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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

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O melhor de 2017 - Livros

Foram várias as leituras de 2017 mas, de entre todos os que li, destaco estes dois:

 

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Maldito Karma

Porque era suposto ser um livro cómico, e acabou por se revelar um drama capaz de provocar lágrimas aos mais sensíveis.

Tem a sua vertente cómica e irónica, é certo, mas tudo o que tem a ver com a maternidade, e filhos, mexe comigo.

É também uma boa perspectiva de encarar a reencarnação, para aqueles que nela acreditam. Ou talvez não...

 

 

 

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Para Além do Impossível

Foi, dos livros que li, o que mais me fez reflectir sobre diversos temas, e com o qual me identifiquei, em muitos aspectos, com as duas personagens femininas.

Como vêem as mulheres o amor e as relações na actualidade? Será o amor, independentemente das mudanças ao longo das décadas e dos direitos adquiridos pelas mulheres, um sentimento que permanece igual, e com o mesmo efeito em todos os corações?

Maldito Karma, de David Safier

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Isto era suposto ser um livro cómico, certo?

Uma mulher que morre porque leva com o urinol de uma estação espacial na cabeça, e acorda num corpo de formiga, é mesmo para nos fazer rir.

 

"O dia da minha morte não teve graça nenhuma. E não foi só porque morri. Para ser mais exacta, isso ficou mais ou menos em sexto lugar no ranking dos piores momentos do dia."  

 

Aliás, foi por isso mesmo que me chamou a atenção - porque parecia ser divertido, e eu estava a precisar de um livro assim para descomprimir dos dramas que tenho lido.

 

"Quando voltei a despertar, dei-me conta de que tinha uma cabeça enorme. E um imenso abdómen. E seis patas. E duas antenas muitíssimo compridas. Esse foi mesmo o pior momento do dia!"

 

E não é que o livro tem a sua vertente cómica, mas esconde uma dura realidade por detrás? E acaba por se inclinar mais para drama que para comédia?

 

Kim Lange representa aquele tipo de mulher para quem a carreira profissional está acima de tudo. E está a um passo de ganhar o prémio da sua vida. Por isso mesmo, não estará presente no aniversário da filha. Nada que não seja normal, afinal, ela raramente está presente quando é preciso. Para isso, está o marido.

O casamento deles há muito está acabado. Talvez por isso, Kim não tenha hesitado em traí-lo com um colega, na noite em que morre.

 

Agora que morreu, Kim reencarna numa formiga. E a única forma de subir na escala da reencarnação, é acumular bom karma. Como é que isso se faz? Praticando o bem, pensando nos outros em vez de em si própria.

Nesta nova etapa, Kim conhece Casanova, também reencarnado em formiga, e juntos vão viver diversas aventuras, para tentar chegar de novo à forma humana.

O objectivo de Kim: recuperar a filha e o marido, impedindo-o de casar com a sua ex melhor amiga. Ao longo do seu percurso, Kim transformar-se-á em porquinho da índia, vaca, minhoca, escaravelho-da-batata, esquilo e cadela. Como formiga e porquinho da índia, Kim estará relativamente perto da sua filha e de Alex. Irá depois estar afastada dois anos, e voltará para perto como cadela. Nesta altura, Casanova é um gato e, apaixonado por Nina, a noiva de Alex, vai elaborar com Kim um plano para impedir o casamento.

 

No entanto, Kim acaba por perceber que deve deixar o seu marido seguir o seu caminho, e encontrar de novo a felicidade, até porque a Nina, aparentemente, faz bem a todos à sua volta, e é tudo aquilo que ela nunca foi.

Só há uma coisa que ainda prende Kim, e a faz rejeitar, no último instante, o Nirvana: saber como vai ficar a sua filha. É que, agora que passou mais tempo com a menina, apercebeu-se de muita coisa que antes, como mãe, não via. E é por isso que volta a reencarnar, desta vez na humana Maria.

 

Conseguirá ela recuperar o amor do seu marido, e o tempo perdido com a sua filha? Ou porá, mais uma vez, tudo em risco, pensando primeiro em si própria?

 

É mesmo um livro que todos devem ler, embora a reeencarnação seja um tema que não me diz muito, e no qual me custa acreditar. Mas, se não podemos remediar os nosso erros noutras vidas, o melhor é mesmo evitá-los enquanto estamos nesta!