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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

As saudades que eu tinha de ouvir música!

(e que eu nem fazia ideia)

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A música e o estado de espírito de uma pessoa quase andam de mãos dadas, uma influenciando o outro, das mais variadas formas.

Ora atenuando, ora exaltando aquilo que estamos a sentir.

Ora levando-nos mais a fundo. Ora puxando-nos para cima.

Ora relaxando. Ora enchendo-nos de energia.

 

Não é que não oiça uma música ou outra.

No trabalho há sempre um rádio ligado.

Nas compras, há sempre uma rádio a passar música.

Até mesmo em filmes, ou séries, há uma banda sonora.

 

Mas ouvir, mesmo, aquelas músicas que quero, em casa, sem mais ninguém por perto, há muito que não o fazia.

Escolher o que quero ouvir, recordar músicas de que já nem me lembrava.

Cantar. Dançar. 

A falta que a música me fazia!

E eu nem sabia como.

 

Pode não ser tudo, pode não resolver os problemas, mas trouxe uma leveza, uma serenidade e uma energia positiva, que há muito não sentia.

Aliando a isso, o belo dia de Primavera que se fez sentir por aqui, pode-se dizer que foi o suficiente para começar esta semana com mais ânimo.

Agora, é evitar afastar, novamente, a música da minha vida. 

Músicas que nos tocam: Christmas Lights, dos Coldplay

 

A primeira vez que ouvi esta música estava eu a sair do trabalho, e era a que tocava no momento na rua.

Não a conhecia.

Mas mexeu comigo.

Quando dei por mim, estava com lágrimas nos olhos.

 

Talvez o momento não tenha sido o melhor: tinha acabado de saber que o pai de um amigo do meu marido tinha falecido.

E isso fez-me solidarizar-me com ele, porque acabámos por passar por situações semelhantes e, inevitavelmente, as lágrimas eram por ele, que tinha acabado de perder o pai, e por mim, que perdi a minha mãe.

 

No entanto, hoje voltei a ouvi-la.

E voltou a tocar-me.

Definitivamente, é uma música que me comove.

 

Que me transmite nostalgia, saudade, desilusão mas, ao mesmo tempo, esperança.

Que me deixa triste mas, ao mesmo tempo, me faz sorrir.

É difícil de explicar.

 

Mas não o são todas as músicas que nos atingem o coração?! 

"Depois do Universo", na Netflix

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"Medicina é curar quando possível, amenizar com frequência e consolar sempre"

 

Uma frase mais conhecida como "Curar quando possível; aliviar quando necessário; consolar sempre", que faz parte do juramento de Hipócrates.

Muitas vezes, muitos médicos, se esquecem desta menção.

Deixam de ver os pacientes como pessoas, como seres humanos, e passam a vê-los, unica e exclusivamente, pela sua condição clínica, pela sua doença, e pelo seu tratamento.

Muitas vezes, não é o senhor "x" ou a senhora "y". É o paciente do quarto "tal", da cama "tal".

É o distanciamento que impõem, porque ali são médicos, e têm como função tratar os doentes.

Mas tratar deles é muito mais do que fazer exames, examinar, prescrever tratamentos e/ou medicação.

 

E é isso que o Dr. Gabriel tenta fazer com os seus pacientes: tornar os seus dias mais leves!

Tentar, dentro daquilo que lhe é possível, sem menosprezar ou pôr em causa o tratamento, dar-lhes pequenos prazeres. Satisfazer algumas das suas necessidades para além do problema que os leva até ao hospital. Ajudar para além da sua função de médico, se isso, de alguma forma, contribuir para o bem estar dos seus pacientes.

 

Nina, uma pianista que aspira fazer parte da Orquestra Sinfónica, é uma das pacientes de Gabriel.

Sofre de lúpus desde pequena, e está agora numa longa lista de espera para transplante de rim, enquanto vai fazendo hemodiálise.

Uma realidade que deixa muitos doentes desesperados, quando percebem que, provavelmente, nunca chegará a sua vez.

Apesar da sua pouca esperança e positividade já que, naquele momento, Nina só consegue ver o copo meio vazio, Gabriel vai ajudá-la a lutar pelos seus sonhos.

 

"Depois do Universo" é mais do que um filme romântico e dramático.

É sobre estarmos com quem amamos, enquanto estão presentes.

É sobre tentar tornar os dias dos doentes mais felizes, com pequenos prazeres, ainda que paire sobre eles uma sentença de morte.

Porque já basta todo o penoso processo de tratamentos e hospitais.

 

É sobre não desistir.

Porque enquanto há vida, há esperança.

Há que ir buscar força às pessoas que nos amam, que nos rodeiam, que querem o nosso bem. 

Há que agarrar aos sonhos que se querem concretizar.

Há que ser feliz, enquanto der.

 

E é, também, sobre não termos qualquer controlo sobre a vida e a morte.

Por muito que os nossos dias pareçam estar contados, nada é garantido.

Nina acreditava que ia morrer em breve.

Mas o que sabe ela sobre isso?

Quem sabe alguém, de perfeita saúde, não morre antes dela?

Quem sabe se ela chega a morrer?

 

Mais motivos para ver "Depois do Universo"?

Os protagonistas são a conhecida Giulia Be, autora das músicas "Menina Solta" e "(não) Era Amor", e Henrique Zaga, actor que já participou em séries como "13 Reasons Why" e "Teen Wolf".

 

E a música final, da autoria de Giulia Be, é a cereja no topo do bolo!

 

Relato de uma pequena cirurgia

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Tinha a minha pequena cirurgia marcada para ontem.

Quando me perguntavam se estava nervosa ou ansiosa, respondia que estava mais curiosa. Afinal, era a primeira vez que ia ser submetida a esse procedimento, e em três zonas diferentes do corpo.

 

Poder-vos-ia dizer que me senti uma daquelas personagens das séries ou filmes sobre médicos e hospitais, a quem deram o papel da paciente!

Foi como estar a assistir ao vivo e a cores, estar a viver a cena, embora não desse para ver grande coisa do que faziam.

 

Também vos poderia dizer que foi uma sessão de corte e costura!

Literalmente.

Espero que o resultado final da peça tenha ficado bom, mas por enquanto está tudo selado, no segredo dos deuses.

 

A cirurgia em si, com anestesia local, não custou nada.

Havia música, para descontrair. E, logo para começar, uma das minhas preferidas. Um bom auguro.

Falámos de filhos, de gatos, de comida e de festas de aniversário.

E, em menos de nada, estava feito.

Deixo desde já aqui o meu agradecimento a toda a equipa que esteve comigo, super cuidadosos, atenciosos, preocupados e muito simpáticos.

 

Despachada a questão, e a sentir-me perfeitamente bem, achava que nem sequer iria precisar da baixa.

Ingenuidade minha, que pensei que isto era uma coisa básica. E por não me ter (nem me terem) lembrado que o efeito da anestesia não dura para sempre.

 

Claro está que, horas depois, percebi porque insistiram tanto em passar-me a baixa!

É que se, em dois dos sítios, a coisa ainda se aguenta, no outro - tornozelo - nem por isso.

 

Portanto, eu bem queria ser útil, em casa e no trabalho mas, não podendo fazer o mínimo esforço, e tendo que ter mil cuidados com a perna, lá terá alguém que ser sacrificado.

Tudo por uma boa causa!

 

Vitória para a Ucrânia, 9º lugar para Portugal

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Ontem teve lugar, em Turim, a final do Festival Eurovisão da Canção e, como já se previa, ganhou a favorita (e dada como vencedora nas casas de apostas) - a Ucrânia!

Não era uma das minhas preferidas mas, entre as que estavam a disputar o primeiro lugar, à excepção de Espanha, que também seria uma boa vencedora, era a que mais merecia. Aliás, não percebo o que levou as pessoas/ juris a colocar a Suécia, a Sérvia e sobretudo, o Reino Unido, no top 5.

 

Já li imensas críticas a esta vitória que, diz-se, foi uma vitória política, e não musical. Uma vitória assente na solidariedade. Que, independentemente da música, e de quem a cantasse, levaria o troféu.

Pessoalmente, não desgosto da música, e acho que foi uma boa vitória, dadas as opções.

 

A vitória, na votação do juri, dada ao Reino Unido, é que não consigo mesmo compreender. 

Uma música tem que me dizer alguma coisa, e "Space Man", de Sam Ryder, é daquelas que me passaria completamente ao lado, por ser igual a tantas outras.

No entanto, parece ter conquistado juri e público, acabando por ficar em 2º lugar.

 

 

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Já Portugal que, na votação do juri, tinha alcançado o 5º lugar, acabou por descer para o 9º lugar, na votação do público. Ainda assim, ficámos no top 10!

Um excelente resultado para uma música que recebeu tantas críticas dos portugueses, e que consideravam muito fraquinha.

Boa, Maro! Boa, Portugal!

 

Relativamente ao espectáculo em si, gostei da actuação da Laura Pausini, Mais do que, propriamente, a sua apresentação. E acho que não havia necessidade de mudar de roupa tantas vezes, até porque metade das vestimentas (e penteado), nem sequer a favorecia.

Os Måneskin apresentaram o novo tema, que não é grande coisa. E o que aconteceu ao Damiano, que estava coxo?!

De resto, mais do mesmo: recordações, actuações para "encher chouriços" enquanto decorria a votação.

E problemas técnicos que impediram alguns países de dar os seus votos em directo.

 

Quanto às minhas preferidas, para além de Portugal...

Sem dúvida, a Arménia, embora soubesse que nunca ganharia.

Logo a seguir, a Alemanha, que se ficou pelo último lugar da tabela.

A Espanha e os Países Baixos.

E a Itália e a Ucrânia.

 

Ganhou esta última e, ao que parece, o presidente ucraniano já veio dizer que sim, a próxima edição realizar-se-á na Ucrânia.

Vamos ver como estarão as coisas até lá.

Para já, é retirar do festival as músicas que mais gostamos, e celebrar o lugar alcançado por Portugal que, não sendo a tão almejada vitória, passou à frente de muitos.

 

E por aí, assistiram?

Quais eram as vossas favoritas?

 

 

 

Imagens: RTP - Festival da Canção