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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Navegar no desconhecido, no mesmo mar de sempre

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Há momentos, na nossa vida, em que nos sentimos a navegar no desconhecido, ainda que no mesmo mar de sempre.

Faz sentido?

Talvez.

Até porque, lá está, o mar pode ser o mesmo de sempre, mas tudo nele pode mudar de um momento para o outro.

As correntes, as marés, a agitação.

O mar não é estático. Ainda que seja sempre mar, água, ondas.

Da mesma forma, por muito que tudo pareça igual, por mais que acreditemos que determinado conhecimento é uma vantagem, nem sempre assim é.

Porque existem sempre condicionantes novas, com as quais nunca antes lidámos.

O desconhecido, no meio daquilo que julgávamos conhecer.

Por outro lado, também nós mudamos.

E, quando tudo, e todos, mudam, o que fica daquilo que, um dia, foi?

E o que nos espera daquilo que nem sabemos o que será?

 

 

Respeitar o mar

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Já tinham anunciado agitação marítima para ontem, por conta do furacão Erin.

Para quem arriscou ir à praia, pode ter achado que eram as habituais marés vivas de Agosto mas, a verdade, é que não foi isso o que aconteceu, e que provocou estragos, e diversos incidentes, no norte a sul do país.

 

 

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Por aqui, na praia mais calma da Ericeira, o mar estava assim. Nem é bom imaginar como estaria nas restantes praias.

 

 

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De manhã, ainda esteve bandeira amarela mas, à tarde, a bandeira vermelha não deixava dúvidas: não entrar no mar.

Nesse aspecto, as pessoas respeitaram.

Ainda assim, não deixava de ser, como tudo o que é perigoso, um espectáculo digno de ser visto, fotografado, filmado.

 

 

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E eu não fui excepção!

Também por ali andava a tentar fotografar as ondas.

Os nadadores salvadores pediram-nos a todos para recuarmos, ainda que estivessemos a meio do areal.

Certo é que uma onda já tinha, antes, quase chegado ao bar.

 

 

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Mas o mar tinha, temporariamente, acalmado um pouco.

Por isso, fui tentar a minha sorte novamente.

Distraída a tentar "apanhar as ondas", foi uma delas que nos apanhou!

A mim, sem grande susto, apenas a passar-me pelos joelhos, com alguma força, mas consegui voltar para trás na boa.

Já outras pessoas, não tiveram a mesma sorte.

 

 

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Um homem que por ali andava a filmar, um pouco mais ao lado de onde eu estava, foi atingido por uma parte do passadiço, que a onda arrancou da areia, no tornozelo o que, aliado à força da onda, o fez desequilibrar-se e cair.

Felizmente, conseguiu levantar-se, mas tinha o tornozelo em sangue.

Imagino que tenha apanhado um valente susto.

Valeu-lhe o nadador salvador, que lhe prestou logo os primeiros socorros.

 

 

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Qualquer um de nós, ali presentes, sabia como o mar estava.

E sabe, certamente, que o mar não é nosso inimigo, mas há que respeitá-lo.

Infelizmente, nem sempre (quase nunca) o fazemos. Nem o mar, nem a natureza, nem os perigos, nem os avisos. Costuma, até, ter o efeito contrário.

Depois, acontecem acidentes, incidentes desnecessários, e evitáveis.

Somos responsáveis pelas nossas atitudes.

E, por vezes, por causa delas, pomo-nos a nós, e aos outros, em perigo.

 

 

 

 

Férias - dia 4: a melhor terapia!

(1 Foto, 1 Texto #93)

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No início, há aquela falta de vontade.

O que vai uma pessoa fazer, sozinha, para a praia?

Pois, porque isto de mãe e filha terem férias na mesma semana é muito bonito mas, na prática, cada uma tem programas diferentes!

Depois, penso: estou de férias, não vou ficar em casa.

 

E não há melhor terapia que a praia!

Sentir o cheiro a maresia, e a iodo.

Ouvir o canto das gaivotas como som de fundo.

Apanhar sol, poder relaxar.

 

Até a água meio gelada ajuda a retemperar.

Dar um bom mergulho, nadar, caminhar.

 

Uma coisa é certa: ao longo de toda a semana, não tive, nem um único dia, as pernas inchadas; não tive dores de cabeça; a respiração melhorou; até o meu organismo pareceu funcionar melhor.

 

Pena que está a acabar e, para a semana, volta tudo ao mesmo.

 

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Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto

Pela praia

(1 Foto, 1 Texto #88)

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Abriu a época balnear.

Não que isso tenha alguma importância. Afinal, as pessoas vão à praia quando querem.

Seja verão ou inverno, esteja frio ou calor.

Haja um bocadinho de sol, e é vê-las deitadas ao sol, ou a dar uns mergulhos na água gelada.

 

Mas, como eu dizia, abriu a época balnear. Oficialmente, vá.

Já se vêem as bandeiras: a azul, que todos os anos lhe é atribuída e, naquele dia, a amarela.

A praia estava bem composta.

No mar, vários surfistas, nem se percebe bem a fazer o quê, porque passaram o tempo deitados nas pranchas, sem apanhar qualquer onda digna de exibição.

 

Na areia, as delimitações das zonas vigiadas pelos nadadores salvadores - menos de metade de todo o areal.

Pergunto-me o que acontecerá a quem ouse tentar afogar-se uns metros ao lado.

E os toldos e barracas, para quem gosta de se proteger, e dizer que tem ali uma "casa alugada na praia"!

 

Ao longo do caminho, vemos as esplanadas cheias.

Pessoas a almoçar. Ou a lanchar.

A petiscar, ou a tomar um cafezinho.

Pessoas a refrescar-se, e a pôr a conversa em dia, com vista privilegiada para o mar.

 

Junto a uma das casinhas do pessoal dos toldos, três homens conversam, como se estivessem em casa.

Estão ali a ganhar o deles.

Umas horinhas bem compensadas, enquanto trabalham para o bronze, apenas de calções e chinelinho.

E lavam as vistas, apreciando as garinas que por ali passam. 

Até que a sede leva a melhor, e fazem uma pausa, para a cervejinha!

 

Depois há quem, como eu, apenas ande por ali a passear.

O vento desagradável, que se fazia sentir, não demoveu ninguém.

Por enquanto, ainda se sente o cheiro a maresia.

Até ser substituído pelo do protector solar, nos próximos tempos.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto

Saudades

(1 Foto, 1 Texto #84)

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Saudades do cheiro a maresia

Saudades de sentir a areia nos pés

Saudades de poder deitar-me ao sol

Saudades de um bom mergulho

Saudades de jogar raquetes

Saudades de um bom dia de verão

Saudades de fazer praia como antigamente

sem receios, sem horários específicos, sem mil cuidados, sem o tempo limitado...

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto