Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada...
Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!
Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada...
Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!
Já me tinha deparado com este título há dias, quando entrei na Netflix, e no domingo decidi vê-lo.
Posso dizer que o melhor do filme é a música do final - Mala Influencia - cantada por Naiara Moreno! E ter recordado, a meio da história, uma das icónicas músicas dos Aqua.
Quanto ao filme, bem...
É mais um filme, com dois actores jovens, bonitos e de classes sociais distintas, que se apaixonam.
Reese é filha de um empresário, e anda a sofrer de bullying por parte de alguém misterioso, que a ataca em várias frentes, e lhe está a transformar a vida num inferno.
Eros é um jovem acabado de sair da prisão, que o pai de Reese contrata para guarda-costas da filha.
"Obrigados" a conviver um com o outro, acontece precisamente aquilo que o pai de Reese mais temia, e queria evitar.
No entanto, ele também não é a pessoa com mais moralidade para o que quer que seja.
Nem a presença de Enrique Arce, o famoso Arturo de La casa de Papel, salva esta história.
Começando pelo perseguidor, e os seus motivos para atacar Reese, passando pelo romance da praxe, que nada traz de diferente, e terminando com a "grande" (e mal conseguida) revelação, todo o enredo é muito básico, muito pobre e sem grande sentido.
Entretém, está em primeiro lugar nos filmes mais vistos, mas não deve segurar o lugar por muito tempo.
A primeira vez que ouvi esta música estava eu a sair do trabalho, e era a que tocava no momento na rua.
Não a conhecia.
Mas mexeu comigo.
Quando dei por mim, estava com lágrimas nos olhos.
Talvez o momento não tenha sido o melhor: tinha acabado de saber que o pai de um amigo do meu marido tinha falecido.
E isso fez-me solidarizar-me com ele, porque acabámos por passar por situações semelhantes e, inevitavelmente, as lágrimas eram por ele, que tinha acabado de perder o pai, e por mim, que perdi a minha mãe.
No entanto, hoje voltei a ouvi-la.
E voltou a tocar-me.
Definitivamente, é uma música que me comove.
Que me transmite nostalgia, saudade, desilusão mas, ao mesmo tempo, esperança.
Que me deixa triste mas, ao mesmo tempo, me faz sorrir.
É difícil de explicar.
Mas não o são todas as músicas que nos atingem o coração?!
"Medicina é curar quando possível, amenizar com frequência e consolar sempre"
Uma frase mais conhecida como "Curar quando possível; aliviar quando necessário; consolar sempre", que faz parte do juramento de Hipócrates.
Muitas vezes, muitos médicos, se esquecem desta menção.
Deixam de ver os pacientes como pessoas, como seres humanos, e passam a vê-los, unica e exclusivamente, pela sua condição clínica, pela sua doença, e pelo seu tratamento.
Muitas vezes, não é o senhor "x" ou a senhora "y". É o paciente do quarto "tal", da cama "tal".
É o distanciamento que impõem, porque ali são médicos, e têm como função tratar os doentes.
Mas tratar deles é muito mais do que fazer exames, examinar, prescrever tratamentos e/ou medicação.
E é isso que o Dr. Gabriel tenta fazer com os seus pacientes: tornar os seus dias mais leves!
Tentar, dentro daquilo que lhe é possível, sem menosprezar ou pôr em causa o tratamento, dar-lhes pequenos prazeres. Satisfazer algumas das suas necessidades para além do problema que os leva até ao hospital. Ajudar para além da sua função de médico, se isso, de alguma forma, contribuir para o bem estar dos seus pacientes.
Nina, uma pianista que aspira fazer parte da Orquestra Sinfónica, é uma das pacientes de Gabriel.
Sofre de lúpus desde pequena, e está agora numa longa lista de espera para transplante de rim, enquanto vai fazendo hemodiálise.
Uma realidade que deixa muitos doentes desesperados, quando percebem que, provavelmente, nunca chegará a sua vez.
Apesar da sua pouca esperança e positividade já que, naquele momento, Nina só consegue ver o copo meio vazio, Gabriel vai ajudá-la a lutar pelos seus sonhos.
"Depois do Universo" é mais do que um filme romântico e dramático.
É sobre estarmos com quem amamos, enquanto estão presentes.
É sobre tentar tornar os dias dos doentes mais felizes, com pequenos prazeres, ainda que paire sobre eles uma sentença de morte.
Porque já basta todo o penoso processo de tratamentos e hospitais.
É sobre não desistir.
Porque enquanto há vida, há esperança.
Há que ir buscar força às pessoas que nos amam, que nos rodeiam, que querem o nosso bem.
Há que agarrar aos sonhos que se querem concretizar.
Há que ser feliz, enquanto der.
E é, também, sobre não termos qualquer controlo sobre a vida e a morte.
Por muito que os nossos dias pareçam estar contados, nada é garantido.
Nina acreditava que ia morrer em breve.
Mas o que sabe ela sobre isso?
Quem sabe alguém, de perfeita saúde, não morre antes dela?
Quem sabe se ela chega a morrer?
Mais motivos para ver "Depois do Universo"?
Os protagonistas são a conhecida Giulia Be, autora das músicas "Menina Solta" e "(não) Era Amor", e Henrique Zaga, actor que já participou em séries como "13 Reasons Why" e "Teen Wolf".
E a música final, da autoria de Giulia Be, é a cereja no topo do bolo!
Tinha a minha pequena cirurgia marcada para ontem.
Quando me perguntavam se estava nervosa ou ansiosa, respondia que estava mais curiosa. Afinal, era a primeira vez que ia ser submetida a esse procedimento, e em três zonas diferentes do corpo.
Poder-vos-ia dizer que me senti uma daquelas personagens das séries ou filmes sobre médicos e hospitais, a quem deram o papel da paciente!
Foi como estar a assistir ao vivo e a cores, estar a viver a cena, embora não desse para ver grande coisa do que faziam.
Também vos poderia dizer que foi uma sessão de corte e costura!
Literalmente.
Espero que o resultado final da peça tenha ficado bom, mas por enquanto está tudo selado, no segredo dos deuses.
A cirurgia em si, com anestesia local, não custou nada.
Havia música, para descontrair. E, logo para começar, uma das minhas preferidas. Um bom auguro.
Falámos de filhos, de gatos, de comida e de festas de aniversário.
E, em menos de nada, estava feito.
Deixo desde já aqui o meu agradecimento a toda a equipa que esteve comigo, super cuidadosos, atenciosos, preocupados e muito simpáticos.
Despachada a questão, e a sentir-me perfeitamente bem, achava que nem sequer iria precisar da baixa.
Ingenuidade minha, que pensei que isto era uma coisa básica. E por não me ter (nem me terem) lembrado que o efeito da anestesia não dura para sempre.
Claro está que, horas depois, percebi porque insistiram tanto em passar-me a baixa!
É que se, em dois dos sítios, a coisa ainda se aguenta, no outro - tornozelo - nem por isso.
Portanto, eu bem queria ser útil, em casa e no trabalho mas, não podendo fazer o mínimo esforço, e tendo que ter mil cuidados com a perna, lá terá alguém que ser sacrificado.