentar perceber se aquilo que nos traz realização pessoal está do lado de fora do poço ou, pelo contrário, está ali mesmo, connosco, mais perto do que imaginamos.

Porque, ainda que as consigamos agarrar todas, subir e chegar ao topo, pode acontecer continuarmos a não nos sentir realizados.

Simplesmente, encontrarmo-nos, outra vez, num outro poço, à espera de outras tantas cordas, numa busca que se arrasta pela vida fora, sem nunca alcançarmos aquilo que nem sabemos bem o que procuramos.

 

 

 

Quando o poder está nas nossas mãos

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De nada adianta termos um determinado poder nas nossas mãos, se nada de útil e benéfico fizermos com ele.

Há quem o tenha, e não o saiba usar.

Ou tenha medo de o usar.

E quem não o queira usar para outros fins que não sejam os seus próprios interesses.

 

Depois, há os que gostariam de mudar, de melhorar, de marcar pela diferença. Mas não têm poder para tal.

No entanto, se, e quando, esse poder lhes vai parar às mãos, cabe-lhes dar uso ao mesmo, e agir.

Um poder estagnado, ou mal usado, é um poder desperdiçado, que nunca trará a tão desejada mudança.

 

A minha aversão ao álcool gel

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Tal como as máscaras, álcool gel nunca fez parte do meu dia a dia.

A última vez que tive contacto com ele, foi por altura da Gripe A, já lá vão uns aninhos. E não era nada como se vê agora.

 

Agora, em qualquer espaço que se entre, lá está ele, a lembrar-nos que devemos utilizá-lo, antes de qualquer outra coisa.

E eu, confesso, uso porque as medidas assim o obrigam. Mas não sou fã.

 

Primeiro porque, à excepção de um ou outro, a maioria deles tem um odor que não me agrada. Ainda no outro dia utilizei um e, quando fui cheirar as mãos, ia vomitando com o cheiro. Depois desse episódio, parecia que o odor me perseguia, mesmo que nem houvesse alcool gel por perto!

Depois porque, muito sinceramente, não sinto que as minhas mãos estejam mais limpas ao usar alcool gel. Pelo contrário. Sinto-as sujas, pegajosas, e não vejo a hora de lavá-las com água e sabão, para realmente as sentir limpas.

 

Mas pronto, eu também sou pessoa a quem faz confusão cremes ou base na cara, e que não aguenta muito tempo batom nos lábios sem ter vontade de limpar a boca para o tirar todo!

Pancadas minhas, portanto.

 

E por aí, como se dão com o álcool gel?

 

Eu e os bichos na Páscoa - mais uma trágica comédia!

Domingo de Páscoa - a minha filha está a passar o dia com o pai, e o meu marido a trabalhar. 

Estou, portanto, sozinha em casa com as bichanas. Ou assim pensava eu.

 

Quando vou fazer a cama, e dou a volta para o meu lado, vejo um bicho no chão.

 

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Entro em modo "pânico - bicho a bordo", e deduzo que uma pantufa não será suficiente para dar cabo daquela coisa. Daí que tenha ido em segundos ao outro lado buscar uma bota, com sola de madeira.

Com um misto de aversão e nojo, mas com a determinação de deixar o bicho bem "morto morrido", dou-lhe com a bota 4 ou 5 vezes, com as gatas a observarem e, provavelmente, a pensar o que raio estou a fazer, ou se terei enlouquecido! 

Pego então no cadáver do dito cujo, e mando para a rua. Não me perguntem o que era, mas tinha mais ou menos o aspecto da imagem acima.

 

Ao final da tarde, vou apanhar a roupa que tinha estendido. Abro a porta da entrada e, no chão, está uma lesma!

Brrr, mas estes bichos lembraram-se todos de me chatear hoje? - penso eu.

Saí para a rua, encostei a porta ao degrau, e consegui esmagar-lhe um pedaço do corpo. Em seguida, ainda fui buscar o mata moscas para verificar o estado da bicha, e mandá-la para o quintal.

 

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Hoje, ainda em recuperação destes assassinatos, vou a sair de casa e quase coloco a mão em cima de uma aranha avermelhada e gorda que estava no cimo do portão. Não fui de modas, levantei o pé (até estou de botas), e dei-lhe com ele, atirando-a ao chão, provavelmente morta.

 

Agora que penso nisso, não me lembrei de verificar se realmente tinha ido desta para melhor. Pelo sim, pelo não, é melhor ir com cuidado para casa, e veronde ponho as mãos!