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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quando a possessividade e o despotismo dos pais estragam a vida dos filhos

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Quando vejo, actualmente, situações destas, vem-me sempre à memória o caso de uma antiga vizinha minha, e da sua filha, alguns anos mais velha que eu.

Estava eu na pré adolescência, quando esta rapariga começou a namorar.

Antes, andava sempre com a mãe para todo o lado, tal como hoje a minha filha anda comigo e, até aí, nada de mais.

Como dizia, ela começou a namorar e o rapaz foi aparentemente bem aceite pela futura sogra. 

Aparentemente porque, se pela frente, era toda sorrisos e amabilidade, pelas costas, envenenava a filha contra ele, provocava intrigas, arranjava forma de se chatearem até que, um dia, conseguiu o seu propósito, e a relação acabou.

Tinha a filha para si, novamente. E esta situação repetiu-se até a rapariga se tornar uma mulher de quase 40 anos, solteira e sem qualquer namorado, porque a mãe se encarregava de estragar qualquer relação que ela tivesse.

Felizmente, a filha teve coragem de, a determinada latura da sua vida, se impôr. Hoje, tem um companheiro, e dá-se bem com a mãe mas houve alguns anos em que a relação entre mãe e filha ficou tremida ou mesmo cortada.

Dá a ideia de que a mãe queria a filha só para ela, o tempo todo ao seu lado, sem a deixar viver a sua própria vida.

 

Existem pais que conseguem, de tal forma, fazer uso do autoritarismo que exercem, e da manipulação que fazem com os filhos, que os sufocam, não os deixando ter vida, amigos, relações amorosas.

São pessoas que pensam apenas em si próprias e naquilo que lhes faz falta, sem se importarem com o que os filhos querem e precisam. Na verdade, os filhos não têm direito a qualquer opinião ou escolha.

E se há os que se vão deixando manipular, os que vão aceitando, os que se vão sujeitando porque não têm outra hipótese, também há os que, mal possam, fogem destas relações destrutivas, deixando aqueles que, nem por um momento, pensaram na sua felicidade.

 

Não percebo como é que estes pais não vêem isso, que quanto mais prendem e sufocam os filhos, mais depressa se arriscam a perdê-los.

Não percebo como é que existem pais para quem a única vontade, os únicos desejos, os únicos interesses, os únicos amigos, as únicas actividades e os únicos passeios que contam, são unica e exclusivamente aqueles que os pais querem e gostam. Não pensam nem um único momento nos filhos?!

 

E depois, no meio de todo este autoritarismo, egoísmo e possessão, acabam por, muitas vezes, negligenciar e deixar por sua conta esses filhos, se eles não fizerem a sua vontade. 

Acabam por não se preocupar com o mais importante. Acabam por ser pais frios, desligados.

Acabam por criar filhos desestruturados, problemáticos, infelizes, tímidos, vulneráveis, estragando-lhes, a longo prazo, a vida, se eles não se conseguirem impôr e dar a volta.

 

 

 

 

The Voice Portugal - a final

Fernando Daniel é o vencedor do The Voice Portugal

 

Pergunta pertinente do meu marido, relativamente a esta final do The Voice Portugal:

"Se já sabes quem vai ganhar, porque é que vais ver?"

 

"Porque quero ouvi-los cantar e, lá bem no fundo, tenho esperança de que a votação me surpreenda!" - respondi eu.

 

 

Mas não. Tudo correu como previsto, sem grandes surpresas, provando que este tipo de programas passa muito por manipulação disfarçada, e interesses que vão muito além de escolher a melhor voz. E não digo que o vencedor não tenha merecido o seu lugar ou lutado por ele. Muito pelo contrário. O sucesso que o Fernando Daniel tem, deve-o a si próprio. À produção bastou aproveitar-se disso, e apanhar boleia - "vamos dar ao público o que ele quer, mas disfarçadamente, para não dar muito nas vistas".

 

E não tenho quaisquer dúvidas que o Fernando Daniel vai vender muitos mais álbuns e fazer muito mais sucesso que a vencedora do ano passado - a Deolinda. Basta olhar para a legião de fãs, visualizações no Youtube e, até, o apoio de um artista internacional -James Arthur.

Se o Fernando Daniel é, de facto, a voz? Na minha opinião, não é a voz. É, sim, uma voz que vende, mais virada para o lado comercial. Como dizia o José Carlos Pereira, num programa da concorrência, e com razão, há muitos grandes talentos desconhecidos em Portugal, e sem qualquer sucesso, que dificilmente chegam á superfície. E outros que, rodeados das pessoas certas, mesmo não tendo um grande talento, conseguem destacar-se e saltar para a ribalta.

 

 

Mas vamos lá à avaliação das atuações da gala final:

 

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Francisco Murta, com o tema Yesterday - não me convenceu. Mas teve mérito ao levar uma música nova.

Com a mentora Aurea mostrou o que vale, bem como no tema que já tinha interpretado anteriomente no programa, mas sem nada de novo.

 

 

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Fernando Daniel - com o tema Chandelier fez, na minha opinião, uma das suas piores atuações no The Voice. Nas restantes, esteve muito bem, mas soou a mais do mesmo. A única atuação em que me surprrendeu pela positiva foi aquela em que esteve ao lado do seu mentor.

 

 

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Marta Carvalho - fez uma boa atuação com o mentor, e no tema repetido, mas superou todos com a aposta num estilo diferente daquele a que nos habituou, mostrando um outro lado da Marta, em Dangerous Woman.

 

 

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Miguel Carmona - não gostei muito de o ouvir no primeiro tema, e gostei ainda menos de o ouvir com a Marisa, não tendo em nada ajudado a escolha musical. Ficou mais uma vez provado que o tema que levou os mentores a virarem as 4 cadeiras é o que lhe assenta que nem uma luva, e onde mais gostei de o ouvir.

 

 

 

Foto de The Voice Portugal.

 

Como já tinha referido anteriormente, a Aurea tinha um dos melhores trunfos do programa, e poderia mesmo ter sido a vencedora deste ano, se não tivesse apanhado um Fernando Daniel pela frente, na equipa do Mickael. Ainda assim, conseguiu um honroso 2º lugar.

 

A Marisa, mesmo que tivesse optado pela Andrea, não iria além do 3º lugar. Com sorte, poderia até ficar em 4º. Conseguiu repetir a façanha do ano passado e ficar-se pelo 3º.

 

O Anselmo cedeu o seu 2º posto à Aurea, depois de uma vitória, e ficou-se pelo 4º lugar, que já se sabia que iria para a Marta, a única mulher da competição.

 

O Mickael vence assim, pela 2ª vez consecutiva, uma edição do The Voice Portugal! Pode não ter grande voz para cantar, mas tem olho para os potenciais vencedores, e uma sorte imensa de estes o escolherem como mentor!

 

 

Quanto às votações, que foram mostrando ao longo do programa, começámos com o Fernando Daniel em primeiro, e o Francisco em segundo. Pouco tempo depois, e num claro apelo ao voto para o Fernando, colocam-no em 2º lugar. E o mesmo em relação à Marta e ao Miguel que, sabe-se lá como, mudaram ao fim de pouco tempo de posições.

 

Por último, e relativamente aos apresentadores, devo confessar que aquela elegância que sempre caracterizou a Catarina se perdeu algures pelo caminho. Péssima escolha de vestido, e péssima presença, a puxar para o "pindérico".

 

 

Imagens The Voice Portugal

 

 

Maus tratos psicológicos

"Rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, utilização da criança como objecto para atender a necessidades psicológicas do adulto. Pela sutileza do acto e pela falta de evidências imediatas, este tipo de violência é um dos mais difíceis de se caracterizar e conceituar, apesar de extremamente frequente."



 

 

A violência psicológica é, muitas vezes, mais marcante e "agressiva" do que a violência física.

Pode manifestar-se isoladamente, mas também está presente em todas as outras formas de maus tratos.

Enquanto os maus tratos físicos são facilmente detectáveis, pelas marcas que deixam no corpo, os maus tratos psicológicos não se vêem, tornando-se mais difícil apercebermo-nos da sua existência.

Tanto a rejeição, por os filhos não terem atingido determinados objectivos e não corresponderem às expectativas dos pais, que não tendo eles próprios conseguido, o exigem agora dos filhos, como a depreciação das crianças, fazendo-as acreditar que não servem para nada, que não têm qualidades nem capacidades, atribuindo-lhes culpas por qualquer tipo de situações, ou ainda a sua utilização para satisfazer as necessidades psicológicas dos adultos, destroem a autoestima das crianças, e lançam-nas num estado de tristeza.

Já o simples acto de ignorar as crianças, não mostrando disponibilidade para as ouvir, para lhes dar atenção, afecto e carinho, leva-as ao isolamento.

Por sua vez, a sujeição ao terror ou a existência de ameaças, incutem-lhes medo.

Todos estes sintomas que uma criança vítima de violência psicológica apresenta, não são visíveis a "olho nu". 

É necessário que, todos aqueles que convivem com a criança, sejam familiares, profissionais de saúde ou educação, estejam atentos de modo a conseguir sinalizar possíveis vítimas.